capítulo 41: Beijos quentes, corpos colados e respirações ofegantes

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Fazia muito tempo que não ia na casa do Nick, a última vez que estive aqui foi quando voltamos para arrumar nossas coisas e fomos para a Casa da família do Ian

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Fazia muito tempo que não ia na casa do Nick, a última vez que estive aqui foi quando voltamos para arrumar nossas coisas e fomos para a Casa da família do Ian. Acabamos que ficamos por lá, até porque é mais seguro e isolado, e é onde o grupo dos rebeldes se reúne sempre.

Quando Ian e eu atravessamos para cá e eu rapidamente me afastei dele, quando escutei o barulho da Cachoeira e vi a Casa logo a minha frente, foi impossível não ter um deja vu. Eu me lembrei da primeira vez em que estivemos aqui, de quando caímos daquele portal e logo depois caímos na água e apagamos, quando acordei estava deitada sobre pedras e nossas roupas estavam todas molhadas.

É estranho pensar nisso, pensar em quando chegamos aqui. Fazia meses que estávamos na cidade dos sombrios, e quando chegamos aqui, eu não fazia ideia do quanto a minha vida mudaria, do quanto eu mudaria. Tantas coisas aconteceram nesses meses, que era até assustador pensar em quanto passou rápido. E no quanto eu mudei durante esses meses.

Quando entramos na casa de Nicholas, Naya e Naeris não estavam lá. Tudo estava silencioso, mas estava organizado, Nick passava as noites em sua casa, mas de vez em quando ficava conosco na casa da família do Ian. Também fazia muito tempo que não via Naeris e Naya, fazia meses para falar a verdade. Mas dessa forma seria melhor conversar com Ian, sem ter ninguém escutando todos os xingamentos que estou prestes a dizer a ele.

— Eu sei que você está brava comigo, e que provavelmente não quer nem escutar a minha voz nesse exato momento. — ele disse, aquelas foram as primeiras palavras que ele direcionou para mim desde que atravessamos para a Casa do Nick. — Mas eu posso...

— explicar?! — O interrompi, me virando para olhá-lo de forma brusca e rápida.— Porque eu estou esperando uma boa explicação sua, Ian. E mesmo que você me odeie, nada justifica o fato de você ter escondindo isso de mim por todos esses meses.

Ian abaixou a cabeça e assentiu para mim levemente, dando alguns passos em minha direção, passos aqueles que eu não fiz questão de me afastar.

— Eu sei. Eu sei que eu errei. — ele começou. — Mas eu não pretendia magoar você, Olivia. Eu nunca quis isso.

Um longo silêncio se estendeu pelos próximos segundos, ambos olhando no fundo dos olhos um do outro, os dois sem saber o que falar. Mas então ele continuou a falar.

— vem, senta aqui do meu lado. — ele indicou o sofá com a mão, caminhando até ele logo em seguida. Eu o segui, me sentando ao seu lado, esperando que ele continuasse a se explicar. — Quando eu descobri que você era minha parceira, eu não fazia ideia do que fazer. Eu não sabia como iria seguir a minha vida, sabendo que a minha parceira estava em outro mundo e que eu não poderia ficar muito perto dela se não ela perceberia. Eu não podia dizer para você que era minha parceira, porque eu sabia os riscos que isso nos traria se todos soubessem sobre o nosso laço. Por isso eu resolvi não contar para ninguém, exceto para o Nick. — Ian ergueu as sobrancelhas, permanecendo me olhar com intensidade.— Se estivéssemos em outra situação, talvez eu tivesse contado para você desde o início. Mas era muito perigoso, não podia arriscar ainda mais a sua segurança, e além disso, tinha o fato de você ser filha do assassino dos meus pais. Como você queria que eu vivesse com alguém que é idêntica ao assassino de meus pais, e não lembrasse deles e do seu pai toda vez que te olhasse?

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