capítulo 12: passeios pela cidade e mulher estranha

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Dia 10 de junho de 2019, o pior dia da minha vida

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Dia 10 de junho de 2019, o pior dia da minha vida. O dia em que meus pais se foram para sempre, o dia em que eu os perdi, que perdi as luzes da minha vida e as pessoas que mais amei em toda minha vida. Hoje é dia dez de junho, está completando dois anos que tudo aconteceu. Esse dia estou mais triste do que o normal, não só por estar completando dois anos que eu os perdi, e perceber o quanto passou rápido; Estou triste por estar longe de casa, por estar em um mundo completo de magia, por ter descoberto através de um vampiro que sou adotada, e por saber que eles iriam me contar a verdade naquela noite. Ontem não consegui dormir, passei a noite chorando de saudades de casa, de saudades dos meus pais e saudades de quando a minha vida ainda era normal. De quando eu não sabia que seres sobrenaturais existiam. Sinto falta da calmaria que minha vida era, eu poderia estar sem os meus pais quando estava em Nova York, mas pelo menos estava correndo atrás dos meus sonhos. E sei que meus pais estariam felizes com isso, e agora que não estou mais lá, me pergunto o que eles acharia da escolha que eu fiz. Será que estão orgulhosos de mim por ter escolhido ajudar essas pessoas, ou será que estão decepcionados por eu ter deixado meu sonho para trás?


Não faço ideia, tudo que queria naquele dia era um abraço deles e poder escutar suas vozes novamente. Mas eu não posso, não posso porque eles estão mortos, e eu nunca mais irei vê-los novamente. Talvez em outra vida.

O dia já tinha chegado e eu estava mais triste do que o normal, foi quase impossível para Naya conseguir me tirar da cama hoje. Eu já tinha tomado banho, estava vestindo uma das minhas roupas que havia levado e agora estava sentada no banco enfrente a penteadeira, esperando Naya terminar de arrumar o meu cabelo. Naya de vez em quando me olhava através do espelho, não sei o que ela estava pensando, mas sei que tinha percebido o meu desânimo. Olhei para o anel que meu pai me deu no meu dedo indicador, passei a ponta do meu dedo indicador esquerdo sobre ele; e uma imensa vontade de chorar me invadiu. Me lembro desse dia como se fosse ontem, era meu aniversário de 15 anos, e meus pais apareceram no meu quarto com um bolo redondo e presentes. Me lembro de ficar encantada assim que vi o anel, desde aquele dia eu nunca mais o tirei de meu dedo.

Uma lágrima ousou sair de meus olhos, mas logo consegui seca-lá rapidamente. Eu não podia chorar, não depois de passar a noite inteira chorando. Hoje não teremos treino, ou seja; irei passar o dia inteiro em casa pensando no acidente e nos meus pais. Todo dia dez de junho eu saio de casa, seja com os meus amigos ou sozinha, pois eu não suporto passar o dia em casa apenas pensando neles. Mas aqui as coisas são diferentes, eu não conheço nada aqui, e se eu ousar sair sozinha seria um perigo, tanto para mim quanto para Madison e Dylan. Então tudo que me resta é achar alguma coisa para me distrair e tentar não chorar.

Quando Naya terminou de arrumar meu cabelo, me levantei rapidamente e sai do quarto, porque algo me dizia que ela iria me perguntar o motivo da minha tristeza e por eu estar tão calada. Então desci para o primeiro andar da casa, meus amigos e Nick já estavam sentados na mesa tomando café da manhã. Minhas mãos começaram a tremer, eu sei que Dylan e Madison sabia que dia era hoje apenas pela maneira que me olhavam.

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