capítulo extra

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Madison

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Madison

Fazia quase seis dias desde que Olivia foi para a Cidade dos abençoados. Tudo é estranho sem ela, quero dizer, Dylan e eu só estamos aqui por causa dela, porque queremos garantir que nada lhe aconteça. E agora que estamos sozinhos com o grupo dos rebeldes é meio estranho, eu me sinto como uma pessoa sem utilidade. E para ser sincera é o que nós somos. Dylan e eu somos apenas amigos da Olivia e nada mais, apenas humanos burros que estão correndo perigo para garantir que a melhor amiga fique bem.

Dylan não parece se importar muito com o fato de sermos totalmente sem utilidade para o grupo dos rebeldes. Mas eu me importo. Não gosto do fato de ser inútil, não gosto do fato de não ter nada para fazer a não ser treinar, treinar e treinar. Me pergunto, pra que eu e o Dylan precisamos treinar, sendo que não iremos ajudar em nada.

É frustrante não ter utilidade.

É frustrante saber que se algo acontecer com a Olivia não irei conseguir ajudá-la. Não sei como ela está na Cidade dos Abençoados, não sei se ela está bem ou sequer se está viva.

Esses pensamentos fazem o meu sangue esquentar, junto com a angústia e ansiedade de ver a Olivia de novo.

Fechei meus punhos com força e soquei o saco de pancadas com a maior força que tinha. Fiz isso duas, três e quatro vezes. Descontando toda a minha frustação no saco de pancadas. Nicholas segurava o objeto do outro lado, me olhando de cenho franzido, enquanto eu disparava várias séries de socos.

— Ei, Madison Calma. — Nicholas disse, eu o ignorei e continuei a socar o saco de pancadas. O suor descia por minhas temporadas, e mesmo que estivéssemos no outono, todo esse treino pesado me fazia soar e meu corpo aquecer. Minhas mãos começavam doer, mas ignorava toda aquela dor. — Madison você vai machucar suas mãos, se acalma. — Nicholas afastou o saco de pancadas, foi naquele momento que não consegui controlar o meu instinto e acabei socando o seu rosto com força. Fazendo Nicholas soltar um grunhido e cambalear para trás, levei minhas mãos a boca quando percebi a besteira que havia feito.

— Nicholas... — comecei, me aproximei dele. Nicholas segurava seu rosto e soltava um grunhido de dor, um de seus olhos estavam fechados e outro aberto enquanto me avaliava.— Me desculpa, foi sem querer. Desculpa, de verdade. 

Nicholas tirou a mão do seu rosto, foi quando eu vi uma vermelhidão em sua bochecha, mas que logo foi sumindo e substituindo por sua pele branca e lisa.

Por um momento eu achei que Nicholas tivesse ficado com raiva de mim, mas então sua gargalhada ecoou pelo celeiro onde estávamos treinando. Eu fiquei o olhando confusa, enquanto ele ria alto de uma maneira que nunca vi antes. Soltei uma risada sem graça.

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