capítulo extra

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Ian

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Ian

Eu senti através do laço de parceria quando aquela espada atravessou a barriga de Olivia. Eu conseguia sentir todos os seus sentimentos, e sensações. Escutei quando ela implorou por ajuda, senti o seu desespero e medo.

E quando aquela espada atravessou sua barriga, eu senti como se meu peito estivesse sendo despedaçado. O cheiro do seu sangue entrava em meu nariz, mesmo que eu estivesse longe, eu cometi o erro de gritar o seu nome. Mas eu estava tão desesperado, tudo dentro de mim parecia se quebrar e morrer junto com ela.

Eu poderia ter chegado em silêncio e matado a Tamara e o Alex, mas eu gritei pela Olivia. Sentindo a dor que ela sentia e o desespero. Eu sentia Olivia morrendo aos poucos, e nunca odiei tanto o laço de parceria entre nós dois como odiei naquele momento. Era horrível sentir a minha parceira morrer, sentindo sua respiração falhando lentamente, escutando as batidas do seu coração ficando fraco.

Passei os meus braços em volta de Olivia no mesmo instante, a deitando sobre as minhas pernas. Eu levei minhas mãos até as suas, que estavam sobre o ferimento que a espada havia feito, sua mão suja de sangue sujando a minha. Me segurava para não chorar, mas era quase que uma das coisas mais difíceis que já fiz em toda a minha vida. Eu estava sentindo minha parceira morrer, estava vendo ela morrer em meus braços.

E novamente eu estava na cidade dos Abençoados, na invasão que meu irmão planejou, em meus braços não era mais Olivia, e sim a Jasmine. Sua pele ficava mais pálida e mais gelada a cada minuto que passava, os seus cabelos ruivos caiam sobre seu rosto, seus olhos castanhos perdiam o brilho lentamente. A mão de Jasmine apertava a minha, mas aos poucos ela ia perdendo essa força. As minhas lágrimas caiam sobre ela, as suas molhavam os meus dedos que acariciavam sua bochecha.

Me lembro de deixar um beijo em seus lábios, logo antes do aperto de sua mão perder a força de fato. E então ela estava morta.

Eu iria perder a Olivia assim como perdi a Jasmine.

— Me desculpa, Olivia. Me desculpa. — comecei a falar, apertando a sua mão ensanguentada. — Eu não deveria ter deixado você sozinha, isso é tudo minha culpa.

Olivia sorriu fraco pra mim, levando uma de suas mãos ensanguentadas até meu rosto. Ela acariciou a minha bochecha, e não me importei com o fato do meu rosto estar sujo de sangue ou pelo fato daquele ser o seu sangue. Aquele era a primeira demonstração de carinho que ela demonstrava para mim.

— Não é sua culpa. — Ela falou, sua voz tão fraca que me partiu ainda mais o coração. — Você não tinha como adivinhar que eles viriam, está tudo bem. — Uma lágrima escorreu dos olhos de Olivia. — Eu preciso te pedir uma coisa, Ian. — Apertei a sua mão com força, ela devolveu o aperto com mais força que podia. — Salve o seu povo, proteja a sua cidade. Me promete que vai fazer? Que vai tentar encontrar outra maneira de arrumar as coisas?

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