capítulo 47: Mágoas, Desculpas e Luz da Lua

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Joguei os meus cabelos castanhos dourados para trás, sentindo a minha paciência indo embora completamente

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Joguei os meus cabelos castanhos dourados para trás, sentindo a minha paciência indo embora completamente.

— Já disse que não há nada aqui. — falou Ian, se levantando do chão, limpando logo em seguida com as mãos a sua calça preta.

Soltei um suspiro pesado, me aproximando de meu parceiro, irritada.

— Está escuro, mas com certeza há algo aí. Por que teria um buraco com grade embaixo da estátua do seu pai, Ian? — o olhei com as sobrancelhas erguidas. — Está no enigma. Apenas repasse todas as palavras com cuidado. " O Livro sagrado está escondido sob os pés do governante da Cidade onde o Sangue, a Lua e a Magia Percorrem à solta". Sangue, representa os vampiros. Lua, os lobos e Magia as Bruxas e Bruxos. Por que você não quer enxergar algo que já está óbvio?

Ian desviou o olhar lentamente, passando uma de suas mãos entre os fios de seu cabelo preto, como se estivesse tentando se controlar.

Fazia muito tempo que não discutíamos, e estar discutindo com ele naquele momento me deixava mal. Estávamos passando por um momento difícil, onde precisamos o máximo de ajuda possível, onde precisamos nos manter juntos. Mas estávamos discutindo.

— Porque se o livro estivesse mesmo aqui, eu já saberia. — ele falou, calmo. Calmo até demais.

— Saberia mesmo? — cruzei os braços, o olhando com incredulidade.

— Sim, eu saberia. E ninguém seria tolo o suficiente para esconder um dos livros mais importantes do país aqui, na cidade onde é praticamente o centro e a razão de toda essa Guerra. Sei que não somos os vilões, mas eles querem a nossa cidade. Por que esconderiam o livro justo aqui? Justo onde querem invadir?

— Porque ninguém pensaria no óbvio. — retruquei. — Tem algo ai embaixo, Ian. Eu sei que há. Por que você simplesmente não acredita em mim e tenta confiar um pouco no que digo?

— Eu confio e acredito em você. — ele falou dando um passo em minha direção. — Só não acho que o livro está aqui, onde milhares de pessoas passam todos os dias. Se estivesse aqui, eu saberia. O livro não está aqui. — Ian deu um passo para longe de mim, em direção da biblioteca.

— Bom, Então espero que você encontre algo na pesquisa com os livros, Ian. — falei, observando ele andar em direção do local. Meu parceiro parou de andar, apenas para me olhar por cima dos ombros. Não consegui enxergar direito, mas posso dizer que seus olhos brilhavam com mágoa.

Ele não estava acreditando em mim. Mesmo que eu tivesse quase cem por cento de certeza de que uma das partes do livro estava sobre essa estátua, ele ainda não acreditava em mim. E era aquilo que mais me magoava, ele havia mentido para mim quando escondeu sobre o laço de parceria, mas mesmo assim eu perdoei ele, eu confio e acredito nele. Eu sei que são coisas diferentes, mas em ambos os casos estamos tratando de confiança. E ele não está confiando em mim.

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