Nono Capítulo

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Quando Harry entra na pizzaria e vê Louis sozinho na mesa, ele sorri animado.

Agora que Taylor percebeu que ele gosta de Louis, Harry seria idiota de não pedir ajuda.

Por exemplo: seria um grande desperdício de oportunidade não pedir a Taylor para mandar mensagem a Louis, dizendo que o horário mudou. Os dois só terão vinte minutos a sós, mas vai garantir a Harry um lugar ao lado dele a noite toda.

— Oi, Louis, chegou cedo — comenta Harry parando em frente a mesa enorme e vazia que ele está sentado, como um príncipe exilado.

— Na verdade, eu cheguei dez minutos atrasado — responde Louis fazendo uma careta. — Acho que Taylor me mandou o horário errado, mas e aí, por que você chegou cedo?

Harry se senta próximo a ele, mas não totalmente colado. Uma ponta da mesa é cercada por um banco acolchoado e o restante dela de cadeiras, como se tivessem feito uma extensão posterior, para caber um grupo de pessoas, e depois tivessem ficado com preguiça de arrumar para o que era antes.

— Minha mãe tinha um compromisso e precisou me deixar aqui mais cedo — responde ele tirando o celular do bolso.

Dá tempo de cancelar com todo mundo?

Manda ele para Taylor. Ao notar que Louis está o encarando, Harry levanta o olhar e sorri.

— Mensagem para a minha mãe — explica Harry, para que seu futuro marido não pense que ele é mal-educado. Seu celular vibra e ele recebe uma mensagem simples de Taylor "Não. Já estou saindo de casa".

— Ah, sim — responde Louis sorrindo. — Quer tomar alguma coisa? Refrigerante?

— Sim, pode ser — concorda Harry colocando seu celular de lado, com a tela virada para baixo, e se vira para observar Louis, enquanto ele está distraído, olhando para o outro lado, esperando algum garçom passar.

Não demora muito para um homem, na casa dos quarenta, parar próximo a mesa deles. Enquanto anota o pedido deles, Louis diz:

— Minha amiga me mandou o horário errado, sorte a minha que Harry precisou chegar mais cedo.

— Fico feliz, garoto — responde o garçom. — Já volto com as bebidas de vocês — adiciona antes de se afastar.

— Nós batemos um papo quando eu cheguei e me falaram que não tinha ninguém — explica Louis virando-se novamente na direção de Harry. — Mas chega desse assunto. Você recebeu o e-mail do professor, sobre a arrecadação de doações?

Harry evita fazer qualquer coisa acadêmica nos finais de semana, ainda mais se ele puder adiar para a segunda-feira.

— Recebi, mas ainda não li — confessa ele.

— Bom, a arrecadação de porta em porta não funcionou e agora precisamos pensar em outras formas de conseguir doações — disse Louis suspirando. — Pensei em organizar alguma coisa com o time. Cobrar uma libra ou duas por jogo ou algo do tipo, porque geralmente a escola inteira vai assistir.

— É uma ótima ideia! — Diz Harry sorrindo — não se se estão interessados na torcida, mas podemos pensar em alguma coisa — sugere. — Mas eu me diverti ontem, pelo menos.

— Sim, eu também — concorda Louis.

E ele é tão bonito. Sorrindo assim suavemente. Olhos azuis brilhantes. O cabelo castanho meio jogado.

— É engraçado como a gente estuda na mesma escola, mas só agora ficamos amigos — continua Louis. — Fico feliz. Você é legal, Harry.

— Você também é decente, Tomlinson — provoca Harry, como se não estivesse perdidamente apaixonado por ele nos últimos meses.

The FallOnde histórias criam vida. Descubra agora