The Fall

Vigésimo Segundo Capítulo

Na manhã do último jogo do campeonato, Louis Tomlinson liga para Harry Styles enquanto prepara seu café da manhã.

Seus pais não estão em casa e Louis se pergunta se vão aparecer a tempo de vê-lo se arrumar e lembrar do jogo. Não que ele faça questão de eles estarem lá, de qualquer maneira.

Ele liga para Harry porque é a maneira perfeita de se distrair.

O treinador comentou que um olheiro de Manchester interessado em Louis assistirá ao jogo de hoje. Se ele entrasse, seus pais talvez nem fossem se importar de ele jogar durante sua graduação.

Mas há também um pensamento de que essa universidade não está no radar de Harry. Não que ele tenha dito qualquer coisa nesse sentido, Louis apenas tem essa horrível sensação.

— ... parece que a gripe é daquelas fortes — continua Harry ao telefone —, então serei o único garoto hoje. O que me faz pensar se eu deveria usar saia e combinar com as garotas.

— Uau... isso seria... — Louis nem sabe como completar a frase, ele se esquece de continuar preparando sua vitamina por um momento.

— Você não acha que seria estranho? — Questiona Harry.

— Não, seria incrível, você tem pernas lindas, adoro elas — responde Louis e Harry ri.

— Acho que não vou encontrar uma que me sirva assim de última hora, mas talvez eu use só você qualquer dia desses...

Louis ri e balança a cabeça para dizer a si mesmo que é cedo para surtar com aquilo.

— Então eu serei a pessoa mais sortuda do mundo — responde ele ouvindo o carro de seus pais. — Preciso ir, nos falamos mais tarde?

— Falar eu não sei, trocar beijos de boa sorte? Com certeza. Até mais — responde Harry antes de desligar.

Quando seus pais entram na cozinha carregando sacolas de compras, Louis ainda está sorrindo para seu telefone.

[...]

Os pais de Harry decidem assistir ao último jogo. Sua mãe diz que "o único que importa é o último mesmo" .

Além disso, ela está curiosa para ver Louis, o qual Harry não conseguiu convencê-la de que não é seu namorado.

Quando o time entra em campo e eles começam a coreografia para puxar os gritos da torcida, Harry vai no modo automático, apreensivo demais para conseguir se concentrar, mas empenhado em puxar a torcida que Louis e o resto do time precisam.

Ele pensa nos beijos que deu em Louis há poucos minutos e pede ao Universo que eles realmente tenham servido para dar alguma sorte, porque ainda que o time seja bom, o outro também é, e Harry sabe como é importante para Louis ganhar.

[...]

Quando Louis entra em campo, ele diz a si mesmo que aquele é apenas mais um jogo, que ele sabe jogar. Louis diz a si mesmo que o outro time é bom, mas eles também são.

Ele joga como se seu futuro não fosse depender da vitória, para que o peso da preocupação não o arraste para baixo. Sua calma precisa chegar em seus colegas de time também.

Em algum lugar nas arquibancadas seus pais estão assistindo ao jogo, mas Louis não se importa muito com o que eles estão achando. Seus pais não entendem o suficiente de futebol para ter uma opinião, de qualquer maneira.

Quando ele dá uma assistência para que seu time faça o primeiro gol, Louis mal consegue processar a comemoração. Os gritos abafam seus sentidos e pensamentos, exceto por um.