Lar

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Pov: Billie

- Então... - Diz à repórter.

Sei que ela vai entra em um caminho perigoso por isso todo o cuidado para falar.

- Está apaixonada por alguém ? - ela sorrir simpatia, esperando uma resposta.

- Sim, por mim mesma - digo - eu acho que não há ninguém melhor pra cuidar de mim mesma.

Ela ri pela minha jogada esperta.

Dessa vez não querida.

Me desviar de perguntas assim, essa é minha vida nos últimos 7 anos, mas eu não reclamo, tenho tudo que sempre quis, quer dizer...quase tudo.

Mas de qualquer forma eu me sinto bem, tenho uma carreira linda e cada dia gosto mais de tudo que estou construindo na vida.

Pov: Luz

Me assuto quando abro a porta de casa e confetes voao por todos os lado com um sonoro bem vinda.

- Não - digo - sem festa de boas vindas, foi o combinado.

- Você está cada dia mais rabugenta - diz Finneas vindo me abraçar - Bem vinda de volta ao lar.

Lar.

Eu não me sentia de volta à ele, na verdade eu nem sei bem o que é isso exerto...

- Você tá cada dia mais linda - diz Claudia.

- Quero ser como você - dou uma piscada para ela.

Em seguida abraço Heitor e Cíntia com seu enorme barriga.

- Que bom que veio antes do seu sobrinho nascer - diz Heitor

Olho pra ele com certo deboche, ele sabe muito bem por que estou aqui, ele sabe que a culpa é dele e que eu não estou feliz com isso, mas fingimos que está tudo bem.

- Alá gatinha - diz papai.

- Papai - digo surpresa.

Não esperava que ele estaria em casa aquela hora do dia, isso me faz ver que ele realmente está tentando ser melhor comigo. Dou um abraço forte nele, para que ele saiba que é bom vê-lo.

- Bem é oficial - digo - A gatinha de LA voltou.

Foi bem aí que a festa começou, passei a tarde matando a saudade e enchendo a cara com a maior quantidade de álcool possível. Até que Finneas me fez para e me levou até o meu antigo quarto para descansar, ele sempre cuidando de mim.

Meu quarto estava do mesmo jeito que eu deixei anos atrás e as lembranças de coisas que eu vivi ali me atingiram tão forte que nem o álcool é capaz de me segurar no lugar.

Ainda tem o cheiro do perfume que usava anos atrás, eu achava que a estaria melhor hoje, que ilusão a minha, aquelas garota determinada e cheia de sonhos morreu pouco a pouco no mundo lá fora e deu lugar a quem sou hoje, uma bomba preste a explodir.

-Onde ela está ? - me jogo na cama.

Ele me olha com cautela, e começa a tirar meus sapatos.

-Em casa... - diz apenas.

-Ela ainda mora com seus pais ?

-Mais ou menos.

O tanto que ele é vago em suas respostas me perturba.

-Sinto falta dela...

- Aposto que ela também sente a sua, mas ela nunca fala no seu nome - ele suspira.

-As vezes eu acho que não valeu a pena...

-Não diga isso, olha pra você... um fenômeno do Balé, consagrada nos maiores palcos do mundo. - ele faz uma pequena massagem nos meus pés.

Meus pés estão calejados e cheio de cicatrizes que me lembram o quanto já levei eles ao extremo.

-E agora eu voltei pra casa - digo a ele - pra todo mundo é apenas umas " férias " ra engraçado

-Eu sinto muito, mas agora que está aqui, nos podemos cuidar de você

- Obrigada finneas - digo- você é o melhor amigo de todos.

Ele sai e desliga as luzes, me deixando sozinha e eu me pergunto se valeu a pena novamente, talvez ela poderia está aqui comigo seria mais fácil conviver com a minha sentença. É estranho viver cada segundo como se fosse o último.

°°°°

Depois de um longo banho na manhã seguinte a minha cabeça ainda latejava. Mas decido descer pra tomar café com todos, meu pai, Heitor e Cíntia.

- Bom dia querida - diz meu pai - eu vou com você na sua consulta hoje a tarde, tudo bem ?

- Claro - estranho.

Heitor solta uma pequena risada e me faz ver que estou perdendo alguam coisa.

- O que foi ? - olho pra Heitor.

- Ele está afim da sua médica...

- A doutora Lene ? - pergunto.

- Claro que não, só quero acompanhar você...

Por um momento penso na Doutora Lene e o quanto ela é amável, ela sempre está sorrindo e tem olhos cheios de compaixão e verdade. Meu pai deveria se apaixonar de novo e lagar as putas com quem ele passa o final de semana.

- Quando o bebê nasce ? - mudo de assunto.

- Daqui a 3 semanas, eu tô realmente ansiosa - diz Cíntia - Você deveria conhecer o quartinho dele, tá uma graça.

- É claro - sorrio simpatia - Quero conhecê-lo e eu posso ajudar a cuidar dele, apesar de que eu não entendo nada disso.

- Que ótimo, eu também não - diz Cíntia numa risada nervosa.

- A sorte é que eu sei tudo - diz meu pai, também rindo.

Eu estava empolgada para ter um bebê em casa, talvez ele seja o começo para todos nós, por que e nítido que todos estamos tentando ser melhores uns com outros e as vezes parecemos uma família de verdade, isso me conforta de certa forma, por que eu não sei bem quanto tempo eu tenho com ele, então eu quero aproveitar o máximo.

Bel air art school 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora