Luzes de néon

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Uma das coisas que eu sentia falta de LA no tempo em que estava na Rússia, era as luzes de néon, ela estão por toda cidade e deixam tudo menos obscuro durante a noite. Na Rússia era sempre aquele ton de laranja tenebroso e frio.

Mas estava quente em LA essa noite e eu coloquei o vestido vermelha curto, saltos e um baton vermelho para combinar com a roupa.

Eu parecia uma prostitua de luxo e ao mesmo tempo uma garotinha indefesa e tímida que estava curiosa pra saber o que a noite em Los Angeles tinha a oferecer.

Mas eu sabia o que me esperava lá fora e eu estava doida pela garota de olhos azuis e lábios carnudos.

Zoe me abraçou forte quando me viu na entrada da boate. Ela parecia como sempre a diferença é que seu cabelo estava curto e colorido.

Billie estava ao lado dela, extremamente deliciosa com uma calça branca lagar e uma blusa da mesma cor escrito " bad guy " e eu esperava que ela fosse má comigo antes que a noite termine.

— Oi Bil — Eu a abraço forte sentindo seu corpo ao meu e seu perfume de baunilha, antes dela, não sabia que baunilha poderia ser tão quente e perigosa.

— Você tá linda — ela diz analisando meu corpo.

— E você uma delicia — digo de volta com uma piscadela.

Ela ri e morde os lábios, Zoe nos interrompe para avisar que tá na hora de entramos, vamos direto para um camarote acima das pessoas dançando em um ritmo envolvente na pista de dança.

— Qual o veneno de vocês ? – perguntar Zoe, alto o suficiente para ser ouvido apesar da música alta

— Água— diz Billie

— Vodka — digo

Eu sei que não deveria beber, mas só um copo não faz mal, né ? Mas o meu defeito é que não foi só um e
Finneas chega de uma hora e eu já nem me lembrava de muito da minha vida, a bebida sempre foi um remédio para as minhas memórias e hoje eu lembrei disso.

— Você deveria dá uma manerada Luz — diz Billie se aproximando de mim.

— Eu tô de boa — Eu não tava — As vodkas daqui são uma piada, as da Rússia são tão incríveis

— O balé tá com ciúmes que você ama mais a vodka do que ele.

Jogo a cabeça pra trás e solto uma gargalhada.

— Sinto falta do balé

Mas a minha costela não dá sólida o suficiente e eu posso lesionar novamente.

— E da vodka da Rússia — Billie tenta fazer uma piada.

— E você do que sente falta ? — pergunto.

Ela da um meio sorriso e se aproxima de mim, tão perto que posso sentir seu perfume e se eu ainda não estava bêbada a pouco, agora estava.

— Eu conheci uma garota... Anos atrás e ela era muito incrível e eu sinto falta dela e da companhia dela...

— Talvez... — me aproximo ainda mais dela — Eu posso fingir ser ela por essa noite.

Eu a puxo para mim e junto nossas bocas, seus lábios são doces e macios como de costume e ela tem um sabor de perigo e ao mesmo tempo de segurança.

— Você ainda é ela Luz— ela diz quando nos afastamos.

— Ah Billie muito coisa mudou...

— Tipo ? — ela da de ombro.

— Eu... Eu tenho — não termino de falar por que Finneas chega.

— Luz está na hora de você ir pra casa

— O que ? — pergunto confusa.

— Casa. Vou levar você pra casa

Ele não estava perguntando, estava informando que ia me levar pra casa. Não entendi o por que disso.

— Billie pega uma água pra ela ? — Ele continua.

E assim que Billie tá longe o suficiente ele para perto do meu ouvido e diz " aqui não é hora nem o lugar pra contar a ela " ele tinha razão como sempre eu estava bêbada e não no meu juízo normal então, eu não podia dar essa notícia agora.

— Vamos

Concordo com a cabeça e saio junto com ele pra fora da boate o ar está frio lá fora e me faz tremer, cruzo os braços em volta de mim mesmo e espiro o ar gélido.

Pov: Billie

Quando volto pra mesa com a água Luz sumiu e Finneas também, eu fico com cara de idiota ali até que zoe se aproxima. Aproveito e digo a ela que vou pra casa, os seguranças ao meu redor me acompanham até o carro e entram no carro de trás para me deixar em segurança em casa.

A primeira coisa que fiz quando acorde foi chora, chora alto de soluçar como não fazia há 6 anos, mas hoje sentir novamente a familiar sensação de estar perdendo o controle de mim mesma, de impotência e solidão.

E foi por isso que eu não atendia as ligações dela, por toda vez que ela falava o quanto ela estava feliz por ter sido elogiada ou por ter conseguido ser a bailarina principal, eu só me sentia triste por que eu não era um dos motivos da felicidade dela e nem ela a minha. 

Então decidir que era hora de seguir meu caminho, mas agora ela volto  e por mais que eu tente ficar longe não consigo e tudo que quero é ter ela pra mim novamente, mas sinto que ela tenta me afastar a todo custo e eu tenho certeza que não por que não me ama. consigo ver em seus olhos o quanto ela quer dizer absolutamente tudo que ela puder dizer. 

Bel air art school 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora