My Good cultivator Friend 𝟭

ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ 6 - A história de Mo Joe...

Mo Joe carregava uma beleza natural desde muito nova; seu cabelo era grande, da cor de pêssego, herdado do seu pai Torsor. Seus olhos eram azuis, enquanto a sua pele era meio rosada. Ela amava usar vestidos abertos acima dos joelhos, enfeitados com borboletas e por de baixo, shorts longos de panos que apertavam as suas belas e longas pernas.

Joe sempre teve uma vida pacata, rodeada de bestas mágicas da natureza, com pais e irmãos gentis. Foi desta forma que ela nasceu e cresceu; desde sua juventude, foi educada de um jeito simples e dignamente por aqueles que eram suas inspirações.

Seu lar sempre foi aquela aldeia, chamada "cachos das flores", já que aquele local era rodeado de flores perfumadas de várias cores. Na primavera, a aldeia se tornava um lugar turístico para os arredores do reino dos gigantes, por conta da sua vista magnífica, e muitos gostavam de passar alguns dias ali, enquanto admiravam a vista e sentiam o bom cheiro das plantas.

Mo Joe era feliz, achava-se sortuda por nascer naquela magnífica aldeia e não planejava deixá-la nunca, pois ali era o lugar que ela chamava de lar, e os moradores eram seus bons amigos. Joe ainda era nova, tinha acabado de completar seus vinte aninhos e a única coisa que ela desejava era poder curtir tudo de bom que a vida tinha, mas infelizmente os seus sonhos se tornaram pesadelos. A sua vida foi roubada drasticamente, sem qualquer pena ou misericórdia.

Tudo aconteceu num dia qualquer, iguais aos outros. Mo Joe, junto com suas bestas mágicas, seguia calmamente rumo a um rio que ficava fora da aldeia para lavar suas vestimentas, já que seu segundo irmão havia acabado de se casar com uma bonita camponesa.

Seu irmão já tinha seus trinta anos de idade e estava repleto de felicidades com as mudanças que a sua vida iria levar daqui em diante, e é claro que a caçula também se encontrava feliz por ele.

Ela também percebeu que era a única da família que ainda estava sozinha, já que o seu primeiro irmão, Vleos, também já era casado há alguns anos e já tinha cinco filhos. Esse grande irmão já tinha seus cem anos e era um bom cultivador¹, a sua boa aparência era herdada da sua mãe, Mo Malith, enquanto os outros dois filhos nasceram com a cara do pai.

Tosor já tinha os seus setecentos anos, enquanto Malith carregava seus seiscentos anos de idade. Ambos eram casados há várias décadas e tinham poucos filhos, comparados aos restantes do reino dos gigantes, mas, infelizmente, a gigante Mo tinha um problema em seu útero que a impossibilitava de ter vários filhos e, quando conseguia, demorava décadas.

Mo Joe era a caçula de vinte anos, uma sonhadora, gentil e amada por seus bons amigos bestas mágicas. Essas criaturas tinham várias formas; uma era igual a um peixe vermelho que tinha pernas e um casaco, enquanto outro parecia um gato preto, misturado com um morcego, e assim por diante. Todos pequenos, poderosos, faladeiros e divertidos.

Joe já se encontrava no rio, e a primeira peça de roupa que pegou foi o seu belo vestido rosa de ombro a ombro, que caia bem em seu corpo. Ela estava na margem, algumas das bestas mágicas resolveram nadar nas águas cristalinas e refrescantes, enquanto outros brincavam na areia macia e branquinha. Quando ela acabou de lavar todas as peças, voltou pelo mesmo caminho que veio, rumo à sua aldeia.

Os seus passos eram lentos, as bestas voavam ao seu redor enquanto falavam; eles planejavam colher flores depois que deixasse as roupas secando no sol, mas, quando se aproximaram do batente que era a entrada da aldeia, os passos de Mo Joe pararam brutalmente e seus olhos se arregalaram ao ver uma mulher toda ensanguentada correr para fora, desesperada, e fugir daquele lugar.

Não demorou muito para outro alguém aparecer, e esse era um homem que já aparentava ser um ancião de cabelos platinados, e suas vestes se encontravam manchadas de sangue, enquanto era visível alguns cortes em sua carne. Ele passou pelo batente e, quando pretendia fugir para longe, Mo Joe o segurou, ela estava assustada, confusa e precisava de luz.