ᴇxᴛʀᴀ 4 (ᴀʀᴄᴏ 2) - ʙʀɪɴᴄᴀᴅᴇɪʀᴀs ᴅᴇ ɪɴғâɴᴄɪᴀ 4

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A vida de um príncipe é sempre corrida. Onde existem muitos deveres para cumprir diariamente e carregar nas suas costas. Isso, muitas vezes, cansa e deixa-o chateado. Jiang Shu, como herdeiro, tem que lidar com o legado da família e mesmo sendo o caçula dos irmãos; isso não muda ou ameniza o peso, sempre o deixa sem tempo para ser uma criança comum e brincar com seu amigo plebeu.

De noite, a pequena realeza olhava para as estrelas da janela do seu quarto e suspirava. Ele não gosta disso... é como se tivesse nascido num corpo errado. Seu coração deseja outra coisa, algo igual como Liu Xi. Isso significa: Jiang Shu quer ser um garoto livre e aventureiro como seu novo amigo.

Liu Xi tem animais mágicos... brinca de lá para cá e não precisa de servos e guardas na sua cola para protegê-lo. Ele apenas tem três anos e sua mãe o deixa livre como uma raposa selvagem.

Jiang Shu quer isso. Ele quer ser livre como um cavalo aventureiro.

Novamente suspirou e continuou a olhar as estrelas. O vento batia ao encontro do seu rosto nu, sem a máscara, mostrando o quão bonito é, seus longos cabelos castanhos voam num compasso dançante e seu sorriso mostra o quão feliz está. Tudo no lado de fora do castelo parece muito calmo, a noite escura é iluminada pela Lua cheia e brilhante; observando tudo isso, Jiang Shu teve uma ideia.

A brilhante ideia.

Por que não ser desobediente apenas uma vez?

Contudo, o que o pequeno príncipe não sabia é que, ao iniciar sua desobediência, nunca pararia.

Ele se levantou do assento fofo que tinha na janela e correu até o enorme quarto de roupa, onde colocou um robe simples para não chamar atenção de quem fosse. Primeiro: o garoto pulou a janela alta de três andares. Mesmo tendo magia, Jiang Shu não sabia muito bem como usá-la e devido a isso teve que escalar cuidadosamente até pisar no chão seguramente.

Com os pés no chão, o segundo passo era sair da residência real sem que nenhum dos guardas o visse. Parecia uma missão impossível, mas seu corpo entrou em êxtase quando se viu finalmente livre de todo muro gigante que o prendia todos os dias como uma prisão.

Seus olhos brilharam e seu coração acelerou demasiado. Então é essa sensação de se sentir livre?

Ele sorriu e correu pela rua de tijolinhos. Seus cabelos longos voavam, seu rosto sem a máscara brilhava de felicidade e seu corpo pulava, brincava enquanto se afastava do castelo, descendo a ladeira.

Um pouco longe, o príncipe andava pela aldeia que nasceu e explorava tudo. Sozinho, ele podia tocar aqui e ali, contudo, acompanhado pelos servos e guardas, suas mãos sempre se mantinham limpas e cuidadas.

Enquanto andava pela aldeia, acabou se deparando com Liu Xi, sentado na frente de uma casinha muito simples. O garotinho não estava sozinho, junto a ele se encontravam suas amiguinhas bestas mágicas e todos eles comiam pedaços de melancia suculenta enquanto brincavam de jogar as sementes uns nos outros. Aquele plebeu não precisava dormir cedo para cumprir com obrigações ao amanhecer, já que seus deveres simples era apenas ser uma criança obediente com sua mãe e ir à escola.

Liu Xi era sua inspiração de como ser uma pessoa livre.

Jiang Shu o observava atentamente, sem dizer nada ou se aproximar. Seu pequenino amiguinho e os seres místicos se deliciavam das melancias, sentados no chão em frente da casinha simples com tochas de luz nas suas paredes.

De dentro da casa saiu uma mulher igualzinha Liu Xi. Baixa, cabelos negros e pele branca. Não foi difícil perceber que essa era sua mãe. Jiang Shu nunca a viu antes, porém sua dedução sempre foi boa para adivinhação.

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