ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ 46 - A jornada para um mercado negro, a procura de uma erva medicinal

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Liu Xi olhou-se atentamente no espelho encostado na parede do quarto. Sua aparência não havia melhorado, sua pele estava pálida e os lábios ressecados. Sua saúde cada dia piorava e seu fim se aproximava.

O jovem sentiu o gosto amargo da despedida e isso o deixou melancólico.

Seus olhos de pêssegos visualizaram a vestimenta que usava naquela manhã fresca e agradável. Ele optou usar um robe justo que chegava até suas coxas da cor branca, para combinar com o pálido da sua pele. Por cima desse sobretudo, também vestia uma túnica longa verde e calças brancas.

Suas botas também eram brancas e o sinto em sua cintura acompanhava com a mesma tonalidade neutro de cores.

Liu Xi estava pronto para viajar, porém, observou seus longos cabelos soltos e decidiu, finalmente, depois de alguns dias, prendê-lo num alto rabo de cavalo.

Desde que adoeceu, passou a deixar seus cabelos soltos devido às dores constantes de cabeças. Ultimamente também não usava a sua tão amada fita de testa que sua mãe deu-lhe de presente e isso apertava seu coração.

Liu Xi desejava melhorar rapidamente, para poder voltar a usar esse presente antigo tão importante no seu coração.

Ele olhou para seu lado direito, onde estava uma cômoda e, em cima dela, tinha um pote de fitas que serviam para amarrar o cabelo. No final, pegou uma da cor verde para combinar com sua túnica.

Novamente olhou no espelho e suspirou. Xian ergueu os braços na direção da cabeça, na intenção de prender seus cabelos. Com os dedos, ele juntou os fios macios e lisos. Todavia, ao fazer esse movimento simples, a exaustão pesou seus braços.

Ele se cansou e seus braços caíram para baixo.

Agora, sua vida era desta forma. Uma simples mordida de um animal fantasma o imobilizou de muitas coisas.

Seus sentimentos se tornaram deprimentes e um suspiro cansado escapou da sua garganta. Ele olhou para seu amado mestre, que estava sentado em torno de uma mesa e o chamou baixinho:

— A'Shu?

Jiang Shu não o ouviu, já que estava distante em seus pensamentos, enquanto olhava para o papel com o desenho da erva que o doutor deu-lhe ontem. Liu Xi observou atentamente o príncipe e seu coração apertou; ele mordeu o lábio e chamou-o novamente: — A'Shu.

Jiang Shu levantou a cabeça para o jovem homem, e o viu com uma fita verde na sua mão.

— Gege pode ajudar seu Didi? Didi quer prender o cabelo num rabo de cabelo — disse baixinho, tinha medo de cansar o príncipe com esse peso que a doença estava sendo.

— Mestre não é tão bom nisso, mas posso ajudar sim — sorriu genuína. De qualquer forma, Jiang Shu sempre amou cuidar calorosamente dessa pequena pessoa. Ele guardou o papel no seu bolso e caminhou até seu delicado Didi e parou atrás de si.

Com toda certeza, Jiang Shu era uma pessoa bem alta. O topo da cabeça de Liu Xi, encaixava perfeitamente em seu queixo, então, o perfume agradável do cabelo alheio dançava em seu nariz; isso o fez sorrir.

— Você se lembra do dia que tentei amarrar seu cabelo? — sorriu e aproximou as mãos nos fios da pessoa na sua frente. Ambos se olharam através do espelho e sorriram um para o outro.

— A'Shu não é muito bom nas coisas simples, já que usava magia para realizá-las. Seu cabelo sempre está bem penteado devido a sua magia.

— Hoje optei em prendê-lo num coque — Jiang Shu estava atento no cabelo do seu discípulo. Ele penteava delicadamente com os dedos os fios longos.

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