ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ 60 - Um dia após o outro

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Deitado num banco de madeira, Liu Xi, sentia a brisa fresca da sombra e dormia tranquilamente rodeado de um aroma adocicado de flores rosas que caíam da árvore e flutuavam até o chão, formando um belíssimo tapete rosado. Ao seu lado, o som da água do lago lhe levou para um sonho agradável, onde uma raposa preta brincava com borboletas e, ao fundo, se ouvia o soar de uma flauta.

A melodia agradava às orelhas da raposinha que pulava e brincava com as borboletas. Um sonho vivo e distante... Porém, nesses dias, sonhava muito com a raposa e ouvia as melodias da mesma flauta; isso estava começando a ficar estranho.

Afinal, isso envolvia uma reencarnação antiga? Essa era uma pergunta sem resposta.

Sacudido! Seu corpo foi sacudido repetidamente e o sonho se desfez quando Liu Xi abriu os seus olhos negros com resquícios roxos, olhando para a árvore com folhas rosadas em cima de si e a melodia continuou entre aires o fazendo olhar ao redor...

— O que foi? O que está procurando? — O príncipe demônio, Galadriel Belphegor, entrou na vista do dorminhoco e olhou ao redor curioso, mas não viu nada, além de um lago grande que transmitia o rosado da enorme árvore e um banco embaixo dela, onde Liu Xi estava deitado, segurando um livro aberto no seu corpo.

— Você está ouvindo essa música? — Se sentou no banco com o livro de aventura na mão. Ele lia uma hora antes, deitado, debaixo da sombrinha, antes de pegar no sono.

— Aaah, Não! — Olhou estranho para a joia do rei demônio. Liu Xi se atentou na melodia de flauta, contudo, ela parou e o local se tornou silencioso, como se nunca tivesse existido antes. — Você deve estar sonolento ainda.

Sorriu o aluno mediano, se sentando ao lado de Xian.

— Não entendo! — Comentou consigo mesmo confuso, pois as melodias de flauta e a raposa negra era algo que via e ouvia muito desde seus quinze anos. — Talvez...

Olhou para o livro e fechou, não adiantava explicar sobre esses eventos para o discípulo ao lado se ao menos sabia suas respostas.

— De novo lendo esse livro? Que graça tem? Vamos sair? Tenho um lugar para te mostrar.

Arrancou o livro das mãos do amigo, olhando a capa.

— Não quero, estou no final, irei terminar meu livro — pegou de volta e sorriu. — Sempre gostei de ler, gosto da sensação de viajar sem sair do lugar. É muito mágico, você deveria tentar.

— Ah, não... Tenho coisas melhores para fazer, não tenho tempo.

Galadriel demonstrou uma careta de tédio e encostou as costas no banco, observando o lago calmo.

— Tipo o quê?

— Perseguir meu Shizun, claro — sorriu friamente ao pensar em Jiang Jin. — Ele é fofo, sabia?

Liu Xi arqueou as sobrancelhas ao imaginar o irmão esnobe do seu mestre como uma pessoa fofa. Isso não entrou na sua cabeça; era muito estranho.

— Você é muito estranho.

Liu Xi sorriu e recebeu o olhar gelado do menor, porém, Galadriel estava num corpo juvenil, com bochechas fofas e não assustou a pessoa ao seu lado.

— Você deveria agradecer por me ter como seu amigo.

Fechou a cara e demonstrou bico, Liu Xi sorriu, virou-se de frente ao menor e apertou suas bochechas fofas.

— Fico feliz por tê-lo ao meu lado, Hongjun.

Galadriel quase vomitou de ódio por ser tratado como uma criança fofa. Seus olhos queimaram Liu Xi, porém, ele apenas sorriu, mas por dentro xingou seus antepassados por sofrer tal humilhação.

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