𝕯𝖊́𝖈𝖎𝖒𝖔 𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔

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"A verdade, meus amigos, sempre dá um jeito de aparecer"

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"A verdade, meus amigos, sempre dá um jeito de aparecer"

Apertei meus olhos com força quando acordei, tendo o rosto atingido pelos raios de sol que entravam pela fresta da cortina. Segunda-feira, finalmente.
Olhei para o lado e Hadan dormia. Desde o dia que a bebida falou por mim e eu acabei na cama dele, estávamos mantendo aquela relação casual, mesmo que estivéssemos dormindo juntos durante todo o final de semana.
Obviamente Zaylla e Daves surtaram quando eu os contei tudo, e com tudo, digo, todos os detalhes que Daves me fez falar e falar.
Minha amiga também estava mantendo uma relação um tanto estranha com Josh. Eles saíram dois dias juntos, mas eu não os via trocar mensagens e nem ligações. Daves também tinha alguém, mas ele preferia manter em segredo até as coisas ficarem sérias.

Cutuquei a bochecha de Hadan, o vendo acordar devagar.
— Bom dia e estamos atrasados — falei, sentando na cama, tentando arrumar o cabelo com os dedos.
Hadan resmungou e tentou me puxar pela cintura, mas eu sabia que as coisas não acabariam bem se eu o permitisse fazer aquilo, então levantei antes.
— Cinco minutos — ele pediu, choramingando.
Eu apenas ri, correndo até o banheiro.
Hadan, mais uma vez, tinha razão. Era intrigante o tanto que ele conseguia ser cheio de surpresas. Era uma verdadeira aventura conhecer mais sobre Hadan. Era adorável.
Quando me olhei no espelho, lembrando instantaneamente da noite anterior, percebi meu lábio levemente vermelho e cortado, e então abri um sorriso.
Não muito tempo depois eu estava pronta, com roupas que eu, de forma inteligente, havia levado para a casa dele, apenas para a segunda-feira, sabendo que não conseguiria não dormir lá na noite anterior.
Hadan também não demorou a ficar pronto e com insistência minha, para não levantar boatos, decidi que eu chegaria melhor se fosse de uber, então saí primeiro.

Durante o dia, tudo correu bem. Hadan e eu trocávamos olhares sugestivos, mesmo no meio das pessoas e dizíamos para nós mesmos que as coisas não passaram de um final de semana divertido.
— Eu preciso que você dê uma olhada nessa papelada. Leroy vai chegar depois do horário de almoço e quer tudo isso pronto — Hadan disse, me entregando uma grande pasta azul, enquanto repousava a mão sobre meu quadril.
— Não seja maluco — falei, me desvencilhando de Hadan, voltando a sentar atrás da minha mesa.
Com uma risada, ele deu meia volta e saiu da sala, me deixando sozinha com aquela pilha de papéis.
Os suspendi no ar, na tentativa de deixá-los alinhados e um deles, menor que os outros e de cor diferente, caiu.
Quando o peguei, passando os olhos por cima, algo me chamou atenção. Era um teste de DNA.
Era alguma coisa que provavelmente eu não deveria xeretar, então, com o teste em mãos, levantei, na intenção de entregá-lo para Hadan.
Mais uma vez minha curiosidade acendeu e talvez não fosse uma péssima ideia dar uma olhadinha. Meus olhos voltaram-se para o papel e então:
Conclui-se que Holand James Leroy é o pai biológico de Bailey Austin Mazon.

Eu não poderia esperar com mais ansiedade pela chegada de Holand. Tanta que ao menos fiz o que deveria fazer, seja lá o que fosse, com aqueles papéis.
Quando Holand entrou na sala, com um sorriso largo e me cumprimentou, andando até a mesa dele, eu o segui, apertando o papel entre meus dedos.
— Boa tarde Bailey — ele finalmente falou, quando sentou de forma relaxa na cadeira.
Eu não o respondi, apenas joguei o papel sobre a mesa. Holand me olhou, franzido as sobrancelhas e a essa altura, lágrimas já acumulavam-se nos meus olhos. Ele recolheu o papel e passou os olhos por ele, voltando-se para mim em seguida.
— Bailey... eu... — Holand começou, mas fomos interrompidos.
Hadan entrara na sala e ao parar ao meu lado, me lançou uma expressão de confusão.
Holand o encarou e comprimiu os lábios, acenando com a cabeça, um gesto que pareceu esclarecer tudo na cabeça de Hadan. Ele estalou a língua no céu da boca e me olhou, no olhar tinha algo parecido com pena.
— Então é verdade? — perguntei, sentindo um nó se formar em minha garganta.
Minha voz estava embargada e por pouco eu não chorei ali mesmo.
Holand acenou com a cabeça, um sinal positivo. Seu olhar já não estava mais em mim. Hadan continuava parado e quando o olhei, percebi que aquela notícia não era algo novo para ele.
— Você sabia? — senti minha voz falhar e só então as lágrimas desceram pelas minhas bochechas.
— Bailey... — ele começou, mas não o dei tempo de falar.
Me virei e mesmo ouvido ambos me chamarem, continuei caminhando para fora daquela sala.
Com a visão borrada por causa das lágrimas, tive dificuldade de chegar até o elevador, e quando o fiz, apertei o botão para o andar de Zaylla.

— Preciso falar com você — falei, entrando bruscamente na sala dela.
Zaylla estava conversando com uma de suas colegas e quando me viu, correu até mim.
— Eu quero mesmo falar com você, tenho uma surpresa — ela disse, de um jeito empolgado.
Provavelmente ela não havia notado que eu estava chorando, então respirei fundo, na tentativa de esconder.
— O que é? — perguntei, ouvindo minha voz sair ainda embargada.
Zaylla me dirigiu um olhar confuso e então me levou até o banheiro, que não ficava longe de sua sala.
— O que aconteceu? — quando finalmente a ouvi perguntar, desabei no colo da minha amiga, permitindo-me chorar tudo o que segurei na sala de Holand.
Não consegui falar com Zaylla, que pediu ao supervisor dela, que estranhamente era Daves, para sair mais cedo. Ele permitiu e prometeu que estaria conosco assim que o expediente dele acabasse.
Ela me levou para casa, fomos no carro dela e minha amiga fez questão de segurar a minha mão durante todo o caminho, enquanto eu não conseguia controlar o meu choro.
Eu pensava em tudo. Pensava nas dificuldades que tive que passar sozinha com a minha mãe, enquanto Holand era a porra de um empresário rico.
E a minha mãe, será que sabia do paradeiro do meu pai? Será que ela sabia que eu era a assistente do meu próprio pai?
De repente me vi tentada a pergunta-la aquilo tudo pessoalmente e só o que eu conseguia pensar era sobre voltar para o Texas.
Quando Zaylla abriu a porta da nossa casa era tudo simplesmente difícil de acreditar. Uma coisa quase impossível.
— Surpresa!? — Zaylla falou, ao meu lado.
Ela tinha um meio sorriso, que diminuiu aos poucos quando reconheceu a minha expressão, mas sem dizer nada, eu entrei em casa.
Um choque me atingiu no peito. Um choque capaz de me derrubar. Tudo passou diante dos meus olhos e doeu ainda mais quando senti os braços da minha irmã mais nova me envolverem em um abraço apertado.
— Bailey! — Sally gritou, com um tom de voz animado e eu segurei ainda mais as lágrimas.
Logo Zaylla estava ao meu lado, cumprimentando a minha mãe.
Patch foi o próximo a me cumprimentar e eu poderia jurar que o vi enxugar uma lágrima.
— Que saudade de você — meu irmão disse quando também me envolveu em um abraço.
— Bailey, querida — a minha mãe falou.
O tom de voz dela era calmo e baixo, mas tinha uma certa pontada de insegurança quando ela olhou em meus olhos. Eu estava chorando de novo.
Zaylla me olhava confusa e quando minha mãe fez menção de me abraçar, me desvencilhei, subindo em passos longos e pesados para o meu quarto.
Eu estava sendo egoísta, eu sabia. Talvez a minha mãe nem soubesse, mas ela lembraria do nome do pai da sua filha, certo? Talvez aquilo explicasse o tamanho da insegurança que ela tinha ao me ver trabalhando como assistente de Holand Leroy. Todos os pensamentos piscavam com força na minha cabeça e eu chorei, com o rosto afundado no travesseiro.

— Bai, me deixa entrar? — Zaylla pediu.
Ela e Sally haviam revezado para bater na minha porta durante as duas últimas horas, mas só quando eu finalmente fiquei menos histérica, abri a porta.
Minha amiga entrou como um furacão e sentou na minha cama, me puxando junto.
— Daves está lá embaixo distraindo a sua mãe do choque que foi ver a filha ignorando ela — Zaylla falou, em um tom de voz acusatório, o que foi o suficiente para as lágrimas voltarem a formar nos meus olhos.
— Ele é o meu pai, Zaylla — falei, calando a minha amiga.
Zaylla me olhou, franzindo as sobrancelhas e eu engoli em seco.
— Holand é o meu pai — repeti.
Minha amiga pareceu entender todas as últimas horas que haviam acabado de passar diante dela e por fim me abraçou, apertando-me contra o corpo dela.
— Puta que pariu.
Ainda estávamos abraçadas, enquanto eu chorava feito uma criança, quando Sally entrou no meu quarto.
— Bai, desce, vamos comer biscoitos que o seu amigo engraçado trouxe — minha irmã falou, fazendo com que Zaylla risse.
Olhei no rosto de Sally e pude sentir meu coração esquentar, então sem forças para dizer não, deixei que minha amiga e minha irmã me levassem até o andar de baixo.
Quando a minha mãe me viu, ela respirou fundo e vi alívio no olhar dela, mas só então quando eu desviei o olhar, a percebi ficar tensa de novo.
Sentei ao lado de Patch, que me envolveu em um abraço de lado, enquanto ouvíamos Daves contar sobre o dia que conheceu Kendall Jenner, mas eu duvidava que minha mãe ou Patch estivessem entendendo.

Sentei ao lado de Patch, que me envolveu em um abraço de lado, enquanto ouvíamos Daves contar sobre o dia que conheceu Kendall Jenner, mas eu duvidava que minha mãe ou Patch estivessem entendendo

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E esse capítulo???? 🙈🙈
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𝐀 𝐇𝐞𝐫𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 - sofia carson Onde histórias criam vida. Descubra agora