capítulo 2 - eu normalmente daria um tapa na sua cara agora.

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Vanessa Morgan pov.

- esse jogo é ótimo. - comentei.

- duvido você me ganhar nele. - camila disse em um tom competitivo e eu arqueei as sobrancelhas.

madelaine e lili haviam saído e como camila e eu estávamos sem nada para fazer, ligamos o videogame e resolvemos jogar mortal combate. sem querer me gabar, mas eu sou ótima nesse jogo.

- ISSO!!! - gritei animada.

- você roubou. - camila revirou os olhos.

- você que não aceita perder. - falei e antes de prolongarmos e levarmos a discussão um pouco a sério, ouvimos o barulho da porta ser aberta.

- voltamos. - lili trancou a porta novamente e elas colocaram algumas sacolas na mesa.

- então, é realmente só isso que vocês fazem para se divertir aqui no brasil? só jogam videogames e na rua só se veem pessoas estranhas e com cara de que não prestam? - madelaine bufou.

- talvez elas pareçam estranhas, porque você não as conhece. - respondi-a com uma cara meio óbvia.

- se eu pudesse, eu nunca teria saído dos estados unidos, eu tenho dinheiro suficiente para ficar aonde eu quiser, até para comprar esse país. - deu de ombros e eu me levantei.

- que eu saiba é idealmente ilegal morar sozinha, quando se tem apenas dezessete anos. - falei em um tom irônico.

- eu normalmente daria um tapa na sua cara agora. - ela se aproximou e camila riu alto.

- oh, faça isso. - provoquei-a e ela foi chegando cada vez mais perto.

- hum, que fome!! - lili nos interrompeu.

- vocês não tem empregados aqui? - madelaine perguntou e nós negamos.

- não, meu anjo. agora vai lá fazer um sanduíche para mim. - provoquei-a e ela foi irritada, até a cozinha.

- não provoca, nessa! - lili disse calma, antes de sair.

fui na cozinha também e quando me virei para madelaine, ela me olhava séria, cortando o tomate de uma forma não muito agradável, pelo contrário, ela olhava para mim com um misto de raiva nos olhos e o cortava com muito ódio.

engoli em seco, me aproximando de lili e sorrindo falso para madelaine, que em nenhum segundo sequer parou.

- ela não sabe que eu sou intersexual, sabe? - sussurrei para betty e ela assentiu.

- sabe sim, eu contei para ela. - sussurrou de volta e eu tapei meu membro, (como se ajudasse em algo), saindo de perto delas pelo canto.

essa menina é louca, não duvido nada que ela use essa faca para coisas indiscretas.

- acho melhor eu parar de irritá-la, uh? - me joguei no sofá, falando para camila.

- eu acho é pouco. - camila respondeu, rindo alto.

- achei que você fosse a minha amiga. - bati palminhas falsas.

- e eu sou. olha, por mais que até eu tenha raiva dela ser tão mimada assim, eu a entendo. ela nasceu lá nos estados unidos e quando lili e eu fomos no feriadão, acabamos encontrando ela e viramos amigas, ela não parava de dizer o quanto amava aquele país e nunca sairia de lá, aí os pais dela morrem do nada... é meio foda, ela conseguir se adaptar tão rápido assim, ela só chegou ontem.

- ok. - revirei os olhos.

- toma, meu bem. - madelaine me entregou um sanduíche e sorriu diabólica.

- sabe o que é, é que eu... perdi a fome. - ri nervosa.

sabe se lá, se ela colocou algum veneno ali?

- mas você vai comer, eu não fiz para nada. - me deu o prato.

- obrigada. - sorri falso.

- coma todo. - ela sussurrou no meu ouvido, com uma faca na mão.

- lili, ela não bate bem da cabeça. ela é psicopata, eu falo sério. - falei, depois que ela saiu.

- ela só está fazendo isso para te colocar medo. - riu alto.

- eu vou é tomar um ar. ela realmente me assusta.

se adaptar pode não ser tão fácil assim - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora