capítulo 21 - sexo.

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- cadê a nessa? ficou por lá, esperando o bebê nascer? - camila riu alto com suas próprias palavras, depois que eu joguei a minha bolsa em qualquer canto da casa e bufei, me jogando no sofá.

- hum... - lili murmurou, parecendo já imaginar o que aconteceu. - já sei, brigaram?

- sim, e foi muito feio.

- transa que passa. - camila deu de ombros.

- obrigada, vou usar essa estratégia. - respondi-a em um tom irônico.

- eu estou falando sério, ué.

- vai ver ela está certa. isso já deu certo várias vezes. - lili se sentou ao nosso lado.

- espera aí, você não deveria estar no tal trabalho? - perguntei para camila.

- desisti, não me dou bem com isso. fazem algumas semanas que já estou tentando algo novo e já posso dizer que...

- dê os parabéns a nova atriz da casa. - lili gritou animada, interrompendo camila.

- meu Deus, sério?

- sim. nem eu sabia que tinha tanta capacidade para isso. vou começar com um pequeno seriado. - fez uma cara de convencida e eu a olhei incrédula.

- camis!! isso é ótimo. - abracei-a. - parece que só nós não arrumamos algo ainda. - ri baixinho para lili.

- então... eu já arrumei uma coisa também. - lili murmurou.

- oi? por que vocês nunca me contam nada? - cruzei os braços. - enfim, o que está fazendo agora?

- sabe esse seriado que a camila vai fazer?

- o quê? você também vai fazer?

- não é bem isso. vou dublar a personagem dela. - colocou uma mecha do cabelo para trás.

- vocês são muito talentosas, meu Deus. - fingi uma voz de mãe babona e elas riram alto.

- sua mulher também é. - lili murmurou.

- é... tenho orgulho de todas vocês.

- e você? vamos começar a trabalhar também, meu anjo? nada de ficar parada só de mordomia, não. - camila deu um tapinha no meu braço.

- ela está grávida. - lili imitou a voz de vanessa e eu balancei a cabeça, rindo um pouco alto.

- eu sou rica. muito rica. - dei de ombros.

- cheguei. - pude ouvir a voz de vanessa ecoar pela sala.

- vou subir. - murmurei, pegando a minha bolsa e indo em direção ao quarto.

após tomar uma ducha que me relaxou bastante, me deitei na cama e puxei mais a coberta para mim.

me virei para a parede, suspirando pesado e fechando os olhos tão forte, a ponto de abri-los ao sentir a coberta sendo puxada de mim.

eu já vi vários daqueles filmes de terror, onde as pessoas estão deitadas e são puxadas de suas camas, sendo levadas para o diabo e o mundo.

me virei devagar, (não que eu esteja com medo de uma coisa boba como esta, mas precaução e amor a vida é sempre bom, hm?).

mas quando me virei completamente, vi que era só a idiota e a surtada da minha namorada, me virei novamente para a parede, tirando toda a minha atenção dela.

logo, ela envolveu um de seus braços na minha cintura, me abraçando por trás e dando leves beijos no meu pescoço. vanessa não demorou a descer seus beijos até o meu ombro, depois barriga e...

e eu sabia que não poderia resistir muito, por tanto, posicionei minha mão esquerda na sua nuca, quando ela voltou a dar atenção para o meu pescoço.

- desculpa, tá bom? não quero que você ache que eu não quis ir com você. é o nosso filho que está em jogo, poxa. - vanessa murmurou, perto do meu ouvido.

- como assim em jogo? jogo de quê?

- sei lá, eu sempre quis recriar essas cenas de filmes e novelas. - deu de ombros, me fazendo rir baixinho.

merda!! não era para rir, era para eu manter a minha pose de quase adulta séria.

- desculpa também, não quero brigar com você. eu realmente queria ter ido com você, apesar de tudo, se você não tivesse ido, eu iria passar mais nervoso ainda. - murmurei, ainda de costas para a mesma.

- desculpa, desculpa, desculpa... - sussurrou no meu ouvido.

- sem problemas, benzinho. - me virei para ela. - bem... como foi lá? conseguiu?

- a partir de agora, você fala com a mais nova e maior fotógrafa que rio de janeiro já teve. - brincou e eu a olhei com a boca entreaberta.

- parabéns, meu amor!! - abracei-a. - huh, que sorte eu tenho de ser namorada dessa fotógrafa gata e gostosa. poderíamos comemorar, o que acha? - sugeri, tirando a sua calça.

- não, amor. está doida? você está grávida!! - me parou imediatamente. - vai machucar ele.

- ah, é. vai mesmo machucar o bebê, havia me esquecido disso. eu também esqueci que você não tem um pau e sim um cabo sem fundo, que possa até atravessar o meu cérebro. - murmurei um pouco irônica. - claro que não vai machucar a criança.

- certeza?

- tenho. - revirei os olhos.

- então... - me puxou para que eu pudesse ficar em cima dela.

- então...?

- sexo.

se adaptar pode não ser tão fácil assim - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora