capítulo 6 - cuida essa noite.

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Vanessa Morgan pov.

- eu não queria estar aqui. - bufei, me sentando em uma cadeira que ficava em um balcão de atendimento.

- relaxa, querida. beba um uísque, talvez uma vodka. - madelaine sugeriu e eu assenti.

- aonde vocês vão? - perguntei, assim que as mesmas saíram.

- pista de dança, não é óbvio? - camila falou.

- ah, tudo bem. - acenei e elas sumiram da minha vista, se misturando com algumas outras pessoas que estavam ali.

- boa noite. o que a senhorita deseja? - uma moça aparentemente jovem, baixa e com o cabelo curto, chamou a minha atenção.

- an... boa noite. você. - falei e ela revirou os olhos, rindo baixinho.

- eu me refiro ao cardápio. - ela voltou a dizer.

- você está nele? - brinquei.

- felizmente, não. - respondeu simples.

- ok, então, eu gostaria de pedir um rum.

- aqui está. - ela me estendeu um copo e eu sorri enorme.

- agradecida... - peguei-o.

- disponha. qualquer outra coisa é só me chamar. estarei ali. - apontou para um canto qualquer, mas antes dela sair, puxei o seu braço. - algum problema?

- me diz seu nome antes. - soltei-a.

- me chamo carolina, mas pode me chamar de carol.

- bonito o nome. afinal, me chamo vanessa, mas pode me chamar de sua futura namorada. - comentei e ela riu alto.

- nome bonito também. aliás, você é bem saidinha, uh?

- só com quem eu quero ser.

- você nem me conhece. - deu de ombros.

- ué, acho que houve um engano, pois acabei de conhecer uma carol agora pouco e ela é bem parecida com você. - fingi procurar alguma pessoa e ela bateu na própria cabeça, se sentando em um banco também. - você vai demorar para sair?

- não. você chegou e eu estou saindo. já deu meu horário, outra pessoa irá me substituir. - ela tirou um avental estranho e eu bufei.

- espera. quer dar uma volta? - sugeri.

- pode ser. eu só preciso pegar a minha bolsa que está ali. - apontou para uma bolsa, que estava um pouco distante e eu assenti.

quando me virei, vi madelaine ainda na pista, porém praticamente se comendo com um cara que eu não consegui reconhecer na hora.

automaticamente, toda a minha alegria se foi junto com aquela imagem.

olhei para os lados e não vi camila, nem lili.

me levantei rapidamente e sem esperar pela tal carol ou qualquer outra pessoa, saí as pressas daquele lugar.

não sei nem o porquê estou assim, não tem motivo algum. eu nem sou próxima dela direito. ela é só mais uma menininha mimada e que só quer se divertir a qualquer custo.

- ei, o que foi? - senti alguém tocar no meu braço e me virei.

- me desculpa, eu só precisava de um ar.

- a forma que você saiu me assustou, tá bom? - carol murmurou e eu balancei a cabeça.

- me desculpe novamente.

- tudo bem.

Madelaine Petsch pov.

- vanessa? - chamei-a, olhando ao redor, mas não encontrei nem ela, nem a camila ou lili.

- procurando alguém?

- é... eu vim com as minhas amigas e não sei onde elas estão. - cocei minha nuca.

- relaxa, gata. elas devem ter ido a algum lugar. quer que eu te leve?

- oh... não me leve a mal, ficamos e foi ótimo, mas eu não sei nem ao menos o seu nome.

- travis. travis mills. bem, agora nos conhecemos. - riu de canto.

- sou madelaine petsch. honestamente, você é muito gato. - brinquei e ele deu de ombros.

- eu sei. - se deu de convencido e eu revirei os olhos. - me passa o seu número? - pediu e eu assenti.

- claro. - anotei o meu número em um papel e o entreguei. - agora tenho que ir. - dei um beijo demorado no mesmo e ele sorriu fraco.

saí do local, que também já estava vazio. e quando coloquei os pés fora, pude ver vanessa de longe, com uma menina que mantinha cabelos curtos, era baixinha, (assim como ela) e usava um vestido justo preto.

assim como o meu.

o que raios vanessa faz às duas horas da manhã sozinha na rua, com uma menina que certeza que ela nem conhece?

eu poderia ir para casa e deixá-la se foder sozinha, mas eu sou uma boa pessoa.

- por que não está em casa? ou ao menos lá dentro perto de mim ou das meninas? - apareci, sem aviso prévio e elas pararam de rir na hora.

- opa, por que você está falando nesse tom comigo? - vanessa perguntou, em um tom meio alto.

- com quem você pensa que está falando, vanessa?

- essa pergunta quem te faz sou eu. - se levantou.

- o que caralhos você faz aqui a essa hora, conversando com uma menina que você nem conhece? - cruzei os braços.

- primeiramente, você não sabe se eu a conheço ou não e segundo que você não está com moral nenhuma para falar disso, quando você é pega quase se engolindo com um moleque que você ao menos sabe o nome. - repetiu o meu ato, cruzando os braços também.

- é... gente, tudo bem?

- não!! - vanessa e eu gritamos ao mesmo tempo e ela deu um leve pulo, devido o susto.

- entra no carro. - apontei para o carro e vanessa negou. - como é que é? entra nessa droga desse carro, morgan.

- olha só, madelaine. graças a Deus, ele me deu algo chamado pernas e isso serve para fazer movimentos com elas, o que nos faz andar, se você ainda não sabe. ou seja, pernas e eu, duas coisas que combinam muito bem.

- vanessa, eu não estou para gracinhas agora. - puxei-a pelo braço.

- desculpa, eu não te conheço, mas você não deve obrigá-la, se ela não quer. - a menina murmurou.

- cala a boca, anão de jardim. - praticamente gritei e ela balançou a cabeça.

depois de muitas tentativas, consegui fazer vanessa entrar no carro. ainda com um bico enorme que atravessava a sua própria boca, ela se mantinha calada durante o caminho inteiro.

- você não pode sair conversando com todo mundo assim. você não sabe a idade dela, o que ela realmente queria com você, fazer com você ou de você. - quebrei o silêncio.

- fica quieta. você estava prestes a transar com um cara que você nem conhece, na pista de dança. - revidou.

- olha aqui, Morgan. - antes que eu pudesse formular qualquer frase, pude ouvi-la rir baixinho. - do que isso tem graça?

- pulamos todas as partes e já estamos brigando desse jeito, como se fôssemos um casal. - ela disse ainda rindo, mas parando logo depois quando percebeu o que disse.

- pior é que nem amigas chegamos a ser. - murmurei, parando o carro em uma estrada deserta.

- e quem disse que eu quero ser a sua amiga? você é literalmente muito chata. - fez uma cara de nojo e eu a olhei incrédula.

- oh, é. eu jamais iria querer ser amiga de uma pessoa tão pequena também, eu falo com você e me sinto como se tivesse conversando com uma criança. - dei de ombros e ela me deu um tapinha no braço.

- uma criança que só precisa de cuidados. - cruzou os braços e eu ri.

- hum, sendo assim, deixa eu cuidar. - falei sem intenção alguma, mas já era meio tarde para isso.

- cuida essa noite. - vanessa sussurrou, antes de atacar os meus lábios.

se adaptar pode não ser tão fácil assim - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora