Madelaine Petsch pov.
- o que veio fazer aqui? - vanessa perguntou, com as mãos encostadas na sacada.
- vim ver o que estava fazendo. - respondi-a, me apoiando junto a ela.
- legal. - voltou a sua atenção para a rua, que por sinal, estava bem movimentada.
- baile. curte? - sugeri aleatoriamente. - você precisa.
- eu até curto, mas não estou muito afim.
- aqui obviamente não é como vancouver e claramente não tem as mesmas festas de lá, mas posso tentar me acostumar a vivência aqui, começando por festas, que eu realmente amo. que tal?
- se for para você se adaptar e deixar de ser chata assim, eu até topo. - deu de ombros.
- o que disse, morgan? - perguntei incrédula.
- isso mesmo que você ouviu, fofinha. - respondeu em um tom irônico.
- eu vou te mostrar agora mesmo quem é chata. - murmurei e em um ato rápido, comecei a correr atrás da mesma, que a cada passo dava uma risada baixinha, (não passada despercebido por mim).
- vejo que as duas estão começando a se dar bem. - pude ouvir lili dizer, depois que passei por ela e camila.
subi as escadas, ainda correndo, e entrei no quarto de vanessa e camila, vendo a mesma encolhida na cama.
- se você não tivesse com essa cor de roupa tão chamativa, eu poderia jurar que você não estava nessa cama, já que é tão pequena. - brinquei e ela me olhou incrédula.
- ah, eu sou pequena? - ela se levantou.
- isso mesmo que você ouviu, fofinha. - repeti o seu ato e ela me olhou séria.
- eu sou pequena, mas é só de tamanho mesmo, ok? - sem me dar chances de responder, vanessa rapidamente pulou no meu colo, fazendo com que nós duas caíssemos no chão.
e me fazendo sentir o seu... vocês sabem.
que por sinal, (não que eu esteja reparando em nada ou esteja interessada), mas é bem grande.
- é... você... você machucou a minha... cabeça. sabia...? - tentei soar calma, embora eu tivesse realmente nervosa com aquele contato.
- oh, desculpe. está bem? - perguntou, enquanto passava a mão na minha cabeça.
- eu tenho que... tomar banho. - antes de esperar qualquer resposta, saí rapidamente do local, deixando-a sozinha e sem entender nada.
isso foi muito estranho. tipo, literalmente muito estranho.
eu já sei a minha orientação sexual, quer dizer, eu sempre fui bissexual, porém sempre gostei mais de homem do que de mulher.
eu não minto que já fiquei com muita mulher na minha vida.
mas nunca senti essa tensão toda, como agora.
- será que é por ela ter um amiguinho também? - falei sozinha.
- talvez seja. - ouvi a voz de vanessa dizer e automaticamente meus olhos arregalaram.
- você... você estava... aí faz tempo? - perguntei nervosa.
- não... cheguei agora. - murmurou e eu suspirei aliviada. - posso? - perguntou e eu assenti.
ela fechou a porta do quarto novamente e entrou, se sentando na cama ao meu lado.
- mas ainda sim, sei o que está pensando. - ela voltou a dizer. - eu já sofri muito por isso, já até apanhei de vários garotos no ensino fundamental, segundo eles, eu era uma aberração.
- eu sinto muito... não fazia ideia disso. - murmurei, tocando levemente na sua mão, mas soltando-a logo depois de perceber.
- meu pai largou a minha mãe quando descobriu isso, ele disse que não queria ter uma filha que o envergonhasse, a minha mãe meio que ficou com ódio por ele ter largado ela por minha causa, e me colocou em um orfanato, ela não quis cuidar de mim, uma vez ela me disse que sentia raiva de olhar para o meu rosto e saber que eu fiz o homem dela ir. - vanessa murmurou e algumas lágrimas caíram do seu rosto, me deixando completamente sem reação.
eu não sou boa em conselhos, eu nunca fui. não sei lidar com pessoas chorando ao meu lado, não sei o que fazer para ajudá-las.
- não sei o que dizer... sinto muito mesmo. saiba que além de praticamente um gnomo, você é legal. - murmurei e ela riu baixinho, secando as lágrimas.
- me desculpe, isso foi ridículo. - riu envergonhada.
- não foi não. está tudo bem, as vezes é bom pôr tudo isso para fora. - consolei-a.
- então, conte-me mais sobre você.
- eu... eu não tenho o que dizer, vanessa. - murmurei meio grossa, me virando para a porta e ela assentiu. - sinto falta dos meus pais... - falei baixinho, em quase um sussurro.
- eu entendo você...
- eu só queria eles aqui. nós éramos tão felizes que nem poderíamos medir essa felicidade... eles me davam amor, carinho, toda atenção do mundo, agora eu não os tenho mais... - não conseguindo mais segurar as lágrimas que estavam prestes a vir, me joguei nos braços de vanessa, sem pensar direito.
- tudo bem... você tem a lili e a camila... e posso ser sua amiga, se parar de ser chata. - riu baixinho e eu ri também.
- isso é tão estúpido. - me afastei dela, ainda rindo.
- o quê?
- nós du... - antes que pudesse formular qualquer frase, camila e lili adentraram.
- ai, meu Deus. vocês estão se pegando!! - camila gritou e eu revirei os olhos.
- é claro que não, camila. nós estávamos apenas conversando. - falei.
- quem sabe nós possamos ser amigas? - vanessa sugeriu.
- eu acharia uma ótima, é bom vocês se darem bem, finalmente. - lili murmurou.
- eu me dar bem com esse gnomo aqui? não exagera. - brinquei.
- e eu falar com essa chata? você já quer demais. - vanessa revidou.
- vocês ouviram algo também? acho que deve ser um bebê ali. - apontei para ela e camila riu alto. - ah, não. é só a vanessa que é pequena demais.
- eu ainda vou rir muito com vocês, certeza.
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se adaptar pode não ser tão fácil assim - madnessa.
Fanfic[concluída]. Madelaine Petsch morava nos Estados Unidos, porém ela perdeu os seus pais em um recente acidente de carro e infelizmente, não tem parentes por perto. Madelaine ainda tem dezessete anos e não poderá viver sozinha, portanto, seu atual lar...