capítulo 9 - deixa eu fazer algo por você.

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Madelaine Petsch pov.

- ele chegou. - apontei para cima, quando ouvimos a campainha ser tocada. - vou lá, benzinho.

- estou tão cansada. - vanessa bocejou e eu a olhei desconfiada.

- hum. - me levantei.

- vai lá, benzinho. - vanessa disse em um tom irônico.

caminhei até a sala e quando abri a porta, vi travis parado com um sorriso enorme no rosto.

- entra. - dei espaço e o mesmo adentrou.

- você mora aqui? é bem bonito. - olhou ao redor.

- é... para ser sincera, a casa não é minha. é de uma amiga, eu morava nos Estados Unidos, mas meus pais faleceram tem pouco tempo e eu vim parar aqui... - murmurei, um pouco cabisbaixa.

- sinto muito. - ele segurou firme a minha mão e eu sorri fraco.

- tudo bem.

- olha só, vejo que você é o amigo da Madelaine. - Vanessa desceu as escadas e eu suspirei pesado.

essa garota é uma peste.

- oi, sou sim. me chamo Travis Mills. - estendeu a mão para vanessa.

- prazer, travis. você é um cara gentil. uma pena que está no lugar errado, na hora errada e com a pessoa errada. - ela murmurou a última parte e eu a olhei com a sobrancelha arqueada.

- eu... não entendi. - travis engoliu em seco.

- dá licença, tenho que falar um negócio aqui com ela. - sorri sincera para ele e ele assentiu. - vanessa, o que raios você pensa que está fazendo? - perguntei, depois que nos afastamos de travis.

- dando as boas vindas ao seu futuro namorado, Mads. - respondeu simples.

- ele não vai ser o meu namorado, vanessa. não agora. - coloquei as mãos na cintura.

- veremos. é realmente bom que não seja.

- ah, e por que não?

- por nada, ué. só não quero você se pegando com um garoto aqui na nossa frente, isso é muita falta de respeito, sabia disso?

- eu sei o que se passa na sua cabeça, benzinho. não se preocupe. - deixei um beijo no canto da sua boca e a senti se arrepiar, o que me fez rir antes de sair.

- ah, oi. - travis disse animado, depois que eu voltei.

- oi. - me sentei ao seu lado.

- oi também. - vanessa voltou e eu revirei os olhos.

- você também mora aqui? - travis perguntou para vanessa.

- moro. sou prima da namorada da dona da casa.

- namorada? - perguntei, meio assustada.

- elas estão quase assumindo. mas voltando ao assunto que interessa. o que te trouxe aqui, travis?

- eu vim ver a madelaine e conhecer mais sobre ela. nos conhecemos na festa ontem e... - vanessa não o deixou terminar a falar.

- então, era você que estava beijando ela ontem?

- sim...

- você praticamente a comeu. - não se contendo com as merdas que estava falando, soltou essa.

- vanessa, meu amor... você não quer pegar uma água para mim, não? - fingi um sorriso.

- claro, benzinho. vou lá. - deu um beijo na minha bochecha e eu a olhei incrédula. - aceita algo para beber também, travis?

- an... um suco está ótimo. - levantou as mãos.

- ok, trarei. - saiu e eu suspirei aliviada.

- vocês...? - travis murmurou e eu o interrompi rapidamente.

- não. ela é assim mesmo. pelo menos é o que eu acho. não convivo aqui por muito tempo.

- ela é bem engraçada. - ele riu baixinho.

- não, ela não é.

- voltei. aqui está. - entregou um copo para travis e ele sorriu.

- obrigado.

- disponha. - se sentou ao meu lado.

- tudo bem? você não está com uma cara muito boa. - coloquei a mão no ombro dele.

- parece estar meio salgado. - riu sem graça e eu olhei incrédula para vanessa.

- ops, eu devo ter confundido o sal com o açúcar. sabe como é, né? a madelaine é meio desastrada e confunde os potes, se eu fosse você eu pensaria antes de namorar ela. ela as vezes não bate bem da cabeça, sempre fica chorando pelos cantos e quando a tpm dela ataca, não tem para ninguém. - vanessa falou séria e eu abri a boca várias vezes, mas nada saiu.

- uh... eu preciso ir. - travis pegou o seu celular.

- desculpa por isso. poderíamos marcar outra coisa, sem ser aqui. - murmurei, quando o acompanhei até a porta.

- tudo bem. podemos ver depois. - sorriu fraco e eu fechei a porta.

- agora você é uma mulher morta, vanessa morgan!! - gritei.

- não, benzinho. você tem que dizer da maneira correta, esqueceu? - cruzou os braços.

- ah, é verdade. deixe-me tentar mais uma vez. - falei e ela assentiu. - agora você é uma mulher completamente morta, Vanessa Fucking Morgan!! - gritei e ela saiu correndo.

- já chega, estou começando a ficar cansada de correr. - ela murmurou, tentando correr mais rápido, embora não conseguisse.

- então, se renda. - murmurei, ainda correndo atrás da mesma.

- tá bom, tá bom. eu me rendo. - se jogou no chão e eu me joguei ao seu lado, exausta. - ué, o que pretendia fazer comigo?

- te matar. mas agora estou muito cansada, deixe-me recuperar o ar. - respirei fundo e sem que eu percebesse, vanessa já estava em cima de mim.

- deixa eu fazer algo por você. - de surpresa, ela me beijou, prendendo seus braços nos meus, para que não houvessem chances de sair.

- não negociamos certamente. ainda vou matar você.

se adaptar pode não ser tão fácil assim - madnessa.Onde histórias criam vida. Descubra agora