Madelaine Petsch pov.
- não podemos. - me afastei dela.
- por que não?
- só não podemos, vanessa. - respondi, séria.
ela apenas assentiu, ainda meio cabisbaixa, e eu voltei a dirigir. continuamos caladas, eu ainda estou sem acreditar no que acabou de acontecer, não que eu esperasse por isso, que aliás, foi bem inesperado.
não demoramos a chegar. vanessa saiu rapidamente do carro, sem nem me olhar e eu fiz o mesmo, mas quando adentramos as meninas não estavam lá.
afinal, onde infernos elas estão?
- com sono? - tentei puxar algum assunto.
- não. mas irei para o quarto.
como a minha querida mãe costumava dizer, "uau, curta e grossa".
- foda-se. - joguei minha bolsa no sofá e sem aviso prévio, agarrei seus lábios, deixando-a sem saída alguma.
- achei que não quisesse, Madelaine. - nos separamos por falta de ar e ela murmurou.
- calada você é a obra de arte mais perfeita de todo o mundo. - sem esperar por suas respostas estúpidas, voltei a beijá-la e ela graças ao bom Deus, cedeu.
se nós estivéssemos com força o suficiente naquele momento para subir as escadas, nós iríamos subir, mas na situação tão deplorável que estamos, nem ligamos para isso.
empurrei-a no sofá e ela começou a se desfazer da sua jaqueta em tempo recorde, ainda sem separar os nossos lábios.
eu realmente não sabia que ela precisava tanto disso, e também estou descobrindo, que eu também precisava tanto quanto ela.
eu já estava quase tirando a sua calça, mas...
- ai, meu Deus!! desculpa. que merda! - lili ligou a luz, mas quando nos viu, tapou rapidamente os olhos.
- eu sabia!! vocês estavam se pegando esse tempo todo, suas pervertidas. - camila gritou e eu saí rapidamente de cima de vanessa.
- estamos bêbada, Camila. dá um desconto. - bufei.
- não queríamos atrapalhar a... - lili tentou dizer, mas camila a interrompeu.
- a transa de vocês. é isso, não queríamos atrapalhar a transa de vocês. desculpa novamente, meus benzinhos. estamos saindo. - puxou lili pelo braço.
- não precisa. já atrapalhou, não tem mais clima mesmo. - dei de ombros e vanessa me olhou com um pouco de deboche. - se é.
- eu não vou ter nem o desprezo de responder isso. e quanto a vocês duas. - apontou para camila e lili. - eu sei que vocês também ficam.
- nem vem, vanessa. se eu tivesse a sorte de ficar com ela, você seria a primeira a saber. - camila respondeu.
- pelo menos deixou claro que quer. - comentei.
- afinal, não é segredo para ninguém, não é? - camila disse.
- poderíamos resolver isso. - lili coçou a nuca. - acho que é meio nítido que é recíproco.
- valeu, gente. mas eu vou curtir o meu momento agora. - camila puxou lili pelo braço.
- onde paramos? - passei a beijar o pescoço de vanessa e ela se afastou, rindo baixinho.
- dormir, agora. - apontou para o quarto e eu bufei.
- você vai ver só, eu sou difícil, ok? para me conseguir novamente não vai ser fácil.
- veremos, darle. - soltou um beijo no ar e logo depois subiu as escadas.
tirei a minha atenção de vanessa e peguei a minha bolsa e jaqueta, mas parei imediatamente quando ouvi um barulho de queda alta, me virei para a escada e vi vanessa caída no meio dela, com alguns enormes livros na mão.
- não teve graça, Petsch!! - vanessa disse irritada e com um pouco de vergonha, quando me ouviu rir. - eu só vim te mostrar uns livros.
- pagou com a língua. não me quis agora e o destino te pegou desprevenida, não acha, darle? - imitei a sua voz, subindo as escadas e a deixando sozinha.
- está com raiva? - ela veio atrás de mim.
- não, meu anjo. só que é engraçado ver você caindo, eu sabia que esse dia iria chegar. além do mais, você é tão pequena que os livros atrapalharam sua visão. - ri novamente. - mas olha só, Morgan. que vergonha. apenas quatro livros pequenos.
- pega eles para você sentir o peso. - colocou as duas mãos na cintura.
- eu pego até você no colo, se for permitido. - revidei.
- eu duvido muito. - piscou os olhos lentamente e arqueou as sobrancelhas.
- por algum acaso do universo, isso foi um desafio?
- sim, e saiba que Vanessa fucking Morgan nunca perde um.
- what cunt is this? - perguntei e me segurei para não rir da cara de desentendida que ela fez.
- eu não sei se você sabe, mas eu nunca fui para os estados unidos, então, não faço faço ideia do que tenha dito.
- do you want to go there with me, vanessa? - fiz outra pergunta, mas ela continuou sem entender.
- oh, Madelaine. você quer falar o português claro comigo?
- i'm not in the mood for this baby - apontei para a mesma.
- o que está acontecendo? - camila apareceu e eu pisquei para elas.
- a madelaine que deu a louca e não quer mais falar o português comigo. sério, só vocês entendem isso. traduz para mim o que ela está falando.
- translate what, exactly? - dessa vez, camila brincou.
- por favor, você também não. - bufou. - lili, me ajuda, vai. você sempre foi tão boazinha. - se aproximou de lili.
- being a little mean for a few minutes isn't that bad, huh? - lili entrou na brincadeira.
- try with us. - falei.
- ok? - vanessa tentou dizer e eu não contive o riso que estava preso em minha garganta.
- yeah!! that, very good. - lili murmurou.
- vocês ainda vão me deixar maluca. - levantou as mãos e saiu rapidamente da sala, fazendo com que nós três caíssemos na risada.
- eu senti pena dela. - lili disse.
- a questão é que você é boa demais, até para fazer brincadeiras bestas.
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se adaptar pode não ser tão fácil assim - madnessa.
Fanfic[concluída]. Madelaine Petsch morava nos Estados Unidos, porém ela perdeu os seus pais em um recente acidente de carro e infelizmente, não tem parentes por perto. Madelaine ainda tem dezessete anos e não poderá viver sozinha, portanto, seu atual lar...