Capítulo 9 - Serviços de motorista.

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Normani Cabello's point of view. 

Meu pessoal já estava reunido após um telefonema meu, horas depois de Camila sair com o carro. Era a noite que essas pragas circulavam pelas ruas. 
E essa seria a última deles. 

- Tem certeza sobre isso? – Doja, que estava ao meu lado dirigindo o carro perguntou enquanto adentravámos o ernorme jardim com luzes vermelhas da luxuosa mansão. – Não gosto desse cara. Não gosto nem de respirar o mesmo ar que esse vato. 

- Ele é nossa única chance – disse, analisando as normalidades do exterior da casa enquanto engatilhava minha arma. 

- Nem sabemos onde G-Eazy está – Doja tratou de me lembrar, contornando o chafariz atrás do segundo opala que fazia o mesmo. Estávamos prontos para encontrar o que seja lá dentro. 

- Gio transformou G-Eazy, ele saberá onde esse cara está. – O carro encerrou os movimentos em frente a mansão, e assim que minha companheira cemeçou a sair, tratei de segurar seu braço. –Eu o quero vivo. 

Ela assentiu firme, e nós saltamos do opala em seguida. Meu pessoal já rondava a entrada, ambos com armas de defesa em mãos, sendo elas letais ou não. Estávamos invadindo propriedade daqueles sangue-sugas, afinal. 
Subi a escadaria, na companhia deles, e assim que alcançamos a porta principal, já fora possível ver um mar de sangue no saguão, provavelmente dos convidados do baile de mascaras que estava acontecendo a essa noite no local. Ele passou por aqui

- O que aconteceu aqui? – Doja fez quase que uma pergunta retórica, observando os corpos jogados encima de poças de sangue, como todos nós fazíamos. Céus...

Havia um rastro em especifico no chão que me chamou a atenção, tal qual levava exatamente para a varanda lá fora, como se algum corpo rasgado tivesse sido arrastado até lá. E ali, sentado em uma de suas poltronas chiques, estava a silhueta do homem em que estávamos procurando. Ele estava de costas, observando algo lá fora, mas foi possível reconhecê-lo apenas pela música que tocava de fundo. 

- Vasculhem a casa – ordenei para meu pessoal, sem tirar o olhar do velho. – Dividam-se, três em três. 

Eles assentiram, e montando planos entre si, começaram a se esvaírem, até restar apenas eu e Doja. Fiz um sinal para começarmos a irmos de encontro a Gio, e quando começamos a nos aproximar, vendo que tinham corpos até mesmo na piscina lá embaixo, rapidamente retirei minha faca de prata pura do suporte na minha cintura, a segurando na canhota, já que a arma de fogo estava na direita. 

- Não se mexa – disse no exato momento em que alcançamos o cara, que, surpreso, revelou as mãos, demonstrando que não tinha nada com ele. – Caso contrario, enfio essa faca no seu coração. Não acho que queira isso, não é, Gio? 

O homem resmungou algo, com seu rosto agora completamente pálido. As veias escuras marcavam linhas retas em diversas partes do seu corpo, e a forma que estava sentado, com a roupa coberta de sangue deixava claro que não conseguia se levantar. Estava precisando de sangue.

- Tem razão – sua voz grossa soou, com aquele tom sarcástico de sempre. – Eu não quero. 

- O que merda aconteceu com você? – Doja perguntou, apontando a arma para a roupa ensanguentada do homem. 

- Oh, não olhem pra mim, eu estou horrível. – Pediu, gesticulando para seu estado. – Sabe do que eu preciso? – seu olhar veio até mim. – De um pouco de sangue. Pode me dar, Normani? 

- Primeiro, diga onde G-Eazy está hoje. 

- Aquela cobra! – Ele bradou. – Ele vem atrás de todos nós. Todos os chefes. Todos os territórios. Ele está fazendo a limpa. 

As Passageiras - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora