Conselhos ditos, não seguidos .

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Pensamento de Xichen:

"E cá estou eu, oferecendo conselhos que eu mesmo nunca consegui seguir. Tornei-me um hipócrita, escondido atrás das palavras, tentando esquecer as cicatrizes que carrego. Eu já amei e fui amado... mas o amor não durou o suficiente para me dar paz."

Havia uma dor persistente em seu peito, um vazio que nunca parecia se preencher, não importava o quanto ele tentasse. Zanjin... A lembrança desse nome ecoava em sua mente como uma música melancólica. Ele não queria sentir, mas sentia. Zanjin era aquele que o fazia sorrir quando o mundo parecia desabar. Zanjin era aquele que oferecia um abraço silencioso, capaz de suportar suas tempestades internas. Mas ele se foi, e com ele, parte de Xichen se foi também.

"Dez anos... uma década inteira... E ainda sinto o vazio como se fosse o primeiro dia."

A dor parecia se agravar com o passar dos anos, como se cada ano sem Zanjin fosse uma nova camada de luto sobre o seu coração já frágil. Amigos lhe diziam para seguir em frente, para viver o presente, mas o passado não era algo que ele pudesse simplesmente deixar para trás. Não quando o amor era tão profundo e a perda tão devastadora.

 Não quando o amor era tão profundo e a perda tão devastadora

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•• Novo personagem ••

•Zanjin, era o noivo de Xichen.
•Idade : 22 anos
•Altura : 1,77

"Perdi alguém que era tudo para mim. Como esquecer? Como seguir em frente sem deixar uma parte de mim nesse luto?"

Ele lembrava do dia do acidente. A aliança de noivado que Zanjin usava foi a única coisa encontrada. Era como se o universo tivesse tirado tudo dele, deixando apenas uma lembrança cruel, um símbolo de uma promessa que jamais poderia ser cumprida. Desde então, noites sem dormir, desperto pelo eco do passado. Amar era forte e complexo, algo que ele não conseguia simplesmente forçar para esquecer. E, por mais que sentisse atração por Jiang Cheng, ele não queria usá-lo para preencher um vazio que ninguém além de Zanjin poderia ocupar.

"Ainda não estou pronto para seguir em frente, e não quero arriscar o coração de Jiang Cheng nesse fogo cruzado de sentimentos confusos."

A vida, ele sabia, era passageira, mas ele preferia esperar. Porque aprender a ter paciência e força para enfrentar esses momentos difíceis era o mínimo que ele podia fazer por si mesmo – e pelo que restava de seu amor por Zanjin.

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Perdido em pensamentos, Xichen nem percebeu o trajeto de volta para casa. Ele dirigia como se no automático, e ao chegar, estacionou o carro na garagem, subiu e entrou no apartamento com passos pesados.   Só queria um momento de paz, talvez um pouco de ramen para tentar esquecer o mundo, mas então uma batida suave na porta interrompeu seus planos.

Quando abriu, lá estava Jiang Cheng, com os cabelos um pouco bagunçados e uma expressão que misturava incerteza e determinação.

Quando abriu, lá estava Jiang Cheng, com os cabelos um pouco bagunçados e uma expressão que misturava incerteza e determinação

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— Oi... — disse Jiang Cheng, com um leve tom de hesitação na voz, como se não soubesse ao certo se era bem-vindo.

Xichen estreitou os olhos, um misto de surpresa e irritação.

— O que está fazendo aqui, Jiang Cheng? — Perguntou, com um tom mais áspero do que pretendia.

— Eu... eu precisava vir conversar com você. Não sei por quê, mas senti que devia estar aqui — respondeu Jiang Cheng, a voz baixa, carregada de uma sinceridade palpável.

— Como soube onde eu moro? — Xichen questionou, intrigado.

— Perguntei ao seu tio... Olha, eu só...

Mas Xichen o interrompeu, sem paciência para justificativas.

— Vai embora, Jiang Cheng. Eu não quero vê-lo.

O olhar de Jiang Cheng se endureceu, mas ainda assim ele tentou uma última vez.

— Eu fiquei preocupado com você, Xichen. Você mudou tão de repente... aconteceu algo que você não quer me contar?

A paciência de Jiang Cheng estava no limite, e ele segurava as palavras com força, tentando não explodir, mas o tom de Xichen era cortante demais.

— Eu não preciso da sua preocupação! Vá embora! — Xichen gritou, a voz rouca de mágoa e cansaço.

Era demais para Jiang Cheng suportar. Ele sentiu a raiva se avolumar como uma onda prestes a romper a barragem.

— Vai se ferrar então! Nunca mais me preocuparei com você! Achei que algo realmente grave tivesse acontecido, mas pelo visto, você só quer que eu me afaste. Pois que se dane! — A voz dele ecoou tão alto que alguns vizinhos saíram de suas portas para ver o que acontecia.

Xichen ficou paralisado, mas ao ver Jiang Cheng se afastando com passos rápidos e decididos, sentiu a culpa crescer dentro de si, junto com a angústia.

— Jiang Cheng, espera! — Ele gritou, saindo de seu transe e correndo atrás do outro, que já estava atravessando a rua.

Jiang Cheng virou-se, os olhos faiscando de fúria.

— Que droga, me deixa em paz! Você me trata como um nada, mas aqui estou eu, preocupando-me com você! Achei que... achei que significasse algo para você, mas pelo visto, estava enganado!

Xichen tentou se explicar, o desespero evidente em sua voz:

— Cheng, por favor, espera... Eu estava em um momento ruim. Só queria ficar sozinho para...

— Ah, é mesmo? Que conveniente. Sabe de uma coisa, Xichen? Não vou mais me preocupar. Não sou idiota para ficar aqui tentando ajudar alguém que não quer ser ajudado!

Antes que Xichen pudesse dizer algo, o tapa veio. A dor era real, e o impacto o trouxe de volta ao presente com uma clareza dolorosa.

Jiang Cheng virou as costas, e com uma última olhada amarga, entrou em um táxi, deixando Xichen sozinho no meio da calçada, o rosto ardendo tanto quanto seu coração.

Enquanto o carro se afastava, Xichen sentiu uma tristeza profunda e um remorso que parecia gritar dentro dele. Era como se, mais uma vez, ele estivesse destinado a afastar todos aqueles que tentavam se aproximar.

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Olá meus amores 💖
Espero que tenham gostado!!

O filho do Patrão Onde histórias criam vida. Descubra agora