3- Entre quatro paredes.

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Não me importava o local: em um motel, em uma casa de campo, uma casa tradicional, em um shopping movimentado, em uma sala de cinema... todo lugar poderia ser bem aproveitado, se feito da maneira correta. Mas agora, estando cada vez mais próxima ao motel de luxo que escolhi para levar Paola, creio que foi uma boa escolha. Não sei que tipo de mulher ela é, no sentindo sexual. Se a levasse para minha casa, ela poderia estranhar toda uma decoração tão rústica, e objetos tão "sexuais" decorando boa parte dos ambientes.

Ao estacionar em frente ao motel, inclino-me sobre Paola, abrindo a porta para ela, saltando do veículo logo em seguida; dando a volta no mesmo, pouso gentilmente minha mão na base da coluna desta linda mulher que me acompanha, guiando-a para a entrada do local.

O lugar, de fato, soava interessante: havia sofás na recepção, uma mesinha contendo catálogos do que se podia encontrar nos quartos e um pote de balinhas no balcão, de onde retiro, na cara-dura duas balas de melancia.

-Boa noite, senhoritas! -Sauda o recepcionista -Em que posso ajudá-las?

-Hospedagem no melhor quarto, por favor. -Digo naturalmente, desembrulhando a bala, colocando-a de uma vez na boca. -Para duas pessoas -Pontuo

-Um horário estimado, senhorita?

-Passaremos a noite toda, tem como dar uma agilizada no processo, rapaizinho? -Pergunto-lhe, colocando acima do balcão, meu documento e meu cartão de crédito. Ele assente, pegando a documentação. Em segundos pedindo minha senha, a qual digito na pequena máquina -Trabalho eficiente, rapaz. -Elogio, retirando de minha bolsa algumas notas -Tome, uma gorjeta.

-Não precisa, senho...

-...apenas aceite, não seja bobo!

Mesmo relutante, querendo devolver-me as notas, as empurro toda vez que me são devolvidas, fazendo assim, o jovem acabar cedendo.

-Obrigado -Ele agradeçe envergonhado -Quarto 202. Aqui está seu cartão e documentos, senhorita. Tenham uma ótima noite.

-Teremos, rapaz! -Aceno com um movimento de cabeça.

Sem delongas, torno a guiar Paola, desta vez até o elevador que, já estava de portas abertas para meu alívio. Ao adentrar, aperto para ir ao terceiro andar.

-Bem bondosa com o jovem, não é mesmo? -Pontua Paola, olhando-se no espelho que há dentro da caixa metálica.

-Ele é apenas um jovem, fazendo um bom trabalho. Duvido que negaria uma gorjeta se estivesse ali, no lugar dele.

-Eu seria tola? -Pergunta retoricamente, virando-se para mim, com um sorrisinho nos lábios -Claro que eu aceitaria.

-Então pronto. Mas... -Olho para o painel que marca a chegada de nosso andar -Não estamos aqui para falar do rapaz e sua gorjeta.

-Tem razão.

Assim que saímos do elevador, rapidamente acho a porta do quarto, passando de forma ágil o cartão, que vai de vermelho à verde instantaneamente.

Não esperei uma permissão, uma fala, um gesto. Uma vez que estávamos as duas dentro do quarto, incrivelmete grande, jogo minha bolsa no chão, empurrando a porta com um dos pés, prensando o corpo de Paola ali, encurralando-a. Meus olhos correndo de suas orbes azuladas à sua boca que, era umedecida propositalmente, deixava ela acessa, eu conseguia sentir. Uma de minhas mãos que apertavam sua cintura fortemente, subiu lentamente até encaixar-se em seu pescoço, onde fiz uma leve pressão, ouvindo-a resfolegar com um sorriso malicioso em seus lábios.

-Gosta disto, não é? -Pergunto com meus lábios a pouquíssimos centímetros dos dela, sua respiração entrecortada impedindo que as palavras saltassem para fora. Ah, como era adorável e excitante tê-la assim -Depravada, imaginei que pudesse ser safada... -Solto-lhe o pescoço, levando a mão que antes o pressionava, para dentro de sua calça, massageando seu clitóris por cima da roupa íntima - Muito melhor do que pensei, pelo visto.

O despertar de uma dominadora[BDSM]Onde histórias criam vida. Descubra agora