7- Divertimentos

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Seu cheiro invadiu-me, tocou-me mais profundamente do que, muitas outras antes; ela dispertou meus sentidos quando entregou tua presença. Tocou-me completamente sem, ao menos, apalpar minha epiderme. O hálito quente soprou rente ao meu rosto, arrepiando-me de imediato. E, com meus olhos fechados, permitia-me sentir.

Os dedos um tanto gélidos, deslizavam suavemente por meus ombros, fazendo-me eleva-los um pouco, numa busca por mais contato. Maneio minha cabeça para o lado, com a mão direita, enlaço a nuca da pessoa que me desnorteia. A luz baixa me impede de vê-la com clareza. Mas, tenho uma certeza: não é alguém que estava comigo à mesa.

O toque de Paola é quente, porém, comedido. O toque de Donatella é firme, quase sempre em minhas costas. O mais tímido de todos, era o toque da doce, não tão inocente, Diana.

Esse, em específico, faz com que minha mandíbula se enrigesa; meu baixo ventre se contorça numa sensação deliciosa.
A música lenta que toca no ambiente, me incita à começar uma dança junto ao corpo desconhecido por mim.

Com suavidade, deixei-me deslizar sensualmente por seu corpo, sentindo-o de forma intensa. Não era robusto -o que pouco me importava, em minha concepção, todos os corpos são lindos e deliciosos a sua maneira- mas, possuía curvas, bem delineadas que, com uma das mãos foram ousadamente apertadas por mim. Foi então, que ouvi, próximo ao meu ouvido, seu resfolegar.

"Porra!" Minha mente exclama. "Preciso olha-la nos olhos, tocá-la livremente após o conseso"

Sedenta, movida por uma vontade insana de saber quem ousara tocar-me de uma forma tão inesperada e boa, viro-me de uma vez, derramando meus olhos nos seus.

-Como pode, uma pessoa aparentemente pura e meiga, ter toques assim? -Questino ao reconhece-la. Suas bochechas coram, um sorriso tímido surge em seus lábios, então a confissão:

-Não consegui evitar, impossível admirar-te sem desejar...

-Como me encontrou aqui? -Indago, puxando seu corpo para mim, fincando minhas mãos ao redor de sua cintura, tendo suas mãos envolvendo-me a nuca.

-Coincidência -Sorriu, um sorriso diferente do qual tive o privilégio de admirar. Era um sorriso ladino, traspassando sugestões silenciosas. Não passou despercebido por mim.

-Gosto de como sorri -Amenizei meu tom de voz, falando rente ao seu ouvido. Um suspiro. Um ponto sensível. -É lindo.

-Pescoço é meu ponto fraco -Soltou quase que, em um sussuro. Não pude conter o sorriso sacana que surgiu no canto de meus lábios; ela quem estava rendida ao toque agora.

Com essa nova informação sendo compartilhada, agarro-lhe ainda com mais força, depositando, descaradamente, uma mordida em seu ponto fraco.

-Ah! -A jovem deixa um gemido baixo soar, pressionando minha nuca com mais força, como se isso pudesse de alguma forma, aliviar a tensão crescente. Movida por suas reações, encaixei uma de minhas pernas entre as suas, afastando-as um pouco. O suficiente para dar espaço ao meu joelho que, começava uma estimulação lenta por cima de sua roupa íntima. -Podemos ser vistas, sabia?

-Isso te incomoda? Posso parar se quiser. - Digo, pronta para descer minha perna. Mas, em um ato rápido, ela força um contato maior. Ela não tem medo. Não tem vergonha na cara, é tão sacana quanto eu. -Mocinha, mocinha... O que queres, hum?

-Quero você -Respondeu de imediato, fitando-me profundamente. Lhe sorri, levando minha testa de encontro a sua, movendo meu joelho com mais afinco.

-Me quer? Como?

-De todas... as... formas possíveis, se é que me entende.

-Bom saber -Mordo-lhe o lábio inferior, mas logo me afasto, para seu desgosto -Aceita sentar-se comigo e alguns colegas? Está cedo, temos a noite inteira.

O despertar de uma dominadora[BDSM]Onde histórias criam vida. Descubra agora