4 - Insaciável?

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Entre tapas estalados, murmúrios entrecortados, deixei-me validar que, sexo é sobre perder o pudor, não perder o respeito. Sobre perder a timidez, não perder o cuidado.

Com a ponta dos dedos após judiar-lhe a pele agora avermelhada, vou roçando-os desde sua nuca até retornar às nádegas; sinto a pele arrepiar sob os toques, ouço o suspirar vindo dela. O arquear de sua coluna, o manear de sua cabeça para trás, mostram-me que devo continuar. Aperto-lhe a carne macia, devoro-a com o mais penetrante olhar, um olhar de devoção; ela geme mediante ao pressionar ardente, geme meu nome, mas não pede de forma alguma, para eu parar.

Atendo seu pedido implícito, solto-lhe os fios que enroscavam-se em minha mão, escorrego sutilmente, esses dedos por sua quentura, sentindo em êxtase, sua umidade pura. Como que, em desespero, suas pernas se afastam, fazendo-me sorrir. Penetro-a, sentindo os músculos de sua buceta se comprimirem em volta de meus dedos. "Ainda tão apertada" penso, movendo-os devagar, afinal de contas, a pressa é inimiga da felação.

Quanto mais fundo vou, quanto mais intensidade lhe dou em meu toque, mais ela me acolhe; a umidade escorre livre, fazendo seu caminho para fora. Mostra que ela está pronta, desde o início; apenas esperando por um toque mais firme, um toque sem-vergonha, um toque prazeroso.

L-Lívia... por favor... -Paola geme, um gemido tão gostoso, daqueles que acende qualquer pessoa; não apenas pelo que salta boca à fora, mas como salta. Um pedido, em meio a respirações ofegantes, enquanto seu corpo sobe e desce de forma desordenada, ela se encontra imersa no aqui e agora, nessa atmosfera que tende a nos engolir em uma explosão catastrófica de tesão.

-Se não pedir, não tem como eu lhe dar -Digo em um tom brando, movendo meus dedos de forma mais assertiva, no ponto rugoso -Peça, sem receio.

-Quero... que vá mais rápido... e... mais forte

-Como desejar -Deixo um sorriso malicioso surgir em meus lábios, enquanto estoco da maneira que ela quer.

Controle também é sobre isso: atender ao desejo do corpo que se entrega; sentir sua vibração na ponta dos dedos quentes, sentir o líquido banhar com suavidade, todos os caminhos percorridos. Não há controle sem uma parceria, sem a parte em que, se atende a necessidade do outro. Antes de devorar a carne, mandar para longe qualquer resquício de "ingenuidade", se conhece o corpo; se toca de forma quase delicada na quentura da mulher devassa. Não é um jogo, não é uma disputa. É apenas, e sobretudo, sexo. Em sua forma mais crua.

Meto com mais força desta vez, fazendo-a gritar, não de dor; de prazer. No ambiente, os sons molhados bailavam no ar, ecoando deliciosamente, sinto a "água corrente", em minhas mãos tudo treme. Os espasmos da matéria febril que se faz Paola, não acometem somente a ela, me arrebatam e me aquecem. Trepando com essa mulher, me vejo em eterno deleite, com a excitação crescente por entre minhas pernas. Com olhos recaindo na pele avermelhada enquanto a fodo, tento conter, mas meus caninos imploram por um morder; me sinto quase que, uma predadora encarando sua presa, então a mordo, ela grita e logo após geme, deixo assim, uma marca evidente. Então, sinto seu gozo, que vem de repente. Não precisei de um toque, seu prazer, era o meu também, senti escorrer de mim, àquele líquido quente.

Enquanto nossos corpos se chocam, tremulando no mais profundo erostismo de uma transa, mantenho meus dedos dentro de Paola, movendo-os lentamente; retirando, quando quase tudo ao redor silencia, exceto pelos sons respiratórios. Ela desaba, e me lança um sorriso por sobre o ombro, vendo-me levar aos lábios, seu gosto.

-Está muito cansada? -Pergunto-lhe, alisando a base de sua coluna. Ela nega, um sorriso malífluo retorna ao canto de minha boca -Não quero parar. -Confesso

-Também posso ser insaciável, Lívia. Não quero parar agora -Ergueu-se, envolvendo de forma pesada, sua mão direita ao redor de meu pescoço, apertando-o. -Que tal pularmos essa fase de gozo espontâneo, hum?

O despertar de uma dominadora[BDSM]Onde histórias criam vida. Descubra agora