- ᴛᴡᴏ

11.7K 1K 1.9K
                                        

Mikey estava ali. Bom, ele era do mesmo círculo de amigos que você, então ele aparecer ali não era como se fosse a coisa mais estranha do mundo. O que realmente foi estranho, foi a cena que você presenciou.

Ele estava com uma garota. 

Certo, Mikey era dono de sua própria vida e fazia o que lhe dava na telha, mas aparecer com outra garota após duas semanas do término entre vocês era sacanagem. Bom, você pensava isso pelo menos.

— Quem é a putinha? – Você perguntou para Baji.

Seu irmão como melhor amigo do Sano, provavelmente sabia da vida dele mais do que você e deveria saber quem era a garota que estava acompanhada com ele.

— A nova ficante do Mikey. Eu te falei que você não tinha que ficar sofrendo por ele para sempre. Olhe só, até ele já partiu para outra. – Baji deu de ombro.

Você apenas assentiu e foi até o balcão do bar onde você pegou o zip-lock com pó que Ran havia te dado e despejou um pouco sobre a superfície, pegou um cartão e separou a droga em seis fileirinhas. 

— Vai querer dividir comigo? – Mais uma vez você perguntou para Baji e o moreno aceitou de prontidão.

— Maninha, sabe que eu não recuso drogas e bebidas.

— Deveria começar a recusar, antes de acabar como eu.

Você era do tipo que gostava de fazer "piadas" com os seus problemas. E bem, fazer piada com seu problema de uso de drogas não passaria batido de seu humor quebrado. 

Você se abaixou e inalou o pózinho branco da primeira carreira, logo inalou as outras duas e quando se levantou, passou a mão levemente em seu nariz assim que sentiu uma leve ardência no mesmo. Keisuke fez o mesmo que você com a droga e logo te abraçou levando você para dançar com ele.

— Eu não vou dançar, Keisuke. – Você se afastou dele.

— Então pelo menos dá uma moral para aquele cara lá. – Keisuke apontou discretamente para o indivíduo – Ele está te secando desde que você chegou aqui.

— Aquele cara é o Peh-yan, seu amigo. Cara, o quanto você bebeu antes de eu chegar aqui? Seu estado está deplorável, Keisuke.

— Foda-se que é meu amigo. Você pegou metade dos membros da Toman, fora os da Valhalla e os da Bonten. Preciso dizer mais alguma coisa? – Keisuke te encarou convencido.

— Vou dar moral para o Ran. Bye bye.

Você andou em passos lentos devido a brisa das duas drogas que você havia ingerido e quando chegou onde os garotos estavam, passou os braços pelo pescoço de Ran e aproximou seu rosto do dele.

— Quer mais o que, [Nome]? – Ran perguntou.

— Se eu pedir para você me foder, você aceita? – Você perguntou normalmente.

— Em outra ocasião, eu aceitaria, sabe? – Ele repetiu a frase que você tinha dito mais cedo.

— Algo te impede de me beijar pelo menos? 

— Isso não. – Ran te puxou para mais perto.

Vocês finalmente iniciaram um beijo, era um beijo selvagem, suas línguas se entrelaçaram uma na outra. Você colocou uma mão nos cabelos arroxeados do mais velho enquanto a outra estava apoiada na nuca dele.

Ran pegou você no colo, passando firmemente as mãos pela sua bunda e a apertando, isso fez com que você deixasse uma leve mordida no lábio inferior do Haitani mais velho antes de se separar dele.

— Vocês estavam quase fodendo aqui na nossa frente, tenham a decência de irem para um carro pelo menos. – Rindou reclamou revirando os olhos.

— Que foi, Rin? Quer um beijo também, gatinho? – Você segurou o rosto dele fazendo o mesmo olhar fixamente nos seus olhos opacos.

— Você é gostosa, mas eu não estou com vontade de te comer agora. Volta outra hora, putinha. – Rindou sorriu provocativamente e retirou suas mãos do rosto dele.

— Putinha? Inove seus xingamentos, esses estão ficando ultrapassados, Rin. 

— Vaza daqui, [Nome]! Tá difícil de entender que não queremos você aqui? – Haruchiyo reclamou.

— Fale por você, Sanzu. Os garotos estão se divertindo com a minha companhia. Certo, garotos? 

— Parem de implicar um com o outro um pouco. – Ran disse.

— Irritante do caralho. – Sanzu mostrou o dedo do meio para você.

— Chupa meu pau, seu filho da puta. – Você fez o mesmo para ele.

— Vai foder com seu namoradinho lá, ele está te encarando desde que você veio pra nossa direção. Some, garota. – Ele apontou para ninguém mais e ninguém menos que Mikey.

— Eu vou lá, mas não porque você mandou, ouviu? 

Você acenou para os Haitani e mostrou o dedo do meio para Haruchiyo. Assim então foi em direção de Mikey, ele estava sozinho mesmo.

— Olha só quem está aqui. – Você disse encarando ele.

— Digo o mesmo. – Ele disse brevemente e deu um gole generoso na cerveja que estava nas mãos.

— Vi que arranjou uma nova putinha para você foder e descartar como sempre, como ela é? Chupa seu pau do jeito que você gosta? Se deixa ser manipulada também? – Você debochou dele.

— Que foi? Tá com ciúme? Por acaso está querendo voltar a chupar o meu pau, [Nome]?

— Essa coisa aí que nunca nem me fez gozar? Passo. 

Isso com certeza deixou Mikey bravo. O ego de um homem, basta você falar do tamanho do pau que o ego se parte em pedaços, o ego de um homem, a coisa mais frágil que existe.

— Quando eu te fodia, era você que gemia meu nome, certo? Ou eu estou errado? 

Bom, se não fosse por Keisuke aparecer se escorando em você obviamente passando mal, você e Mikey continuariam com o joguinho de provocações que vocês estavam fazendo.

— Me leva para casa. Deu para mim hoje, eu vou vomitar meus órgãos para fora. – Keisuke disse lentamente.

— Quer que eu te leve Baji? Estou de carro. Visto o seu estado, chuto que seja melhor. – Mikey ofereceu.

— Eu agradeceria. 

Você ajudou seu irmão entrar no carro e o deitou no banco traseiro do Porsche de Mikey, a garota que estava o acompanhando se sentou no banco do passageiro.

— Sabe onde fica o apartamento dele, certo? – Você perguntou.

— Sei. 

— Te encontro lá. – Você disse andando até sua moto.

Você montou na mesma e colocou o capacete preto na sua cabeça, logo dando partida na moto e acelerando até o apartamento que Keisuke morava, no bairro de Shinjuku. 


Notas da autora

Eita hein, voltei, quem amou? hein hein

𝐇𝐀𝐁𝐈𝐓𝐒, 𝐦𝐚𝐧𝐣𝐢𝐫𝐨 𝐬𝐚𝐧𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora