𝐇𝐀𝐁𝐈𝐓𝐒, 𝐦𝐚𝐧𝐣𝐢𝐫𝐨 𝐬𝐚𝐧𝐨

- Fᴏᴜʀ

— Bom dia belo adormecido, dormiu bem? – Você perguntou encarando seu irmão enquanto bebia uma xícara de café.

— Eu nunca mais vou beber na minha vida. 

— Uhum, foi o que você disse na última festa e olha só o seu estado. – Você deu risada.

Assim que você havia acordado, foi preparar algo para você e Keisuke comerem já que você sabia que ele não demoraria muito tempo para acordar. 

Depois que vocês tomaram o café, você pegou seu celular e ignorou todas as mensagens que tinha na barra de notificações e entrou no instagram rolando seu feed e curtindo algumas coisas aleatórias que apareciam para você. 

Uma coisa chamou sua atenção, era um post de ninguém menos que Hanma, um antigo colega seu anunciando uma corrida que iria ter entre as gangues de Tokyo. Era um post um tanto convidativo e nele havia os nomes das gangues que iriam participar, entre elas estavam: Black Dragons, Valhalla, Bonten, Brahman e Tokyo Manji. 

— Vocês vão participar de uma tal corrida? – Você perguntou para Keisuke.

— Hm? Sim, vai acontecer na semana que vem se eu não me engano. Não comentei com você sobre isso? – Ele perguntou.

— Não, não que eu lembre. Quem vai correr? 

— Da Black Dragons eu acho que vai ser o Kokonoi, da Valhalla é obviamente o Hanma, da Bonten eu não fui informado, da Toman ainda estamos decidindo e da Brahman é o Takeomi ou a Senju, não lembro direito. – Keisuke explicou.

— A Toman ainda não decidiu? Bom, aposto que vai ser o Draken, ele é o único que sabe dirigir bem naquela merda. – Você deu de ombros.

— Ei, e eu? – Keisuke te olhou indignado.

— O Draken continua sendo o melhor de lá, sinto muito em te dizer isso, Kei. – Você colocou sua mão em um dos ombros do seu irmão.

— Nem apoio da minha própria irmã eu ganho. Isso é deprimente. – Keisuke praguejou.

— A vida não é justa querido irmãozinho, entenda isso. Vou pra casa, já vi essa sua cara feia até demais.

— Vai logo coisa chata. – Keisuke mostrou o dedo do meio para você.

Você fez o mesmo e saiu do apartamento dele. Você subiu na sua moto e foi em direção ao lugar em que você trabalhava na cidade de Yokohama para ser exata. 

Ao adentrar o estabelecimento você viu a cara entediada de seu chefe e apenas deu um sorriso para ele já esperando para receber o sermão de não ter aparecido lá por duas semanas e esquecer que tinha um trabalho.

— Resolveu aparecer, princesa? – Izana perguntou te encarando.

— Acredita que sim? Sentiu saudades, chefinho? 

— Garota, eu só não te mando embora porque... 

— Porque você precisa de mim aqui já que eu sou uma ótima tatuadora e essas baboseiras aí, certo? Ótimo, peço desculpas por não aparecer, mas eu estava passando por problemas pessoais, me dê um desconto.

— Sim, vou descontar do seu salário no fim do mês. O que acha? – Izana sorriu cínico.

— Acho uma falta de consideração com a sua melhor tatuadora. – Você respondeu fingindo drama.

— Então você apareceu, [Nome]? – Kakucho disse carregando algumas caixas.

— Eai, Kaku. Izana está me dando bronca de novo, acredita? 

— Acredito e muito, você só sabe fazer merda. 

— Me sinto ofendida com isso. Mas bem, eu vim para trabalhar, então Izana, o que eu preciso fazer? – Você perguntou.

— Tatuar os clientes? – Ele disse óbvio – Tem dois na sala de espera, vai lá e some daqui vai. 

— Beijinhos, chefinho. – Você disse indo até a recepção do estúdio de tatuagem para chamar o cliente.

O que você não esperava era que a pessoa que você iria tatuar era ninguém mais e ninguém menos que…

— Manjiro. – Você disse simplista.

— Porra, achei que você tinha sido demitida. Vai me perseguir em todo lugar agora? 

— Quem me persegue é você! – Você apontou para ele – Entra logo, não tenho o dia todo.

Mikey revirou os olhos e entrou na sala junto com você.

— Se eu fosse o meu irmão, eu te mandaria embora. – Mikey reclamou.

— Ainda bem que não é, o Izana não é insuportável igual você. Você é o único dos Sano que é um pé no saco, já percebeu isso? 

— Cala a boca.

— Onde vai ser a tatuagem? – Você perguntou colocando luvas e uma máscara.

— Abdômen. – Mikey respondeu simplista.

— Tira a camisa e deita na maca. 

Assim que você mandou, ele o fez. O corpo de Mikey era definido visto as constantes brigas que ele se envolvia e o fato de lutar desde os 4 anos de idade. 

Era estranho ter que tatuar o abdômen do seu ex-namorado, era realmente estranho. 

— Está me secando porque, sua tarada? – Mikey disse te tirando dos seus desvaneios.

— Mikey, tudo que você tem aí eu já vi e realmente não me interesso. Só vou fazer essa porra de tatuagem para ganhar dinheiro, então para quieto porque eu já disse que não tenho o dia todo. 

Mikey iria tatuar um punhal no abdômen, você desejaria sorte para ele, já que iria doer muito. Aquela região era um lugar um tanto sensível para tatuar e o desenho que ele havia escolhido não era simples, mas sim detalhado e grande. 

— Vai doer para caralho, vê se não chora viu? – Você zombou dele enquanto colava o decalque no local desejado. 

— Cala a porra da boca e faz o seu maldito trabalho, [Nome].

— Se continuar me xingando, eu vou fazer o favor dessa tatuagem ser tão dolorosa que você nunca vai esquecer da dor no resto dessa sua vida medíocre. – Você o encarou.

Mikey apenas ficou em silêncio, mas você sabia que ele queria dizer muitas coisas para você. Apenas não diria por um motivo, medo.

— É o que eu pensei, vai ficar caladinho até eu terminar a tatuagem, certo, Manjiro? 

— Tsc. – Ele estalou a língua no céu da boca. – Você é irritante pra caralho, [Nome]. 

— Me diga algo que eu não sei.

Bom, você e Mikey teriam longas horas juntos naquela pequena sala e você faria o favor dele sofrer em cada linha que fosse traçada no corpo dele, isso você faria.