- Fɪᴠᴇ

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— Sua filha da puta! – Mikey te xingou – Você está deixando ser dolorido de propósito! 

— Cala a boca e para de reclamar. Sério que o invencível Mikey tem 19 anos e é frouxo para fazer uma tatuagem? Isso é patético, Sano. – Você zombou dele.

— Você é uma piranha e está fazendo isso de propósito. 

— Me xingar de piranha? Inove seus xingamentos, Mikey! Esses estão muito frouxos… que nem você. 

Desde que você começou a fazer a tatuagem nele, você estava tendo certeza que estava doendo horrores para o Sano abaixo de você. Era estranho, duas pessoas que já foram melhores amigos e namorados agora estão sempre brigando por aí e por qualquer coisa.

As coisas eram realmente estranhas.

— Sua peste! – Mikey se levantou para te dar um soco e você empurrou a cadeira que estava sentada para trás desviando do soco.

— Pare de ser infantil, a culpa não é minha que você é um frouxo e não aguenta a dorzinha de uma tatuagem. Volte para o maternal, Mikey. É por ali. – Você apontou para a creche que tinha do outro lado da rua.

— Você… é uma… maldita! 

— Aha, me diga algo que eu não sei, Sano. 

Você voltou a fazer a tatuagem de Mikey assim que o empurrou novamente para a maca e dessa vez tentou se controlar nas brincadeiras. Qualquer coisa errada que você fizesse custaria seu emprego, visto que Mikey é irmão de Izana, seu chefe.

Passado algumas horas, você já estava cansada e estava quase no final da tatuagem, mas como estava com muita sede, você decidiu dar uma pausa e ir tomar uma água.

— Fique aí, bebezão. Vou buscar água e já volto. – Você avisou já se levantando da cadeira.

Mikey revirou os olhos e você foi em direção a sala de espera do Studio onde tinha um bebedouro e você poderia pegar um copo de água para beber. 

— Terminou a tatuagem do Manjiro? – Izana perguntou para você enquanto se escorava no balcão.

— Ainda não, dei uma pausa para tomar água. O que você está fazendo aí no balcão? – Você perguntou.

— Kakucho teve que ir resolver umas coisas e não tem ninguém para ficar no balcão, então eu mesmo fiquei. – Ele deu de ombros.

— Assim que eu terminar a tatuagem do chato do seu irmão, eu venho aqui para ficar na recepção, eu juro. – Você disse voltando para a sala.

— Você jurou, [Nome]! – Izana elevou a voz para você escutar e você deu risada.

Você colocou outro par de luvas e alcançou mais uma máscara e a colocou em seu rosto  logo voltando a se sentar para finalizar a tatuagem de Mikey que estava impaciente.

— Que foi gatinho? Está impaciente com a demora? – Você perguntou de forma irônica para ele.

Mikey não disse nada e você apenas deu de ombros e voltou a fazer o desenho no abdômen do Sano deitado à sua frente.

Depois de mais uma longa hora você finalizou o desenho. Mikey havia sofrido muito naquela apenas uma hora por conta que a parte que precisava ser finalizada ficava no local que mais era dolorido, e bem, você contribuiu muito para isso também.

— Acerte com o Izana. – Você disse enquanto tirava as luvas e a máscara e as jogava no lixo.

— Certo. [Nome]... – Ele te chamou.

— Sim? 

— Odiei ter você me tatuando, mas devo admitir que você é a melhor tatuadora de Yokohama. 

— Oh, muito obrigado senhor bebê chorão. Fico lisonjeada. 

Mikey revirou os olhos e você riu da cara dele.

Você tatuou mais duas pessoas naquele dia e já eram 19 horas, você estava ajudando Izana a fechar o studio. 

— Por que você e meu irmão terminaram? Nunca fiquei sabendo da história. – Izana perguntou.

— Digamos que seu irmão é um pau no cu. Eu apenas não queria concordar com os ideais dele sobre a Toman, eu não queria ter que perder ele, sabe? – Você disse suspirando.

— Também não quer me perder? – Izana zombou se referindo a fazer parte de uma gangue – Yokohama Tenjiku –.

— Se você, Kakucho, ou os Haitani ousarem parar no hospital, eu termino de quebrar a cara de vocês lá. – Você piscou para Izana.

— Também amo muito você viu, [Nome]? Me promete uma coisa? 

— O que é? 

— Se um dia eu começar a ficar fora de mim, faça eu voltar ao normal me dando um soco no rosto e me impeça de fazer merda, por favor. – Izana suplicou.

— Que papo é esse, Izana…? 

— Promete? 

— Ah porra… Eu prometo! E também prometo que enquanto eu estiver aqui, irei te dar quantos socos forem precisos apenas para te manter normal. – Você deu um sorriso para ele.

— Agradeço. Bom, acabou por hoje e você está dispensada. 

— Até amanhã, Izana!

Você se despediu do Kurokawa e voltou para Tokyo, direto para a casa de Keisuke para ver o que seu irmão estava fazendo ou aprontando. Assim que você chegou, deixou a moto na frente do prédio e subiu as escadas rapidamente e foi em direção ao apartamento de Keisuke.

— Kei! Tá em casa? 

— Tô no quarto! – Keisuke gritou e você foi até o quarto dele.

— Tá fazendo o que aí? E por que você está todo arrumado? – Você perguntou ao notar que Keisuke estava arrumado demais apenas para ficar em casa..

— Hm? Adiantaram a corrida, vai ser hoje. Você vai ir? 

— Adiantaram essa merda? E a Toman decidiu quem vai ser o corredor que vai representar a gangue? – Você perguntou.

— Sim, vai ser eu! Eu sou o melhor corredor de lá, confia em mim, [Nome].

— Confiar em você? Garoto, eu sou sua irmã mais velha, confiar em você é uma coisa terrível, Keisuke. 

— Eu te prometo que vou ficar bem, eu volto para você poder se gabar de ser irmã do melhor corredor de Tokyo! O D.K sempre arrasa. – Keisuke deu um sorriso convencido.

— Certo, vou confiar em você… não me decepcione, Keisuke! – Você suspirou – Eu não suportaria a dor de te perder… – Você disse baixo.

— O que disse? 

— Nada! Vou tomar um banho e me arrumar com as roupas que eu deixei aqui na sua casa para podermos ir a essa tal corrida, fechado? 

— Fechado! – Keisuke disse.

𝐇𝐀𝐁𝐈𝐓𝐒, 𝐦𝐚𝐧𝐣𝐢𝐫𝐨 𝐬𝐚𝐧𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora