- Tᴇɴ

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— Então você quer mesmo brigar, [Nome]? Tudo isso para defender o seu irmão? – Hanma perguntou rindo.

Você não falou nada e ficou mais perto dele novamente. 

— Seu pulso não foi o bastante para você entender que eu sou superior a você, putinha? 

— Cala a boca, Hanma.

Você disse e então partiu para cima dele novamente, dessa vez estava mais difícil, visto que sua mão estava machucada e você só conseguiria usar a outra para atacar e se defender. 

Você deu um soco no rosto dele, o que fez Hanma sorriu sadicamente e voltar o olhar para você. Sem que ele pudesse ter tempo você desferiu um chute no rosto dele. 

O chute que você aprendeu com Mikey.

— Garota, você já está testando minha paciência! Morra logo! – Hanma falou mais alto.

Ele foi para te acertar um golpe e você desviou com um pouco de dificuldade, mas no final conseguiu. Você o chutou mais uma vez e acertou a barriga dele.

Você estava se sentindo eufórica, fazia um bom tempo que você não se envolvia em alguma briga desse jeito, e essa, bom, estava te fazendo ficar mais motivada ainda. No seu pensamento, você acabaria com Hanma, protegeria seu irmão e de bônus ainda seria mais respeitada que o normal por ter vencido Hanma Shuji em uma luta.

Bom, não era muito bem isso que iria acontecer. 

Hanma também decidiu atacar e desferiu um soco no seu rosto e logo em seguida um chute que te fez tropeçar e quase se desequilibrar. 

— Vamos lá, [Nome]. Poupe sua vergonha e desista logo. Eu sou mais e mais forte que você, não tem nem como você cogitar me vencer. Ainda mais machucada.

— Não vou desistir tão fácil assim… – Você sorriu e limpou o sangue que escorria de seu nariz.

Hanma riu.

— Não me diga que está me subestimando por ser uma mulher, Hanma. Isso séria patético da sua parte. 

Nem você e nem Hanma disseram mais nada. Você apenas se concentrou em tentar acabar com a briga sem perder. Você deu mais um soco em Hanma e ele fez uma cara não muito boa dessa vez.

— Cansei! Vamos lá, [Nome]. Vamos brigar de verdade. 

Hanma não deixou que você falasse algo e te deu vários socos. Ele não era um cara que se importava com os princípios de nunca brigar com uma mulher. Homem, mulher, criança, era tudo igual para ele. Você também revidou, partiu para cima dele e deu um chute no mesmo que o fez cair no chão.

— Também estou cansada, vamos logo ao que interessa, certo, Hanma? – Você sorriu.

Você ficou por cima de Hanma e mesmo com a mão machucada desferiu diversos socos nele. Você não estava em um bom estado, mas Hanma estava bem pior que você.

Poderia se dizer que ambos deram tudo de si nessa briga. 

Mas a que saiu como vencedora, foi você. 

— Eu apanhei bastante, mas você tá mais fodido que eu. Isso é a porra de um aviso para nunca mais mexer com meu irmão. Eu te caço até no inferno, Hanma. 

Você saiu dali com um pouco de dificuldade e entrou no carro, se jogando no banco do motorista e dando partida no carro rapidamente. Você pararia em outro lugar, você estava exposta demais se ficasse ali logo depois de acabar com o líder da Valhalla. Era um pedido de quase morte e você não estava em condições de enfrentar mais pessoas.

Você parou bem perto do estúdio de tatuagem, você não sabe o porquê, mas seu subconsciente te mandou para lá e você foi. Com o carro estacionado em frente ao estúdio você ficou deitada no banco se remoendo de dor com o pulso que estava torcido ou até mesmo quebrado e com mais alguns machucados que ganhou durante a briga.

Você estava péssima.

Depois de algum tempo dentro daquele carro quase morrendo de dor, você ouviu algumas batidas na janela do carro e viu que era Mikey ali.e então abaixou o vidro do carro para falar com ele.

—Que porra aconteceu com voce? Abre essa porta, [Nome]! - Mikey disse ao ver seu estado e você abriu a porta.

— Fui resolver as coisas com o Hanma.

— Você estava louca? Ir sozinha? Agora olha só seu estado, caralho.

— Eu acabei com ele. 

— E agora está toda fodida, olha seu braço e seu rosto. Vai para o lado, vou te levar para o hospital antes que sua situação piore. - Ele disse entrando no carro depois que você se sentou no banco do passageiro.

Você assentiu e então Mikey deu partida no carro e foi com você em direção ao hospital mais próximo dali.

Assim que vocês chegaram ele ainda te ajudou a descer do carro e te acompanhou até a recepção.

— Ela precisa de tratamento urgente. - Mikey disse escorado no balcão.

— Ela precisa pegar uma senha e aguardar junto com o restante das pessoas, senhor. - A recepcionista disse ainda olhando para a tela do computador em que digitava compulsivamente.

Mikey fechou os olhos de raiva e você se assustou quando ele bateu com força no balcão. 

— Minha namorada vai ter a porra do melhor atendimento dessa merda de hospital. Ela esta com a porra do pulso quebrado e esta cheia de machucados espalhos pelo corpo e voce nao consegue ver que ela precisa de tratamento logo? 

Você se assustou quando ele disse aquelas palavras… Minha namorada. Vocês não namoram, não mais.

— Mikey, mantenha a calma. - Voce encostou no ombro dele e ele desviou.

— Calma eu vou ter quando te ver sendo atendida logo. 

— Certo, o doutor irá atendê-la agora. Podem ir por ali, senhor. - A recepcionista apontou para um corredor.

Você negou com a cabeça e seguiu Mikey que sorriu para você.

O médico chamou você e você foi atendida. Mikey te acompanhou em tudo e até mesmo o médico confundiu vocês como namorados. 

Depois de um tempo você saiu do consultório com Mikey já com o pulso enfaixado e curativos por várias partes do rosto e da barriga e também com uma receita de remédios caso você sentisse dor em mãos.

— Por que você disse aquilo na recepção? E por que não corrigiu o médico.

— Sei lá, foi no momento que eu nem me dei conta. O que importa, eu e você sabemos que não estamos namorando mais e isso já está de bom tamanho. - Mikey deu de ombros. 

Você decidiu sair desse assunto.

— Precisamos ir na casa do Sanzu, o carro é dele e não meu. 

— Vai amanhã. Você precisa descansar. - Mikey disse de uma forma de como que queria encerrar aquele assunto também e não falar de Sanzu com você.

Você entendeu isso e ficou quieta pelo resto do caminho.

𝐇𝐀𝐁𝐈𝐓𝐒, 𝐦𝐚𝐧𝐣𝐢𝐫𝐨 𝐬𝐚𝐧𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora