Como Treinar Seu Dragão | Drarry

Capítulo Vinte e Oito

Capítulo Vinte e Oito.

"Eu realmente não deveria ter tentado comer carne crua. Quantos dias mais vou ficar enjoado assim?"

— Então... Você consegue falar agora? — Cedric foi o primeiro a quebrar o silêncio, atraindo a atenção da jovem que o olhou um tanto nervosa. — Pode começar pelo seu nome, o que acha?

Ela assentiu, respirando fundo.

Todos estavam ao redor da fogueira novamente, agora menos assustados e mais despertos, muito embora a noite estivesse apenas começando.

— Eu me chamo Daphne... Daphne Rosier...

— Certo, Daphne... então, quando você disse ser como nossos amigos... — Cedric apontou para Draco e Harry, voltando a olhar diretamente para a garota. — Você quis dizer que também é uma Fúria da Noite?

Ela assentiu lentamente, puxando mais da roupa de pele que havia recebido de Theo, lhe caindo de uma forma muito maior do que deveria, mas sendo mais que suficiente para cobrir-lhe a nudez e afastar qualquer frio que ela pudesse vir a sentir.

— Há alguns meses Fúrias da Noite eram quase uma lenda. Agora encontramos um toda vez que nos distraímos. Incrível... — Ron comentou, cruzando os braços atrás de sua cabeça, apoiado sobre o peitoral de Oliver, que assentiu com o que foi dito.

— O que exatamente você veio fazer aqui? O que quis dizer com "nós precisamos de ajuda"? — Cedric voltou a interrogar a garota, que no momento tinha os olhos escuros voltados para a fogueira.

Especificamente para os espetos com salsichas que estavam assando.

Diggory suspirou quando todos ouviram o ronco alto ser emitido de onde a loira estava, a mesma tendo suas bochechas se tingindo de um leve tom rosado enquanto acariciava sua barriga.

Cedric foi rápido em retirar um espeto do fogo, soprando levemente e o estendendo em direção a, aparentemente, dragão.

A garota, Daphne, não pensou duas vezes antes de agarrar o espeto oferecido, abocanhando mais da metade da salsicha e fechando os olhos enquanto mastigava com fome. Gemendo ao engolir e engolindo o que sobrou no espeto.

Cedric tossiu.

— Então...?

Ela assentiu, terminando de comer e deixando o espeto no chão, encarando o castanho.

— Eu viajei por muitos dias em busca de ajuda, mas os dragões estavam assustados, e eles não poderiam me ajudar... — Ela começou, lambendo os lábios em busca de resquícios do alimento. — Mas eu não poderia voltar sem ajuda. Todos estão precisando, contando comigo. Então há alguns dias eu, assim como outros dragões, senti que havia um novo Alpha muito perto.

— Você foi atraída para cá. — Cedric comentou, vendo-a assentir.

— Eu acabaria tendo que parar aqui de qualquer forma, a essência de um Alpha é mais poderosa que nossa própria vontade, e mesmo que não fosse, eu precisaria encontrá-lo para pedir ajuda.

Os garotos se entreolharam por alguns instantes. Ainda confusos sobre o assunto.

— Por que precisa de ajuda? — Cedric perguntou então, vendo-a olhar para as próprias mãos sobre seu colo, parecendo prestes a chorar por alguns instantes.

— Era dia quando eles chegaram, nós não esperávamos, estávamos desatentos, mesmo sendo muito cuidadosos. Há anos não éramos descobertos. Temos dragões sentinelas, mas éramos pouco comparado a... eles.