[p.o.v Harry]
Burro, eu sou muito burro.
Depois de decidir que iria compartilhar meus pensamentos com meus amigos e aceitar o "encontro" com Louis, resolvi avisá-los no nosso grupo. Por burrice - só podia ser burrice - abri o grupo errado, o mesmo que Louis também estava e lá avisei todos que Louis havia me chamado pra sair depois da aula.
Burro!
Mas, provando mais uma vez que Louis Tomlinson era apenas o melhor ser humano de Nova Iorque, ele me mandou mensagem - no privado - e disse que não deveria ficar preocupado com aquilo, porque ele não se importava com que os outros dissessem, depois ainda ainda chamou nosso almoço de encontro.
Sim, encontro.
Eu queria explodir de felicidade em ler aquilo, mas soube que se ficasse mais 30 segundos com o celular ligado iria ser bombardeado com milhões de mensagens dos nossos amigos, então desliguei tudo e joguei na mochila e passei o restante da aula tentando me concentrar no que a professora dizia.
[...]
Enquanto caminhava em direção ao estacionamento repetia internamente que aquilo não era um encontro e mesmo que fosse nada iria rolar. Por mais que ele tenha me dito o contrario, eu preferia não acreditar em nada disso até segunda ordem.
Era melhor ir com o pior dos pensamentos do que me iludir.
Parecia o mais correto para o momento.
- Oi - Louis sorriu gentil assim que o alcancei perto da BMW, - não vi seu carro hoje, então já está tudo certo em irmos no meu.
- Sim - disse mais baixo que o normal, - acho que é a única coisa que resta.
Entramos na BMW, logo as portas estavam fechadas e o carro corria pelas avenidas para ir ao restaurante escolhido. O silêncio era ensurdecedor e não havia nada de confortável naquilo.
As 3 únicas vezes que estivemos sozinhos até hoje foram conturbadas, o mais próximo que chegamos de calmaria foi quando ficamos deitados na cama de Louis com as mãos dadas enquanto dormimos.
Por esse motivo, almoçar com Louis era tão estranho.
Afinal como agir com alguém que você não sabe nada, mas não sendo a primeira vez que a vê?
A próxima coisa que ouvi de Louis foi quando o garçom veio colher nossos pedidos.
Ele me deixou escolher primeiro. Pedi macarronada com camarão, já Louis quis risoto e filé mal passado. Quando o garçom saiu do local, olhei em volta e o lugar estava vazio, poderia ser pelo horário ou até mesmo pelo nível do restaurante, mas o que realmente importava era que estávamos sozinhos no ambiente e nada nos prendia.
Nossos melhores momentos é quando não há ninguém por perto.
- Então... - Quis puxar assunto, mas me faltava o que dizer.
- Eu te deixo desconfortável? - Perguntou na lata.
- O quê? Por que você acha isso?
- Sinto que você se retrai perto de mim e também - pausou para beber um gole de água - você não se parece com você mesmo perto de mim...
- E quem seria "eu mesmo"? - Fiz aspas com a mão e estava verdadeiramente curioso com a resposta. Afinal, naquele ponto, eu já tinha admitido que Louis me conhecia de todas as maneiras, mas pelo visto ele não sabia disso.
- Ah, você é um cara super descontraído com os seus amigos, nas festas sempre está junto com todos e então eu chego perto...e você se fecha.
- Oh! - Não esperava por aquilo. - Bom, não sei bem como, mas você me enxerga e isso me dá medo.
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COLD. (l.s)
Romansa"Quando a única forma de amor que você conhece é do afeto que possui um código de barras, percorrer a vida com carinho pode ser duro." O amor que surgiu no peito de Louis em fevereiro de 2017 não era comum, nem racional ou até mesmo esperado. Depar...