Fora do hotel, Louis olhava impaciente para o celular, Harry estava fazendo o retorno na avenida, porém o mais velho tinha receio de sua mãe aparecer a qualquer instante. Ao seu lado Charlie estava - ainda - assustada e com medo.
Um minuto mais tarde e lá estava o carro de Harry parado em frente ao hotel, Charlotte foi a primeira a sair em direção ao veículo, sendo seguida por Louis, a porta de trás foi aberta pela garota e da frente por ele mesmo. Eles fecharam as portas, a irmã mais nova se encostou no banco e finalmente conseguiu respirar, mas na sequencia o desespero bateu, as lagrimas a seguir foram inevitáveis. Louis também deixou lágrimas teimosas caírem, Harry olha para a menina no banco de trás e seu coração ficou em pedaços. Olhou para o lado e viu que o namorado ainda estava de pé ao lado do carro.
Infelizmente ter aquele tipo de conversa com sua mãe não era nada fácil e Louis estava mais devastado do que poderia imaginar.
Ele sentiu sua mão sendo abraçada pelos dedos fortes de Harry e aquilo o fez voltar para a realidade. Seus olhos se abriram rapidamente, o fazendo mover seu corpo, entrou no carro, e ainda sem fechar a porta pode ver uma movimentação estranha correndo para fora do hotel.
Louis não estava pronto para outro conflito.
Styles segurou sua mão com mais força, o menor esticou o braço livre para fechar sua porta, mas foi impedido assim que viu a silhueta da mãe na calçada do local, seus olhos arregalados e as mãos estavam trêmulas, mas não tanto quanto as de Louis.
Ele definitivamente não estava pronto para outro conflito.
- Me deixe conversar com você - a mulher disse sem gritar, mas alto o suficiente para se fazer ouvida. Louis virou seu corpo em direção a mãe, iria responder, porém Jay continuou a dizer. - Nós precisamos disso, você não está errado em nada que disse, muito menos equivocado, porém eu preciso conversar com você.
- Ok, depois nós conversamos - Louis falou pronto para fechar a porta.
- Não, tem que ser agora. Temos que aproveitar que o assunto está fresco e eu estou com coragem para te contar tudo que quiser.
- Não acho que seja uma boa hora - Tomlinson puxou a porta para trancá-la de uma vez e sair do lugar o mais rápido possível, porém sua mãe segurou o metal.
- Você me mostrou o quão adulto você é para me enfrentar e dizer tudo isso, agora você precisa ser adulto para me ouvir e conseguir entender o que eu preciso te dizer, depois disso você escolhe o que faz da sua vida, - engoliu seco - mas primeiro precisamos terminar essa conversa.
Atrás do volante Harry estava estagnado, sua mão ainda estava firme segurando a do namorado, Charlotte chorava baixinho no banco de trás e Louis, bom, Louis não tinha nenhum músculo sendo movido, com o corpo seguia completamente imóvel enquanto a ouvia e sabia que por mais louco que fosse sua mãe tinha razão.
Se era pra finalizar aquele assunto, que eles finalizarem enquanto estava tudo fresco.
Louis olhou para o namorado e depois para sua mãe. Louis entendeu que para continuar a viver sua vida com o seu amor, precisava enfrentar isso. Por esse motivo ele disse:
- Eu vou, mas somente eu, a Charlotte fica - não levantou do banco, muito menos soltou da mão de Harry, a partir daquele dia Louis tinha suas convicções mais firme do que nunca e agora só faria o que o deixasse cem por cento confortável.
- Tudo bem - sua mãe assentiu e retirou a mão da porta, um dos seguranças saiu do lugar e foi solicitar o carro para o manobrista. O azulado se virou para a irmã para tentar acalmá-la.
- Vai ser rápido, ok? Já já vamos estar juntos - disse calmo, sua mão na coxa da menina acariciando e tentando deixa-la mais calma. - Vá para um hotel e pegue uma suíte, tranque tudo e me mande o endereço, não vá para casa e nem para o Harry, depois resolvemos como arrumar as coisas, tudo bem? - Ele disse tão rápido e baixo que precisou confirmar se a garota tinha entendido.
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COLD. (l.s)
Romance"Quando a única forma de amor que você conhece é do afeto que possui um código de barras, percorrer a vida com carinho pode ser duro." O amor que surgiu no peito de Louis em fevereiro de 2017 não era comum, nem racional ou até mesmo esperado. Depar...