rendição

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Minimamente toda história contém 3 lados. O seu, o meu e a realidade. Para tudo que acontecia com Louis e Harry nos últimos dias existiam no mínimo 7 lados (o deles, de seus amigos e daquilo que inventam sobre eles), deixando assim a situação ainda mais complicada.

Na quarta-feira Louis foi para o colégio onde dava aula de espanhol, saiu de lá e foi direto encontrar Liam e Selena no café onde Lauren trabalhava. Os amigos não ficaram por lá mais de vinte minutos, Liam iria sair com Zayn e estava indo buscá-lo - as coisas entre os dois estavam sérias? Ninguém sabia. - Selena tinha algo da faculdade para preencher e Louis... Bem, Louis estava aéreo demais para qualquer coisa. Então, simplesmente ficou ali, esperou a amiga entrar no seu horário de pausa e juntos foram para a calçada do estabelecimento.

Lauren de cara acendeu um cigarro e bebia um café gelado. Não existia mais um frio congelante em Nova Iorque, mas mesmo assim o tempo era diferente do que Louis estava adaptado, por isso se sentia um pato fora do lago em estar de moletom enquanto via algumas pessoas de shorts passeando. 

- Você vai dizer logo o que está acontecendo? - A garota interrompeu qualquer pensamento que o menor pudesse estar tendo. - Sério, não aguento mais essa cara de cachorro perdido...

- Muitas coisas aconteceram. - Existia essa facilidade de Louis em se abrir com Lauren.

Essa era a diferença mais nítida entre ele e Harry, um era completamente direto e objetivo o outro sempre recuava e se escondia.

- Ande logo, conta tudo.

- É o Harry, de novo. - Ele secou a mão em seu jeans, nem ao menos tinha percebido o quanto suava, estava ansioso e ao mesmo tempo nervoso, com medo de todos os pensamentos que vinha tendo. - Semana passada estava tudo ótimo... Era carro todos os dias, sábado teve karaokê, a gente estava juntos, eu o beijei assim que o deixei em casa.

- Você beijou ele em público? - Disse assustada e até mesmo impressionada.

- Não foi totalmente em público. Foi na frente da casa dele, às 3 da manhã...

- Já é muito... - Ela levou o cigarro até a boca e esperava Louis continuar.

- Que seja. A questão é que depois disso ele sumiu, nenhuma resposta. Eu mandei mensagem assim que entrei em casa, além de insistir depois no domingo e na segunda. Pra melhorar nem no colégio ele está indo, ninguém sabe dele. - Bufou em frustração. - Eu achei que ele só estava dando um tempo, mas não. Se fosse isso, pelo menos a Taylor saberia.

- Parece que vocês nunca conseguem ter paz.

- Pois é...

- Mas olha, vocês dois não são desconhecidos. Vocês tiveram ou têm um lance. Se ele não quer ficar mais com você, tudo bem, mas ele tem que conversar sobre isso.

- Estou pensando em ir lá.

- Na casa dele?

- É... A parte do deck da casa dele é mais baixa e dá para ver da minha, além de ser aberta, vou chamar pelas portas dos fundos.

- Eu também iria, imagino a angústia que você pode estar sentindo e somente conversando isso vai aliviar.

- É. Achei que quando chegasse no ponto em que estamos, não ia mais ser necessário essas manobras para conseguir chegar perto dele, mas aparentemente ainda preciso de muito pra chegar nele. Fora que nenhum dos meus amigos sabem, além de você, então não tem nem como compartilhar nada que eu penso. Eu to em uma caixa, trancado e lidando com uma paixão mal resolvida.

- Lou, pensa um pouco... Coloca sua cabeça no lugar e tenta digerir a informação. Estamos no meio da semana, você ainda não sabe o que aconteceu com ele, assim como ele não sabe dos seus sentimentos. Nessa história você não está sozinho.

COLD. (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora