audácia

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Louis, por sua vez, ficou no mesmo lugar. Não ousou correr atrás de Harry ou então sair de onde estavam, era mais arriscado o perdê-lo de vez. Entretanto, o seguiu com os olhos.

O corpo grande de Harry correu pelo salão e subiu as escadas para o segundo andar. Em poucos segundos Tomlinson percebeu que Styles só queria se esconder.

Viu exatamente a porta que ele entrou. Não tinha mais nenhum sinal mais do garoto, Harry estava trancado dentro de um banheiro no segundo andar da casa.

Diferente do que qualquer pessoa faria, Louis não se movimentou.

Pelos próximos 5 minutos ele seguiu olhando para aquela porta e esperando até o segundo que Harry voltaria para onde estavam e assim continuassem o que haviam começado.

Então ele esperou.

Esperou que ele saísse, esperou que ele mandasse alguma mensagem, esperou que ele o xingasse, mas nada aconteceu nos próximos 10 minutos.

Até aquele instante Louis não tinha percebido que a maior parte dos sentimentos e desejos que viviam em si também viviam em Harry.

Talvez por esse motivo ele menosprezou de tal forma a fuga do mais novo. Porém, assim que se deu conta compreendeu para onde deveria ir, ou melhor, o que deveria fazer.

Com uma certa falta de paciência e precisando resolver algumas coisas, Louis saiu dali e seguiu para onde o maior estava, não bateu na porta e nem pediu licença.

Não era mais hora de formalidades.

- O que você está fazendo aqui? - Harry está de pé na frente do espelho. Louis perguntou assim que viu a cena e na sequência encostou a porta, virou a tranca e aguardou pela resposta.

- Eu estava agindo sem... Eu preciso pensar nas minhas ações. Longe de você. - Não havia muita conexão em duas palavras, mas existia um pensamento conturbado e repleto de sentimentos, que agora, Louis sentia.

- Pensar em quê, Harry? - Tomlinson tentava manter o tom e o volume de sua voz calmos, mas ele não tinha certeza se estava fazendo isso muito bem.

- Pensar que eu não posso me entregar a isso. - Harry tinha convicção na sua frase.

- Isso? - Louis indagou saindo da porta e se aproximando lentamente dele.

- Isso, você.

- Eu sou tão ruim assim? - Sabia que não era, mas precisava ouvir aquilo do maior.

- Não, Louis - Harry disse irritado, saindo de frente do espelho e encarando Louis pela primeira vez. - Você sabe que não é ruim, porra! Você sabe disso. Mas, você não vai dar o que eu quero, então, isso não pode existir... - Completou ainda com raiva.

- E, o que você quer? - Louis se aproximou ainda mais, ficando a centímetros de distância do corpo do maior.

- Para de brincadeirinha idiota.

- O que - Louis falava pausadamente enquanto aproximava ainda mais os corpos e encostando seu peitoral no de Harry - você - colocou sua mão de volta na cintura do cacheado como estava anteriormente na pista de dança e o puxou para ficar ainda mais perto - quer?

- Você.

Nota mental: Harry é muito sincero.

- Eu amo sua sinceridade.

Foi a última coisa que Louis disse, depois disso sua boca estava ocupada com a de Harry e toda a saudade que sentiram. Tudo era uma mistura de sentimentos e enquanto as bocas se reconheciam.

COLD. (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora