Não esqueça da estrelinha :)
-Então eles te perseguiram?-Santiago servia mais um copo de suco para si.
- Embustes!- Georgie revirou os olhos enquanto remexia em sua bolsa.
- Pois é, acho que nunca mais sairei sozinha aqui. - dei a ultima mordida em meu pedaço de bolo. - Bem, Georgie e eu iremos ao shopping hoje.
- Preciso gastar um pouco meu salário fora dos aeroportos. - ela revirou os olhos dando um selinho no namorado.
- Tchau meninas, tenham um bom dia. - meu pai gritou antes de fecharmos a porta.
Georgie ao entrar no elevador parecia distante e apertou três vezes os botões errados, mas como estava contando tudo para o grupo dos pogues sobre as histórias de ontem mal me importei.
John B e eu conversamos a madrugada inteira sobre tudo, mas Big John foi o assunto principal; Meu irmão achou que eu não estava me importando com a história da carta agora que eu e Santiago estávamos bem, mas não era verdade. A minha viagem para Los Angeles fora como um refugio das coisas em que minha mente ficava focada na ilha.
Eu só não queria me prender tanto a algumas coisas que podem não serem reais já que a minha pessoa mal sabia quem era.
- Mila, precisamos conversar. – Georgie retirou minha atenção do telefone quando freou o carro com tudo em um estacionamento. – Eu deveria fazer isso com seu pai, mas eu estou com medo disso afetar a relação de vocês dois.
- O que aconteceu? Você está pálida! – o desespero soou de leve em minha voz vendo a mulher cair no choro. – Georgie, eu estou aqui para lhe escutar.
- Eu estou grávida, Mila. – ela encarava o prédio a sua frente.
O carro ficou em silêncio enquanto encarávamos os outros carros por trás do insulfilm.
Eu não estava chocada, mas confusa. Esse bebê irá chegar à vida dos dois ao mesmo tempo que eu estou chegando, será que eu ainda irei gerar emoções ao meu pai ou ele me deixará de novo? Não sabia o que pensar, mas ela estava desesperada e eu precisava conforta - lá então a puxei para um abraço.
- Não se preocupe comigo, mas sim com você e esse bebê. – sussurrei para a mulher que buscou desesperada na bolsa o papel que me entregará.
- Você deve estar pensando que eu fiz isso de propósito...
- Não, claro que não. – analisei o exame feito há alguns dias. - Você precisa contar a meu pai.
- Eu irei, após o show. – ela coçou o nariz vermelho.
Estaria mentindo se eu dissesse que passei à tarde tranquila em meu quarto após o choque de ganhar um novo irmão já que Georgie se recuperou dos hormônios e me arrastou para um salão repleto de luxos e champgnes. Eu não sabia que ela disfarçava tão bem quando a vi gargalhando com a manicure, parecia tão radiante e alegre.
Fomos diretamente para o closet de minha madrasta já que meu pai já havia saído para se preparar pro enorme show que aconteceria em uma grande arena em algumas horas. Aproveitei as unhas e olhos tingidos de preto para usar um vestido alcinha do mesmo tom que possuía um tecido pouco franzido que definia o corpo junto com saltos. Quando eu digo que não estava me reconhecendo era por esse motivo já que em Outer Banks não sabia da existência de saltos tão caros.
- É aqui que a mágica acontece! – ele apontou por trás do palco para a multidão calma. A noite estava linda, céu limpo e vários bastões piscavam nas mãos do público.
- Não consigo acreditar em tantas coisas que conquistaram. – desci as escadas de metal em direção ao camarim reservado para Georgie. – E também não consigo acreditar na quantidade de fãs que lotam minhas mensagens pedindo fotos suas. – o homem gargalhou.
- Sem elas não existiria esse show, querida. – ele conferiu o celular. – Onde está Gerogie?
- Acho que conversando com os outros no seu camarim. – afirmei fazendo o homem sair rápido de meu lado.
Joguei-me no sofá pretendendo ouvir novamente o áudio de JJ, mas fui interrompida com a porta sendo aberta num forte impulso.
- Ai meu Deus! – Jay e eu gritamos em uníssono.
- O que faz aqui? Saia! – gritei irritada me pondo de pé.
- Eu precisava arrumar um lugar rápido antes que as meninas me vissem de novo, se acalme. – ele parecia indignado.
- A Georgie irá te matar se souber que elas te viram. – revirei os olhos colocando meu telefone no sofá antes de comer uns bolinhos presentes na mesa. Um silêncio constrangedor pairou até que o menino questionou:
- Você está sentindo falta dele? – virei para o sofá vendo que ele notava minha tela de bloqueio estampada com JJ surfando.
- Bastante. – suspirei me sentando ao seu lado. – Tudo deu errado.
- Eu soube sobre a gravidez de Haley e queria muito te dizer que tem chances de ser meu, mas nunca fizemos nada.
- Eles parecem felizes então também estou. – arranhava meu polegar.
- Mas vocês não estão juntos e você está chorando, como pode estar feliz? – ele questionou apoiando a cabeça em sua mão sustentada pelo cotovelo apoiado no sofá.
- O amor da minha vida está feliz e isso já é suficiente. – ri olhando para o menino confuso.
- Você está machucada, não é justo.
- Estou mal, mas JJ parecer feliz para mim é o suficiente. – bufei. – Não quero atrapalhar ele, eu terminei para ele seguir sem o fardo de ter uma namorada brigada com a mãe de seu bebê.
- Mila, você está chorando e acha mesmo que está bem? – ele retirou um lenço de papel guardado em seu blazer e me entregou. - Eu sei o motivo dele ter se apaixonado por você porque foi o mesmo pelo qual me apaixonei. – ele parecia tranquilo ao me encarar. – Mas não vou dizer e irei o deixar fazer isso.
- Cortei contato.
- Acho que deveria rever isso, vocês se amam. – ele deu um tapinha em meu ombro antes de tragar o cigarro eletrônico caro. – Você veio pra cá para fugir dele, não minta pra si. Fez isso pra fugir do amor que sente e continua mentindo que está bem.
- Eu estou bem.
- Não, me escute. – ele tossiu. – É importante esse tempo para si porque precisamos ver o que reluz no meio da escuridão e pelo seu olhar da para reparar que JJ reluziu. Não deixe o amor ir assim, conversem pessoalmente ou diga que o ama antes que ele realmente pense que seguiu em frente.
- Não achei que diria isso depois de tudo que aconteceu mas você tem razão. – abracei Jay. – Obrigada, muito obrigada.
- Está tudo bem, eu quero ver aquela que amei feliz. – ele riu. – Venha, o show vai começar.
Aquela conversa foi tão leve que quando caminhei para frente do palco nem reparei em nada a minha volta somente no garoto que ficou ao meu lado nas primeiras músicas.
Precisava ligar para JJ, precisava ter-lo de volta já que sua ausência estava me preenchendo por completa. – minha mente recordou.
As musicas que estouravam no telão me deixaram leve também, meu pai e os colegas pareciam se divertir tanto vendo o publico que aqueceu meu coração. Georgie estava emocionada e eu também, talvez esse bebê completaria a minha vida de alguma forma também.
- Kie, aqui está incrível. – pulava acenando para meu pai após atender a chamada.
- Mila, preciso que- scute. – a ligação estava cortando. – É sob-JJ.
- Kie, está cortando.
- Mila, JJ está em coma. – a ligação ficou clara assim como o desespero na voz do outro lado.
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I Hate (love) You. JJ MAYBANK
Fanfiction"Não sei de onde vem tanta implicância, mas se ele insiste em ser assim eu garanto que tenho motivos o suficiente para detestá-lo. O seu cheiro de maconha misturado com perfume masculino me da uma dor de cabeça terrível. O jeito que ele segura uma r...