⌠✨⌡Soft Starlight・Friday Night Funkin' ੭

⊱➷ 🌠┊Week 4❞

O jovem casal se encontrou inesperadamente em cima de uma limousine preta, sentindo a brisa forte batendo seus rostos e a linda paisagem do entardecer no fundo. Tomar cuidado era importante por conta de postes que podiam levemente te dar uma pancada na face, mas nada muito relevante por ter a oportunidade de desviar. O fato de estar em cima de um carro grande e que chama muita atenção em movimento assustava CJ, por conta de traumas passados que foram criados graças a uma situação como essa. Havia dois automóveis um do lado do outro e completamente iguais, porém o garotinho mascarado só conseguiu o notar logo após ouvir Ruby o chamando, que no caso, estava do outro lado.

- CJ! Você tá bem aí? - Ruby gritou. Não havia tanto barulho por alguma razão, mas parecia necessário.

- N-não precisa gritar! - CJ avisou em um grito.

- Toma cuidado com os postes! - Alertou para o garotinho mascarado que se encontrava perto da calçada, já que o primeiro carro parecia estar bem mais aproximado.

- Tá. - Respondeu e se virou para frente. De repente, uma mulher de cabelos loiros curtos e um olho verde e o outro mais amarelado além de um vestido preto elegante apareceu. A figura era familiar, e CJ realmente não queria ve-la novamente.

- Aí está o meu filho! Quanto tempo, meu amor! - Era Ingrid Toshune, mãe e abusadora do rapaz de moletom azul claro. Seu sorriso falso era esplêndido no momento. - Você não sabe o quão eu estou preocupada!

- Mãe... - Ele não queria responde-la.

- Você passeou e tanto, não é meu filhinho? - Continuou a mulher. - Tá na hora de voltar pra casa... Amorzinho.

- E-eu não vou. - Tomou coragem e soltou.

- Mas... Eu preciso de um sim. - A mulher com pingente vermelho implorou.

- N-não. - Respondeu.

- Já que você quer assim... - Ela cruzou os braços.

De algum lugar, uma música começou e CJ foi obrigado a canta-la por culpa de sua mãe. Ingrid Toshune era uma mulher que sempre foi aclamada pelo público, e parecia querida e adorável com todos, até descobrirem seu lado egoísta e ganancioso, que apenas se importava com dinheiro e bebida. Ela tem muitos segredos não descobertos e suspeitos ao ponto de poderem fazer um estrago, porém até Yamato, seu marido e pai de suas duas crianças, ou na verdade só uma por consideração, não soube nada deles. Tantas memórias péssimas de se ver passavam na cabeça de CJ antes da canção se encerrar, principalmente um trauma que foi feito graças a sua mãe.

- Filhinho... Por que tá complicando as coisas? - Ingrid deu dois passos a frente com cuidado. - Vamos para casa.

- E-eu não quero ir. - Gaguejou o menino.

- Você não pode deixar essa... Peste manipular você. Se não fosse por você começar a andar com ela, nada disso teria acontecido. - Apontou para Ruby, com uma leve irritação em seu rosto.

- Olha... Diferente de você, eu cuido dele. - Ruby argumentou. - Você literalmente sequestrou a gente.

- Cale-se, sua parasita! Você está manipulando o meu filho e não deixa ele voltar para casa! - Culpou a jovem.

- Ah, mas puta que... - Ela mesma se interrompeu. Sabia que tinha que manter o controle.

- Ela não tem nada haver com isso. - CJ tentou a tirar da situação, falando com calma cada palavra. - Eu decidi viver do jeito que eu quero. Você me maltratou. Foi esse mesmo carro que você me empurrou quando eu tinha cinco anos!

- Mas... Filho. Tá sendo muito cansativo procurar você por todo lado. Você tá estragando a nossa carreira. - Ela ignorou, e começou a se irritar. - Você quer ser um cantor também, mas não seguir a família que com certeza é melhor.

- Vocês são pura ganância e nem se importam com seguidores... Apenas dinheiro e fama. - CJ retornou. - E querem me transformar numa marionete.

- Eu já estou cansada disso. - Bufou. - Você vai vir pra casa antes que eu te arrebente.

Mais uma melodia iniciou-se num período dramático, Ingrid se encontrava em pura irritação e nada podia tirar isso dela. Ruby estava apenas observando e tentando tomar cuidado para não cair no chão, ela não tinha muito o que fazer além de olhar o evento. A canção era complicada e ainda tinha os postes pelo o caminho, dificultando tudo, mas o mascarado conseguiu passar a melodia até o fim. O seu medo aumentava cada vez mais quando via a face brava de sua mãe, mas de algum jeito, ele tinha que a enfrentar.

- Chega! Você tem que voltar para casa e abandonar essa criminosa! Por que vocês andam juntos? - A mulher começou a surtar. - Vocês são namorados por acaso?

- Na verdade sim... - Ruby admitiu, já que o seu companheiro não tinha muita facilidade em falar sobre seu relacionamento. - E você não vai impedir isso.

- Droga. - Exclamou a loira. - Seu pai tá certo, você é um idiota.

- E você é o que então? - Por algum motivo, a de cabelos brancos macios queria acabar com isso logo.

- Cale a sua boca! - Rangeu. - Você vai voltar para casa, filho. Você sabe disso, uma hora você vai.

- Eu já disse que não. - Ele respondeu o mesmo.

- É cansativo de procurar você toda hora. - Desabafou. - E você não vai fugir disso por tanto tempo.

A última canção começou, e pareceu ter fim rapidamente. Ingrid estava descontrolada, e era percebido facilmente. Isso assustava CJ e o fato de como ele iria sair de cima da limousine de sua mãe o assustava, já que a única alternativa era pular. Ruby não aguentava mais a situação, ela tinha que arranjar um jeito de ir embora antes tudo piore, e mesmo não querendo, decidiu falar para o seu namorado pular do local que estava após o som acabar.

- CJ! Você tem que pular pra fora daí. - Ruby o introduziu.

- M-mas, Ruby... - CJ olhou para baixo, e ficou com mais medo ainda.

- É... Eu também não quero, mas... É a única opção né? - Ela indagou com medo também.

- Da próxima eu vou te mandar para casa de vez. - Ingrid estava com a espécie de um controle na mão, e quando apertou algum botão dele, um poste apareceu bem na frente de CJ e o atingiu, fazendo-o cair no chão pelo impacto. - Espero que não sobreviva. - Sussurrou, ela já estava com ódio de seu filho.

- CJ! - Ruby pulou e foi até seu namorado automaticamente. - O que que ela fez? - Ela pensou em investigar o que fez aparecer o poste repentino. CJ estava inconsciente mas ainda vivo, só precisava de algo para se recuperar, o que demorou um mês e tanto.