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Estavamos ali já a um bom tempo, ele tomando suas doses que neste momento já nem sei quantas foram e eu na segunda caipirinha.

Miguel: Você quer saber quem era a mulher né?

Liandra: Não, pense apenas que está sentado na companhia de uma amiga, se quiser falar irei escutar.

Miguel: Se fosse uma amiga não estaria sentada aqui.

Liandra: E por que diz isto?

Miguel: Porque não tenho mais amigos.

Liandra: Acho que está generalizando um pouco, deve haver algum.

Miguel: Depois do que eu passei, é sério não tenho nenhum.

Liandra: Mas pude notar que muitas pessoas te conhece por aqui, e parecia de longa data.

Miguel: Sim me conhecem, mas para ser amigo é preciso confiar e não confio em mais ninguém.

Liandra: Mas um dia irá ter que voltar a confiar em alguém.

Miguel: Não acho isso possível, tudo que quero é voltar a trabalhar tocar o haras.

Liandra:O que te impede?

Miguel: Meu pai.

Ficamos em silêncio novamente, hoje ele falou comigo muito mais que em todo tempo na clínica, talvez fosse a bebida mas o senti sendo muito sincero, sem galanteios, ou distorcendo para outros assuntos.

Miguel: E você?

Liandra: O que tem eu?

Miguel: Você não é daqui, tem jeito de ser de cidade grande o que fez você vir parar num lugar como esse e não me diz que é porque queria sossego pois se nota que não.

Liandra: Como assim se nota que eu não quero sossego, sou uma mulher bem tranquila.

Miguel: Digamos que um certo dia escutei uma conversa sua com alguém que acha que aqui não é lugar pra você.

Realmente a bebida estava fazendo efeito nele.

Liandra: Não quero falar sobre isso, e apenas gostei do lugar para recomeçar.

Miguel: E o que te fez precisar de um recomeço.

Liandra: Não é o que e sim quem, me de licença vou ao banheiro.

Me levantei antes que ele me fizesse outra pergunta, não tinha condições de falar sobre André, ele era passado e tinha que permanecer lá.

Tive que me recompor, quando voltei ao bar vi que aquela mulher ao seu lado parecia estar tentando o convencer de algo, ele estava ficando muito transtornado com aquilo, sua expressão era de confusão, colocando as mãos entres os cabelos estava beirando desespero.

Precisava fazer algo por ele, firmei meu corpo, levantei a postura e prossegui.

Liandra: Vamos querido acho que já deu por hoje.

Miguel me olha sem entender e olha para a mulher que ali estava sem palavras.

Andressa: O que você pensa que está fazendo.- disse me pegando pelo pulso

Miguel: Solta ela Andressa.- diz numa forma grossa, mas está notavelmente embriagado

Liandra: E quem você pensa que é para me tocar assim?- rebato puxando meu braço de sua mão.

Andressa: Não que seja da sua conta mas temos um passado juntos, e não fique no meu caminho pois iremos nos acertar né meu amor.

Liandra: Nisso posso concordar, vocês tiveram um passado, e quer saber o lugar dele é exatamente esse no passado. Vamos Miguel não quero mais ficar aqui.

Miguel: Sim vamos Liandra.

Andressa: Nosso assunto ainda não terminou Miguel.

Miguel: Eu acho que sim, como Liandra disse lugar de passado é no passado.

Andressa: Miguel isso não vai ficar assim, e essa mulherzinha nem faz teu tipo.

Não esperava que Liandra fosse tomar tal atitude, mas não podia deixar ela no vácuo geralmente sempre chego no primeiro beijo e ter Liandra no comando confesso que foi bom e me surpreendeu.

Liandra: Isso foi pra você ver que aqui não tem nenhuma mulherzinha, sou muito mulher para satisfazer Miguel. Sua presença nada mais é que de uma pessoa tóxica que apenas faz mal aos outros.

Viro as costa sendo acompanhada por Miguel que passa o braço em volta da minha cintura, fomos em silêncio até seu carro e pelo caminho não parava de me questionar no que me deu para me intrometer daquela forma, o que deu em mim?

Cont.

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Minha Psico BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora