Minha Psico Babá

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Chego em casa e começo a refletir sobre Miguel, todo esse tempo conhecendo ele e só o que sei é sobre sua paixão pelo Haras, cavalos e outros animais, quando o assunto muda ele se tranca e me desconversa com suas cantadas.

Tomei mais um banho pra dar aquela relaxada, almocei preparei as pasta e fui de encontro com a tormenta.

Chegando lá fui informada que ele estava nas baias, andei pelo local a sua procura e não pude deixar de admirar cada animal lindo que lá havia, era de encher os olhos de alegria.

Mas ficar rodando não iria me ajudar muito então resolvi chamar ele.

Liandra: Miguel.- ouço um barulho- Miguel?

Vou indo em direção de onde está vindo o som, como desejei que fosse um inverno de congelar naquele instante.

Miguel: Oi já chegou.

Fico sem palavras vendo ele vir até mim com aqueles músculos de fora, bronzeado, e pequenas gotas de suor escorrendo para onde minha imaginação não deveria ir.

Foco, foco, foco Liandra me repreendo.

Liandra: Oi me falaram que estaria por aqui por isso vim te procurar, é tudo lindo.

Digo olhando em volta menos para ele.

Miguel: Algum problema.

Liandra: Não por que?

Miguel: Está evitando contato visual, nunca foi do seu feitio numa conversa.

Liandra: Só admirando tudo que me falou sobre esse lugar.

Miguel: Me lembro de ter falado também sobre mim.

Quando viro para olhar, ele está tão próximo que posso sentir o calor do seu hálito tocar me rosto numa carícia.

O tempo parece parar não sei o que dizer, por que me sinto tão exposta perto dele?

Consigo deter meu toque quando elevo a mão para tocar sua pele, fico com minha mão próxima, apenas uma linha invisível me impede de seguir enfrente.

Miguel: O que te impede de prosseguir?

Liandra: Vamos.

Me viro seguindo para o escritório tínhamos muito que conversar, enquanto andava podia sentir seu corpo logo atrás, era como um sombra a me seguir.

Entramos no escritório da casa com ele em meu encalço, me sentei e ele grudou ao meu lado, me afastei e ele me seguiu grudando nossos corpos.

Liandra: Por favor Miguel, assim não dá.

Miguel: Não consegue se concentrar.

Liandra: Assim é difícil, não consigo nem escrever.

Miguel: Quero ver o que vai anotar.

Liandra: Te mostro depois, se você se comportar.

Miguel: Não irá.

Liandra: Olha só são apenas anotações básicas, a ficha que tinha na clínica fica lá estou te atendendo em particular, então tenho que fazer a minha.

Mudei do sofá para uma poltrona, pois ele veio e ficou em pé atrás de mim e para ajudar ainda se abaixou, podia sentir seu hálito quente em meu pescoço, fiquei toda arrepiada que não passou despercebido em seus olhos.

Miguel: Quando estiver pronta podemos começar.- diz ao meu ouvido

Liandra: Se você se sentar ficará mais confortável.

Podia sentir minha mãos suando.

Miguel: Hum.. não aqui está ótimo.- cheira meus cabelos- Adoro esse cheirinho de flores.