— Acho que tenho um problema. — Disse, a Kat mantêm-se em silêncio do outro lado da linha. — Preciso da tua ajuda com uma coisa... — Continuo, a roer as unhas.Na última semana roí-as quase todas, assim como as cutículas.
Se a moça da manicure visse as minhas unhas ia ter um ataque cardíaco.
— Que tipo de problema? — Perguntou, embora que há duas horas atrás já tivesse muitas ideias em mente sobre a situação. — Estás em casa?
— Sim. — Respondo depois de alguns segundos.
A minha mãe acabou de voltar, com o Lucas atrás dela a carregar os sacos de compras.
— Estou aí em dez minutos. — Anuncia a Kat, a desligar o telefonema.
A minha mãe olha para mim com indiferença.
Assim como quando cheguei a casa no outro dia, agora passa por mim sem me falar.
Começou a jogar a Lei do Gelo comigo.
— Olá. — Cumprimenta-me o meu irmão. Comecei a jogar a Lei do Gelo com ele. Vendo que não vou responder, ele franze a testa e repreende-me. — Devias deixar o ressentimento de lado. Já me desculpei. — Comentou relutantemente.
As desculpas dele foram-me insignificantes.
Não sei o que lhe aconteceu no Afeganistão, não sei quantos horrores encontrou.
Mas sei que foram muitos, o meu irmão já não é o mesmo e não o posso ajudar.
A guerra mudou-o muito, e ele estranhamente apegou-se à nossa mãe superar.
O meu irmão parou de jogar na minha equipa para começar a jogar na dela.
Deixei-o fazê-lo sem dizer uma única palavra, sim, é a nossa mãe que o vai acordar dos pesadelos que o deixam acordado à noite.
Tenho que me forçar a aceitá-lo.
A guerra faz coisas horríveis às pessoas, a expressão de preocupação que às vezes toma conta do rosto do Lucas é a prova viva disso.
Pergunto-me o que viu, o quão horrível foi, que o deixa sem dormir agora.
Cada vez que acordo de madrugada para beber café encontro-o sentado à mesa da cozinha.
A mãe está lá às vezes, mas cala-se imediatamente quando me vê.
— Não estou ressentida. — Digo, encolhendo os ombros.
Devia ser gentil com ele, por todos aqueles pesadelos que ele tem mas honestamente, do fundo do coração, não sinto nada disso.
O Lucas foi sempre o meu apoio e, no final, também se virou contra mim.
Quando cheguei a casa no outro dia, forçou-me a ouvi-lo por duas horas, falou sobre o quão mal agi, desde me atirar contra a Emma, até ir-me embora com "aquele".
Tentei explicar-lhe a situação do meu ponto de vista, mas ele não entendeu.
Nem mesmo com a situação de San Diego cedeu a meu favor.
Permaneceu do lado da nossa mãe e teve a ousadia de me acusar de ser uma má filha.
— Ah não? Avisa-me quando estiveres. — Comentou sarcasticamente. — Estavas a falar com aquele desgraçado? — Perguntou naturalmente, a olhar para o telemóvel nas minhas mãos.
"Desgraçado" era o seu apelido favorito para o Joseph.
— Não. — Disse apenas.
O Joseph estava ocupado o dia todo numa reunião de promoção da série com a Julie Plec e o resto do elenco.
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For You- Joseph Morgan (Tradução)
FanfictionTRADUÇÃO AUTORIZADA POR @-AliBee ! Aquelas séries de vampiros não eram importantes para Alison Hale, muito menos o loiro de encantadores olhos azuis e um sotaque hipnotizador. No entanto, depois de conhecer Emma Adams vê-se arrastrada a uma das maio...