Capítulo 1; Joseph Morgan

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Sexta-feira 11, Junho.
2015.
San Diego, Califórnia.

Joseph Morgan.

Era a única coisa que a Emma dizia numa semana. Juro pelo amor de Deus que se ouvir esse nome mais uma vez, vou explodir.

— Quando eu vir o Joseph Morgan... —  Os meus ouvidos bloquearam imediatamente o som insuportável da sua voz.

Emma e eu damo-nos relativamente bem, ou algo assim. Nas poucas semanas que a conheço, cheguei à conclusão que ela é obsessiva e louca demais para ser tolerada 24 horas por dia.

— Oh Deus, estou tão animada! — Ela grita histericamente, a rir e a bater no meu ombro.

Porque é que ela faz isso? A Emma é muito estranha. Eu rio-me ao lado dela e penso em como diabos vou aguentá-la o dia todo.

— O meu pai está a ligar! — Ela anuncia, parando no meio da avenida para atender o telemóvel. — És o melhor papi do mundo! Amo-te! — Ela grita animadamente, atraindo olhares dos outros turistas. Mas ela nem parece notar.

Emma fala com o pai numa velocidade que eu achava impossível, só consegui distinguir duas palavras do mar de letras que saíram da sua boca: Joseph Morgan.

— Ei, Em. Vou buscar algo para beber, estou com sede.

Ela balança a cabeça em afirmação sem nem mesmo se virar para mim. Sinto muito pelo pobre Sr. Adams, duvido solenemente que ele compreenda ou esteja interessado em qualquer coisa que a filha diga. O Sr. Adams só se preocupa com uma coisa quando se trata da Emma, ​​que ela tenha tudo o que deseja, não importa o que aconteça.

Conheci a Emma há um mês, no restaurante mais chique que já estive. A minha mãe voltou para casa a saltar de alegria, naquele momento nunca imaginei que fosse porque iriamos acabar no Melisse, o restaurante mais caro em culinária moderna de toda Santa Monica, para conhecer o seu novo namorado, Richard Adams, e a sua adorável filha de cabelo ruivo que tinha a minha idade.

— Hey.

Parei quando senti a mão de alguém a apretar o meu pulso. O pânico durou por um segundo, viro-me imediatamente e encontro os olhos azuis de Alexander, um dos guarda-costas pessoais da Emma.

— O Sr. Adams foi claro sobre ficar de olho em vocês as duas, porque não voltas para a beira da Emma? — Ele perguntou-me, ao mesmo tempo que me sorria gentilmente. Eu afastei-me do seu agarre. Odeio que alguém desconhecido me toque. — Só falta uma hora para aquela maldita coisa começar. — Lembra-me ele. — Além disso, o Sr. Adams tem uma pequena surpresa para Emma.

— Uma pequena surpresa? — Eu pergunto, caminhando de volta para Emma. Alexander sorriu-me e ficou em silêncio quando a alcançou.

— Onde estavas? — Ela pergunta, os seus lindos olhos verdes esmeraldas em mim. Abro a boca para responder, mas sou imediatamente interrompida por ela. — Não importa. Temos que ir, o passeio acabou. Mostro-te a cidade mais tarde.

Eu mantenho-me em silêncio e aceno com a cabeça. Alexander correu até encontrar o carro em menos de dois minutos, Emma arrastou-me atrás dela para o Audi Q7. Ela continua a falar sobre o quão feliz ela era e eu só posso ouvi-la na metade do tempo.

Desde que a conheci, tudo o que lhe sai da boca tem algo a ver com essas séries de vampiros, The Originals e The Vampire Diaries. Tentei vê-las, juro, mas estranhamente adormeci no meio de algum capítulo. O que é muito estranho, considerando o quão interessante é o enredo. Um triângulo amoroso não atrai a minha atenção, o Damon é um idiota, o Stefan é perfeito demais e a Elena é uma inútil. Se segunda-feira fosse uma pessoa, seria Elena Gilbert, e se sexta-feira fosse uma pessoa, sem dúvida, seria Katherine Pierce. Nunca adormeci em nenhuma das cenas dela. The Originals foi um pouco mais divertido, embora eu também tenha adormecido algumas vezes.

For You- Joseph Morgan (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora