Tenho dificuldade em olhá-lo nos olhos. Sinto-me muito culpada para o fazer por mais de alguns segundos.— Tens estado muito quieta. — Menciona, a tentar entrelaçar a mão com a minha.
— A sério? — Pergunto a fingir perplexidade.
Ele vira-se para mim e cruza os braços.
— O que se passa? — Pressionou.
Não te posso dizer.
Olho para longe, para a enorme televisão pendurada na parede, pisco várias vezes rapidamente para afastar as lágrimas.
— Estou bem. — Digo, da mesma forma que disse ao meu irmão e à minha mãe antes de começar a chorar à frente deles. — Estou cansada, só isso. — Acrescento.
Mas ele permaneceu cético.
Nunca fui boa a mentir.
E com ele tornei-me especialmente pior.
— O que aconteceu enquanto eu não estava aqui?— Perguntou, eu podia sentir os olhos dele fixados em mim. — Olha para mim. — Pediu.
Eu olhei para ele devagar, a enterrar discretamente as unhas longas nas palmas das mãos.
Não quero chorar diante dele.
Então ele ia-me perguntar o que se passa, e eu ia-lhe dizer exatamente o que se passa.
— É o bebé? A universidade? Eu? — Ele dá um passo na minha direção e pára, talvez a acreditar que eu vou recuar. — Amor, seja o que for, podes me dizer. Estás zangada com a minha mãe? Entendo que ela não se comportou particularmente bem, amor. Mas ela disse-me que lamenta imenso.
A mãe do Joseph pode ir diretamente para o inferno agora, se quiser. Por mim tudo bem.
— Particularmente bem? — Repito, incrédula pelo termo que ele implementou para se referir ao comportamento insano da mãe dele.
Contratou alguém para me investigar, quem diabos faz isso?
— A Persia não está grávida, não precisas de te zangar. — Diz ele, defensivamente.
Ele adora ficar na defensiva.
Ele está errado.
Ela acha que estou calada porque estou com raiva, quando na verdade, é-me difícil dizer uma palavra por causa da horrível ideia de que podia ter matado o filho dentro de mim.
— Tenho fome. — Digo, para parar com toda esta maldita conversa, e também não quero pensar na Persia e na mãe dele.
— E quando não? — Soltou ele com diversão.
— Pelo menos tenho fome a horários normais. Não como tu, se me fizeres levantar outra vez às duas da manhã para te preparar salada com mostarda, juro por Deus que vou te vou envenenar.— Anuncio, virando-me para sair da sala.
Ouço-o a rir-se atrás de mim.
O riso dele faz-me sentir um pouco melhor.
— Fizeste as compras? — Pergunta ele, abro o frigorifico e vejo que está quase vazio.
O que me é estranho, considerando que sempre esteve magicamente cheio.
Diabos, ele disse-me antes de sair para fazer as compras.
Esqueci-me completamente desse assunto, estava demasiado preocupada com o facto de que talvez tivesse matado o meu próprio filho.
— Não tinha dinheiro para fazer as compras. — Deixei escapar da primeira coisa que veio à mente.
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For You- Joseph Morgan (Tradução)
FanficTRADUÇÃO AUTORIZADA POR @-AliBee ! Aquelas séries de vampiros não eram importantes para Alison Hale, muito menos o loiro de encantadores olhos azuis e um sotaque hipnotizador. No entanto, depois de conhecer Emma Adams vê-se arrastrada a uma das maio...