P R O L O G U E

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 𝟐𝟓 𝒅𝒆 𝑵𝒐𝒗𝒆𝒎𝒃𝒓𝒐; 𝟎𝟖:𝟏𝟓 𝑷𝑴
ᴴᴼᴬ, ᴺᵉʷ ᴰʸᵏᵒᵗ ⁻ ˢᵗᵉⁿᵛⁱˡˡᵉ

   
     O inverno havia chegado cedo aquele ano, e o campo de lacrosse estava envolto em uma névoa gelada. As luzes dos postes iluminavam o gramado, criando um contraste surreal com a escuridão da noite.

Eu havia vindo aqui para espairecer e para esquecer os problemas do dia como sempre fazia.

Eu corria pelo campo. Meus passos ritmados e meus movimentos precisos, enquanto o ar frio cortava o meu rosto. Treinar de alguma forma fazia eu me sentir vivo.

Enquanto corria, notei uma figura sozinha na arquibancada. Uma garota, com os olhos baixos e os ombros curvados, envolvida em um casaco. Algo em sua postura me chamou a atenção.

Sem medir esforços aproximei-me dela, pensando em perguntar o que estava fazendo ali tão tarde. Mas ao chegar perto, vi que seus olhos estavam marejados de lágrimas. Ela parecia... triste?

— Quer morrer de hipotermia? — perguntei, tentando manter a voz neutra.

Ela olhou para cima, surpresa, e nossos olhares se encontraram. Por um momento, eu me senti... exposto.

O campo de lacrosse sempre foi meu refúgio, meu lugar de fuga. Mas nunca imaginei que seria também o lugar onde encontraria o amor. A grama verde, as redes dos gols, o som dos tacos batendo na bola... tudo parecia tão familiar, tão confortável. Até que ela apareceu. Com seus olhos azuis brilhantes e sua habilidade de fazer eu me sentir rendido à ela, e de perder o fôlego toda vez que a via.

Foi como se o destino tivesse traçado um caminho direto para nossos corações, cruzando as linhas do campo e unindo nossas almas. E agora, enquanto olho para as jardas que nos separavam, percebo que o verdadeiro jogo estava apenas começando.

Lacrosse, Love And YardsOnde histórias criam vida. Descubra agora