Noite de núpcias, Bellagio, Las Vegas.
Depois de várias taças de champanhe e comidas que nunca seriam tão gostosas quanto a de dona Carisma, Alessa e eu nos despedimos de nossos familiares. Nico me abraçou apertado e beijou meu rosto, seus olhos cinzas brilhando em felicidade quando eu sorri abertamente em sua direção.
— Você não precisa que eu diga para trata-la com cuidado em sua noite de núpcias, certo? — Meu irmão brincou, mas eu vi um brilho de ansiedade em seus olhos.
— Você não precisa. — Eu garanti. — Se ela quiser transar hoje, ótimo. Se não, tudo bem também. Estarmos casados não muda nada.
— No começo eu a odiava. Depois de um tempo… Ela se tornou como uma irmã para mim — Nico disse com um sorriso contido. — Cuide da peste.
— Eu ouvi isso! — Alessa exclamou se aproximando de nós dois. Nico passou um braço sobre os ombros da minha esposa e ela sorriu para ele, os olhos de oceano brilhando de emoção. Ela sempre dizia que não ligava para a opinião dos outros, mas era nítido o quanto ela gostava de ser aceita e amada.
— Bem vinda a família, Alessa Parisi. — Nico arqueou as sobrancelhas, mas nem mesmo a tentativa falha de deboche escondeu a emoção. Os olhos de Alessa prontamente se encheram de água.
— Obrigada. — A morena sussurrou com a voz embargada e eu tive que segurar meu próprio sorriso. — Ok, ok, não me faça chorar!
Alessia caminhou até nós, uma expressão estranha no rosto. Lentamente ela se aproximou de mim e… Me abraçou?
— Eu amo você, ok? Eu estou muito feliz por vocês estarem casados. — Minha cunhada disse num sussurro embargado e eu lentamente passei meus braços ao redor de seu corpo magro, abraçando-a de volta. — Desculpe por tudo.
— É passado, cunhada. — Garanti contra os cabelos da morena. Tanto Nico quanto Alessa pareciam prestes a explodir de emoção.
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•As fontes do Bellagio eram a vista que tínhamos do nosso quarto. Alessa parou próxima a janela, observando as luzes e a água, e eu passei meus braços ao redor dela, pousando meu queixo na curva do seu pescoço macio.
— Eu te amo. — Sussurrei contra seu ouvido. — Eu te amo muito, Lessa.
— Eu te amo mais. — Alessa disse se virando em minha direção. Lentamente seus lábios tocaram os meus e ela me beijou languidamente. Havia algo diferente naquele beijo, Alessa parecia mais confiante, decidida. Eu parei o beijo quando se tornou intenso demais e Alessa balançou a cabeça negativamente. — Não, não pare. Eu sou sua esposa e eu quero que você me trate como tal. Eu quero ter uma noite de núpcias comum.
Eu avaliei seu rosto, a decisão penetrante em seus olhos. Ela parecia extremamente convicta de suas palavras, os olhos cor de mar cheios de certeza.
— Você tem certeza? — Perguntei em voz baixa. Alessa assentiu prontamente.
— Sim. Você não precisa se preocupar, não precisa tentar me proteger. É o que eu quero.
Pela primeira vez desde que começamos nosso estranho relacionamento, eu beijei Alessa deixando o desejo guiar minhas ações e por mais inacreditável que pudesse ser, ela provou que suas palavras eram verdadeiras quando retribuiu o beijo com a mesma intensidade. Lentamente segurei suas coxas e a puxei para meu colo. Alessa prontamente abraçou minha cintura com as pernas e eu aprofundei o beijo, testando seus limites. Ele não parou, não chorou, não se afastou. Seu vestido era simples e fechado apenas por um zíper em suas costas, zíper que eu abri com delicadeza porque mesmo estando em ebulição, eu não queria — e nem poderia — ser menos do que totalmente gentil com Alessa. Minha. Minha esposa. Minha para amar e proteger. Com cuidado, deitei Alessa no colchão macio e parei de beija-la para ver seu rosto. Confiança. A mais pura e bela confiança estava estampada em todos seus traços. Num movimento lento, eu segurei as alças do seu vestido e o deslizei para baixo; Alessa me ajudou erguendo o corpo e então, o vestido estava no chão, seu corpo lindo semi nú. Tracei com a ponta dos dedos sua pele, desde o sutiã sem alças até a calcinha fina e depositei um beijo em seu queixo. Alessa se sentou na cama e levou as mãos até minha gravata, desfazendo o nó.
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INQUEBRÁVEL - Saga Inevitável: Livro 4.
Roman d'amourINQUEBRÁVEL: Aquele que não pode ser quebrado, que não pode ser partido. Nino Parisi e Alessa Vacchiano tinham uma coisa em comum: haviam sido machucados pelas pessoas que deviam protegê-los. Duas almas destruídas, dois seres humanos lutando todos...