SAVE ME - Carlisle Cullen

CAPÍTULO 08

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Alice Cullen

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Eu vi Carlisle assumir para si mesmo que estava apaixonado, eu só não sabia que seria no mesmo dia em que Elena sumisse do mapa. Desde então, nas últimas semanas, ele tem estado um pouco mais recluso, trabalhando firme e silencioso, lendo livros e mais livros trágicos. Nas festas de fim de ano, comemoramos de forma simples, como sempre fizemos desde o nascimento de Renesmée e, depois, nossa caçula se juntou aos quileutes com Jacob, para uma comemoração mais animada.

Com a aproximação do retorno das aulas, eu sentia a ansiedade em cada um de nós. Ela voltaria para Forks ou continuaria sumida?

Com o vaso de plantas nos braços, eu subi os degraus da varanda de casa, mas parei subitamente, abrindo um sorriso.

Na lanchonete da cidade, as pessoas entravam e saíam, se cumprimentando quando se cruzavam. No canto, em uma mesa próxima a janela de vidro, espremendo um frasco de ketchup sobre um hambúrguer gorduroso, Elena Nolan parecia mais corada, com as bochechas vermelhas e marcas de sol. Distraída, ergueu a cabeça na direção da rua e sorriu ao ver uma silhueta conhecida no outro lado da rua.

Carlisle pediu para que eu não a vigiasse, mas eu não tinha culpa se a visão vinha do nada. Eu posso não compreender direito as loucuras que nossa vida sobrenatural tem, mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza: Carlisle já se apaixonou por Elena e Elena já se apaixonou por ele.

— Aconteceu alguma coisa, querida? — Jasper se aproximou e tomou o vaso de plantas da minha mão

— O que você viu? — ouço Rosalie perguntar e a vejo pelo vidro da janela do segundo andar

— Nada. — minto — Estou ótima.

— Não seja mentirosa, Alice. — Rosalie rosna

— Eu vi você caindo da janela do segundo andar. — digo olhando pra cima

— Mentiro...

Edward surge atrás dela e a surpreende, a jogando pela janela aberta. Ela cai no gramado da frente e consigo ouvir a risada de todos que estão espalhados pela casa.

— E se realizou. — dou de ombros, entrando na casa — Coloque a planta atrás da porta de entrada, por favor, querido.

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Elena Nolan

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Depois de uma noite inteira refletindo e colocando momentos da minha vida na balança, percebi que essa balança, durante a maior parte dos últimos quatro anos, esteve pendendo para o lado do Joe. Eu larguei minha família em Seattle para vir pra Forks, eu deixei de ver meus amigos, eu me coloquei ao seu dispor. Como fui criada pelos meus avós, não demorou muito até que eu me tornasse uma adulta solitária, já que a velhice chegou para ambos e os levou. Sozinha, me agarrei ao Joseph, mas preciso confessar que deixei que ele ditasse as regras, por querer evitar confronto. Permiti que ele apagasse todo e qualquer resquício da minha personalidade, me moldei a ele, ignorei minha própria vontade.

Em uma das caixas, encontrei um roteiro de viagem que fiz há alguns anos, quando Joe e eu ainda estávamos namorando. Nunca chegamos a fazer esta viagem. Joe nunca gostou de ficar muito tempo longe de casa. Em um ato impulsivo, saí daquele quarto com o roteiro de viagem nas mãos e liguei o laptop, entrando no site da companhia aérea. Doutor Cullen disse que a calmaria era o essencial para a minha melhora, então uma viagem ajudaria, certo? Conhecer lugares, conhecer outras pessoas, ficar longe das fofocas da cidade. Sem pensar muito, de manhãzinha, enfiei minhas malas em um táxi e saí de Forks, rumo a novos ares.