CAPÍTULO 18

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Rosalie Hale

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A biblioteca da escola é enorme, porém não grande o suficiente para que eu fique a uma distância de, no mínimo, quarenta e cinco quilômetros de Maddison. Eu não sei ao certo o que me irrita tanto nela, mas não fui com a cara dela desde o primeiro dia, quando Elena passou dezessete minutos e trinta e cinco segundos a ajudando com a montagem do seu journal. Por que ela precisava de tanta ajuda? Aquele caderno nem ficou grande coisa. Pra piorar, ela sempre tinha que contar suas piadas ridiculamente sem graça e roubar sempre a atenção. Filha do chefe de polícia, capitã do time de vôlei, descolada, fala com todo mundo.

— Você colocou esse livro na seção errada. — ela diz mostrando um exemplar do livro de Christiane F

— Tanto faz. — resmungo cortando as ilustrações de flocos de neve

— Você é muito boa cortando. — ela diz se aproximando — Não saiu da linha nenhuma vez.

— É só ter coordenação motora. — resmungo

— Minha coordenação motora pra essas coisas é péssima. — ela ri colocando o livro no lugar — Embora eu adore, sou péssima com recorte e colagem. Não é à toa que precisei da professora Nolan pra me ajudar com meu journal.

Ah, então foi isso.

— Hum. — resmungo

— Acho que a senhora Nolan nos colocou nessa juntas pra gente ficar mais tolerante.

— Eu sou super tolerante. — bufo

— Não é não. — franze o cenho e eu a encaro — Toda vez que eu abro a minha boca, eu percebo que você revira os olhos. Eu sei que você não vai com a cara de ninguém e, diferente da sua irmã, não faz questão de ter amigos na escola, mas por que tem cisma comigo?

— Não quero amizade com ninguém porque eu sei o que vocês falam da minha família pelas costas. — digo voltando a cortar

— Eu sei que as pessoas são cruéis e chamam vocês de esquisitões dentre outras coisas, mas eu nunca falei mal de vocês. — se defende — Tá certo que eu nunca defendi, mas também nunca piorei a situação.

— Isso não melhora as coisas. — murmuro em uma risada ácida

— Eu sei, mas também não piora. — insiste — Eu imagino que deva ser difícil pra vocês esse lance de adoção e que vocês são todos pálidos feito pessoas doentes, mas isso não faz diferença pra mim. É a vida de vocês e não a minha. — respira fundo — Um dia eu vi a senhora Nolan brigando com uns colegas sem noção do Rony por isso e comecei a refletir um pouco mais sobre. Ela gosta muito de vocês e... eu já percebi que vocês gostam muito dela também.

— Percebeu, é? — a olho

— É fácil ouvir seus rosnados quando alguém, principalmente eu, interrompe vocês pra se aproximar dela. — ela diz e eu acabo rindo — De qualquer forma, me desculpe pelo jeito como falei com você mais cedo.

— Tanto faz. — dou de ombros

— Você bem que podia tentar ser mais agradável.

Em silêncio, eu terminei de cortar os moldes e ela os pregou nos murais junto com trechos de poemas e livros. Até que não foi um restinho de tarde ruim. Eu fiz algumas piadas ácidas, ela rebateu algumas vezes e nós rimos juntas. Foi algo legal até, diferente do habitual.

SAVE ME - Carlisle CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora