Nate Butler só tem três objetivos na vida: aproveitar o máximo as garotas que te dão mole, se divertir muito nas melhores festas, e focar totalmente na sua carreira como futuro jogador de hóquei profissional. Tudo vai conforme o planejado, até que e...
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Ganhamos mais um jogo. Agora, o time da Westminster está com a liderança isolada do campeonato por pelo menos três rodadas, e se continuarmos ganhando, ninguém vai poder nos derrubar nessa temporada. Eu, como capitão do time, estou sentindo uma felicidade que não cabe em mim. Joguei como nunca, dei o meu sangue durante o jogo em Michigan, e fiquei sabendo que tinha olheiros durante a partida — pessoas que podem abrir as portas para mim direto pro Bruins. Parte de mim está otimista de que eu conseguirei impressionar os caras, mas a outra parte insiste em instalar um friozinho de insegurança nas minhas entranhas.
Quem me conhece sabe que ir para uma liga profissional é o meu sonho desde moleque. Esse é o meu último ano na faculdade, e no final da temporada que está cada vez mais próxima, vai acontecer o tão esperado draft. Eu sei que tenho potencial para ser selecionado, como também sei que tem muitos outros jogadores com potencial similar ao meu, e se eu quiser passar na frente deles, eu tenho que ser duas vezes melhor. Pode parecer presunçoso, mas eu chamo isso de determinação. Vivemos em um mundo onde só os melhores se destacam, e eu sou um cara competitivo; quando eu entro no rinque, é pra ganhar.
É claro que os caras, muito satisfeitos com nosso desempenho, estão loucos para chamar umas gatas, comprar cerveja barata e dar uma festa daquelas para comemorar a nossa grande vitória. Eu também quero comemorar, mas em outro lugar. Só há uma pessoa em quem eu penso para compartilhar a minha felicidade, os meus sonhos e expectativas, essa que é dona de lindos cabelos ruivos e olhos verdes, e muito possivelmente do meu coração.
Merda.
— Vejam só se não é a grande estrela do momento — Jace surge da cozinha com um sorriso no rosto no momento em que eu entro no apartamento.
Abro um sorriso.
— Veio pedir um autógrafo? Foi mal, tô sem caneta aqui.
— Vai se foder, Nathaniel — ele ri, mas me dá um braço. — E aí? Foi um jogo bom como todos estão falando?
— Acho que não jogamos tão bem desde a partida contra Harvard, no fim da temporada passada — confesso. — Acho que conseguimos mostrar que somos um dos melhores times da liga nesse último jogo.
— Bom — ele aperta o meu ombro, orgulhoso. — O Bruins já é uma realidade, meu amigo.
Suspiro.
— Espero mesmo. Tenho sonhado com isso há anos.
— Você vai fazer história — sua fé em mim me comove. — Mas diz aí… fiquei sabendo que vai rolar uma festa de comemoração pro time na casa do Ted.
— Pois é.
— Você não parece muito animado pra isso. — Não pretendo ir — confesso. — Tô cansado.
Ele cruza os braços e me olha com um ar divertido.
— Você não quer ir à festas ou não quer ir a essa festa em específico? — desafia. — Porque, pelo que eu fiquei sabendo, você anda se divertindo muito ultimamente.