Nate Butler só tem três objetivos na vida: aproveitar o máximo as garotas que te dão mole, se divertir muito nas melhores festas, e focar totalmente na sua carreira como futuro jogador de hóquei profissional. Tudo vai conforme o planejado, até que e...
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— Quando eu crescer, quero ser igual ao senhor!
Sorrio com as palavras, mas me mantenho afastada dos dois corpos sentados sobre o gelo.
— Bom, quando você crescer, você pode ser quem você quiser — diz Nate, passando o braço ao redor dos ombros estreitos da criança, que parece ter duas vezes o seu tamanho por causa da camisa do Bruins que é maior do que o seu corpo.
Harry franze o nariz, da mesma forma que faz sempre que está pensando a respeito de um assunto.
— Eu quero ser jogador de hóquei! — ele grita, entusiasmado.
O rosto de Nate se enche de orgulho.
— Bom, então você será o melhor jogador de hóquei que essa cidade já viu.
O garotinho parece perplexo.
— Mas o senhor é o melhor jogador de hóquei — indaga, como se o fato de ser melhor que o pai fosse impossível.
Nate abre um sorrisinho.
— Bom, eu posso ter sido sim o melhor jogador da minha época, mas você será o melhor da sua.
A criança parece deslumbrada pela ideia.
— O senhor vai me ensinar a ser o melhor? — Ele faz aqueles olhinhos pidões irresistíveis.
— Não, eu vou apenas te ajudar. O resto você tem de fazer por conta própria.
— E como faz isso?
— Bom, você tem que se dedicar bastante. Tem de saber exatamente o que quer e correr atrás dos seus sonhos, não importa o que digam. Você tem que olhar para dentro de si mesmo e acreditar no seu potencial.
Harry faz uma careta.
— Mas dentro de mim só tem órgãos e ossos, papai. Eu aprendi isso na aula de ciências!
Sorrio com a inocência do pequenino, e Nate faz o mesmo, exibindo suas covinhas, enquanto bagunça o cabelo do filho.
— Você ainda é muito jovem. Um dia você vai entender o que quero dizer.
A interação entre pai e filho deixa o meu coração cheio de amor. Sem sombra de dúvidas, Nate é um ótimo pai. Para ser sincera, ele sempre é o melhor em tudo com que se compromete, e ele se comprometeu em ser um bom jogador de hóquei, um bom marido e um excelente pai. Posso afirmar com veemência que ele se saiu muito bem em todas elas, e que ama essa família. Ama tanto que não se importou que eu desse aos nossos filhos nomes de personagens dos livros de Harry Potter.
— Mamãe! — Harry acena freneticamente quando percebe a minha presença, e eu aceno de volta para ele.
Nate ergue a cabeça, os olhos procurando, sedentos, por algo, e quando eles encontram os meus, um sorriso terno se delineia pelos seus lábios. Ele se inclina e cochicha algo para o filho, que balança a cabeça em concordância antes de se levantar e sair patinando pelo gelo, empurrando o disco com o taco. Nate também levanta, mas ao invés de acompanhar o filho, ele vem patinando até mim enquanto tira o capacete, revelando as mechas de cabelo um pouco amassadas, que ele ajeita com a ajuda dos dedos.