Epílogo 2

7.6K 979 294
                                    

— Quando eu crescer, quero ser igual ao senhor! 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Quando eu crescer, quero ser igual ao senhor! 

Sorrio com as palavras, mas me mantenho afastada dos dois corpos sentados sobre o gelo. 

— Bom, quando você crescer, você pode ser quem você quiser — diz Nate, passando o braço ao redor dos ombros estreitos da criança, que parece ter duas vezes o seu tamanho por causa da camisa do Bruins que é maior do que o seu corpo. 

Harry franze o nariz, da mesma forma que faz sempre que está pensando a respeito de um assunto. 

— Eu quero ser jogador de hóquei! — ele grita, entusiasmado. 

O rosto de Nate se enche de orgulho.

— Bom, então você será o melhor jogador de hóquei que essa cidade já viu.

O garotinho parece perplexo.

— Mas o senhor é o melhor jogador de hóquei — indaga, como se o fato de ser melhor que o pai fosse impossível. 

Nate abre um sorrisinho. 

— Bom, eu posso ter sido sim o melhor jogador da minha época, mas você será o melhor da sua. 

A criança parece deslumbrada pela ideia.

— O senhor vai me ensinar a ser o melhor? — Ele faz aqueles olhinhos pidões irresistíveis. 

— Não, eu vou apenas te ajudar. O resto você tem de fazer por conta própria. 

— E como faz isso? 

— Bom, você tem que se dedicar bastante. Tem de saber exatamente o que quer e correr atrás dos seus sonhos, não importa o que digam. Você tem que olhar para dentro de si mesmo e acreditar no seu potencial. 

Harry faz uma careta. 

— Mas dentro de mim só tem órgãos e ossos, papai. Eu aprendi isso na aula de ciências! 

Sorrio com a inocência do pequenino, e Nate faz o mesmo, exibindo suas covinhas, enquanto bagunça o cabelo do filho. 

— Você ainda é muito jovem. Um dia você vai entender o que quero dizer. 

A interação entre pai e filho deixa o meu coração cheio de amor. Sem sombra de dúvidas, Nate é um ótimo pai. Para ser sincera, ele sempre é o melhor em tudo com que se compromete, e ele se comprometeu em ser um bom jogador de hóquei, um bom marido e um excelente pai. Posso afirmar com veemência que ele se saiu muito bem em todas elas, e que ama essa família. Ama tanto que não se importou que eu desse aos nossos filhos nomes de personagens dos livros de Harry Potter. 

— Mamãe! — Harry acena freneticamente quando percebe a minha presença, e eu aceno de volta para ele. 

Nate ergue a cabeça, os olhos procurando, sedentos, por algo, e quando eles encontram os meus, um sorriso terno se delineia pelos seus lábios. Ele se inclina e cochicha algo para o filho, que balança a cabeça em concordância antes de se levantar e sair patinando pelo gelo, empurrando o disco com o taco. Nate também levanta, mas ao invés de acompanhar o filho, ele vem patinando até mim enquanto tira o capacete, revelando as mechas de cabelo um pouco amassadas, que ele ajeita com a ajuda dos dedos. 

A aposta • COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora