Bandeira branca

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— Será que eu quero saber onde você passou a noite? — pergunta Blair, quando eu entro no quarto

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— Será que eu quero saber onde você passou a noite? — pergunta Blair, quando eu entro no quarto. 

Eu não me abalo. Minha expressão é a mais despreocupada possível, apesar das cenas da noite anterior ainda estarem rondando minha cabeça. 

— Deu pra ficar me monitorando agora? — reclamo.

— Claro que não. Mas é bom avisar, sabe? Se acontecer alguma coisa, eu não sei onde te procurar — ela parece realmente chateada. 

— E o que você acha que pode acontecer? — inquiro, começando a me despir ali mesmo. — Eu sou uma bruxa, lembra? Se acontecer alguma coisa, eu posso usar das minhas habilidades mágicas para me safar. 

Ela revira os olhos, mas acaba sorrindo. 

— Há. Muito engraçado. 

Blair observa, ainda deitada na cama, usando uma camisa velha que deve ser de Jace, enquanto eu troco o jeans que estou usando por outro limpo, uma camiseta azul escuro e, mais uma vez, visto a jaqueta de sempre. Como eu tomei um banho antes de vir pra cá — eu não ia sair na rua com meus peitos sujos de esperma —, não há necessidade de tomar outro. Enfio os pés nos meus coturnos já surrados e vou pra frente do espelho pentear o cabelo. 

— Aonde você vai? — pergunta ela. — A primeira aula só começa às oito. 

— Tenho que fazer uma coisa antes — estou adiando isso há dias, mas o que Nate me disse naquela noite em que fomos comer frango frito não sai da minha cabeça. Eu preciso ao menos tentar. 

— Que coisa? — quer saber, desconfiada. 

Suspiro e me viro pra ela. 

— Para começarmos um novo capítulo, precisamos pôr um fim em outro. 

Ela arregala os olhos; várias ideias preenchendo sua cabeça. 

— Carrie… — é um aviso, uma cautela. 

— Não vou arrumar encrenca — prometo. — Está tudo sob controle, tá bom? 

— Por favor, não faça besteira. 

— Deixa comigo — respondo vagamente. 

Vou até o banheiro e escovo os dentes direito — Nate não tinha uma escova extra, então eu precisei dar um jeito com os dedos antes de chegar até aqui. 

Volto para o quarto e arrumo minha bolsa para a primeira aula, pois não pretendo voltar para cá depois que eu resolver meu pequeno probleminha. Me despeço da minha irmã e a deixo para trás com um olhar preocupado. 

É um dia agradável na cidade. Não faz frio, mas também não faz calor. Simplesmente perfeito. O sol brilha acima da minha cabeça e nuvens preenchem o céu. Os passarinhos estão cantando. Eu até sorrio pras pessoas! Talvez não seja o dia em si… talvez seja apenas… eu. 

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