Recompensa

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Nate me olha com um misto de diversão e preocupação

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Nate me olha com um misto de diversão e preocupação. Acho que ele nunca viu uma garota se esbaldar de verdade com coxas de frango frito. Não me preocupo em parecer graciosa: rasgo a carne nos dentes e encho as bochechas de frango, mastigando sem parar. Tá tudo tão gostoso que eu não consigo me decidir qual coxa morder primeiro, então fico alternando entre uma e outra a cada mordida. 

— Que foi? — pergunto, depois de engolir. 

— Você não precisa me provar nada… sabe disso, né? Não quero que passe mal. 

Estou quase acabando o meu balde de frango. Tem umas seis coxas pequenas, depois de eu ter comido dezenas. Estou satisfeita, mas ainda cabe muito mais, e eu não darei o gostinho de Nate ganhar mais essa aposta. 

— Estou ótima — dou de ombros. — Eu posso comer o seu também, se não quiser mais. 

Ele arregala os olhos, mas está rindo, incrédulo. 

— Tá de sacanagem, né? 

— Você me subestima, capitão. Aqui dentro cabe um caminhão de comida. É melhor ir preparando a grana. 

Seus olhos ficam estreitos. 

— Você não terminou ainda.

— Estou quase — anuncio, pegando outra coxa dentro do balde. 

Nate interrompe a sua refeição para me observar comendo. Ele parece maravilhado, como se nunca tivesse visto uma garota comer. Provavelmente ele só sai com garotas que comem salada e bebidas light. Não tenho nada contra quem gosta dessas coisas, mas não é muito a minha praia. Tenho plena consciência de que eu deveria seguir uma dieta mais saudável, mas eu posso morrer amanhã sem aproveitar o melhor da vida, então dane-se a dieta. 

— E… — mordo o último pedaço da última coxa de frango; mastigo e engulo. — Pronto — abro um sorriso satisfeito. 

Ele olha para mim, boquiaberto. 

— Você… comeu… 

Acho graça. 

— Você também — acuso. 

— É diferente — retruca, ainda impressionado. — Quer dizer… olha a nossa diferença de tamanho. E eu sou atleta. Comer bastante faz parte do meu cotidiano, porque eu gasto muita energia, mas você… 

— Tamanho não é documento, Butler. — Estendo a mão. 

— O quê? Que foi? — ele expressa sua confusão. 

Reviro os olhos. 

— Meu dinheiro, é claro. Você acabou de perder a aposta. 

É a vez dele revirar os olhos. Aos resmungos, Nate pega a carteira e tira de lá uma nota de cinquenta dólares. Eu enfio a nota, muito feliz, no bolso da jaqueta. 

A aposta • COMPLETO Onde histórias criam vida. Descubra agora