Ameaças

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— Ei, capitão, posso dar uma palavrinha com você? 

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— Ei, capitão, posso dar uma palavrinha com você? 

Ergo o olhar da tela do notebook e encontro o rosto de Jace na entrada da cozinha. Ele está escorado no batente, os braços cruzados, e essa é a sua pose de "tenho um assunto sério para discutir". Odeio quando esse tipo de coisa acontece, e quase posso arriscar dizer que sei exatamente do que se trata o que ele tem pra dizer. 

— Claro — respondo. 

Ele se aproxima, coçando o maxilar coberto por uma barba. 

— O que você tá fazendo aí? — Hum, enrolação. O assunto deve ser mesmo delicado. 

— Apenas pesquisando o próximo local do meu encontro com a Carrie — eu tinha contado para ele sobre nossa aposta e tudo o mais, então não há problema em dizer isso em voz alta. Não há segredos entre a gente. 

— Hum… é justamente sobre isso que eu quero falar — minhas suspeitas acabam de ser confirmadas. 

— É mesmo? — mantenho o tom de voz casual. — Diga, então. 

Jace suspira. 

— Cara… tem mesmo certeza de que sair com a Carrie é uma boa ideia? — questiona ele, parecendo apreensivo. 

— É uma garota normal como qualquer outra — digo. — Qual é o problema? Está preocupado de que eu cause algum problema e prejudique seu relacionamento com a Blair? 

— Claro que não — garante. — Somos todos adultos aqui e capazes de lidar com seus próprios problemas. 

— Então não consigo enxergar qual é o real problema da situação. 

Ele suspira mais uma vez. 

— Sabe, Nate, a Blair me contou algumas coisas sobre a Carrie. Ela está passando por um momento difícil, além de todo esse problema com o Peter que todo mundo já sabe. Eu só estou preocupado com ambos. Você acha mesmo que é uma boa ideia se envolver nesse problema quando você está tentando focar apenas no draft? 

— Está tudo bem, cara. Eu sei me cuidar. 

— Mais do que qualquer outra pessoa que eu conheço. Sei disso. — Há uma singela preocupação no rosto dele. — Mas a Carrie está quebrada. E nós dois sabemos que você tem fascinação por coisas quebradas. Acontece, Nate, que nem tudo nessa vida pode ser consertado facilmente. 

Ah, mas eu sei bem disso. 

Franzo o cenho. 

— Está falando sobre a Hazel? — A simples menção a esse nome faz o meu peito doer, mesmo que eu já tenha superado toda essa história. 

— Não, não tem nada a ver com a Hazel, mas é um ótimo exemplo — murmura. — Não quero te ver magoado novamente, Nate. Foi um ano difícil pra você, e agora que você se estabilizou por completo novamente, acha que vale a pena arriscar tudo? 

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